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"Um Poeta sonhador Um amante do Amor Um negro questionador Um eterno lutador" "Poesia é arte de viver Ser poeta é também crer Na verdade na história Na ilusão Sem demora"

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Literatura de Cordel - o que é?

O que é e origem 
A literatura de cordel é uma espécie de poesia popular que é impressa e divulgada em folhetos ilustrados com o processo de xilogravura. Também são utilizadas desenhos e clichês zincografados. Ganhou este nome, pois, em Portugal, eram expostos ao povo amarrados em cordões, estendidos em pequenas lojas de mercados populares ou até mesmo nas ruas.
Chegada ao Brasil 
A literatura de cordel chegou ao Brasil no século XVIII, através dos portugueses. Aos poucos, foi se tornando cada vez mais popular. Nos dias de hoje, podemos encontrar este tipo de literatura, principalmente na região Nordeste do Brasil. Ainda são vendidos em lonas ou malas estendidas em feiras populares.
De custo baixo, geralmente estes pequenos livros são vendidos pelos próprios autores. Fazem grande sucesso em estados como Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba e Bahia. Este sucesso ocorre em função do preço baixo, do tom humorístico de muitos deles e também por retratarem fatos da vida cotidiana da cidade ou da região. Os principais assuntos retratados nos livretos são: festas, política, secas, disputas, brigas, milagres, vida dos cangaceiros, atos de heroísmo, milagres, morte de personalidades etc.

Em algumas situações, estes poemas são acompanhados de violas e recitados em praças com a presença do público. 
Um dos poetas da literatura de cordel que fez mais sucesso até hoje foi Leandro Gomes de Barros (1865-1918). Acredita-se que ele tenha escrito mais de mil folhetos. Mais recentes, podemos citar os poetas José Alves Sobrinho, Homero do Rego Barros, Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva), Téo Azevedo. Zé Melancia, Zé Vicente, José Pacheco da Rosa, Gonçalo Ferreira da Silva, Chico Traíra, João de Cristo Rei e Ignácio da Catingueira.
Vários escritores nordestinos foram influenciados pela literatura de cordel. Dentre eles podemos citar: João Cabral de Melo, Ariano Suassuna, José Lins do Rego e Guimarães Rosa.
Poética do cordel:
- Quadra: estrofe de quatro versos.
- Sextilha: estrofe de seis versos.
- Septilha: é a mais rara, pois é composta por sete versos.
- Oitava: estrofe de oito versos.
- Quadrão: os três primeiros versos rimam entre si; o quarto com o oitavo, e o quinto, o sexto e o sétimo também entre si.
- Décima: estrofe de dez versos.
- Martelo: estrofes formadas por decassílabos (comuns em desafios e versos heróicos).
Literatura Oral 
Faz parte da literatura oral os mitos, lendas, contos e provérbios que são transmitidos oralmente de geração para geração. Geralmente, não se conhece os autores reais deste tipo de literatura e, acredita-se, que muitas destas estórias são modificadas com o passar do tempo. Muitas vezes, encontramos o mesmo conto ou lenda com características diferentes em regiões diferentes do Brasil. A literatura oral é considerada uma importante fonte de memória popular e revela o imaginário do tempo e espaço onde foi criada.
Muitos historiadores e antropólogos estudam este tipo de literatura com o objetivo de buscarem informações preciosas sobre a cultura e a história de uma época. Em meio a ficção, resgata-se dados sobre vestimentas, crenças, comportamentos, objetos, linguagem, arquitetura etc.

Podemos considerar como sendo literatura oral os cantos, encenações e textos populares que são representados nos folguedos.

Exemplos de mitos, lendas e folclore brasileiro: saci-pererê, curupira, boto cor de rosa, caipora, Iara, boitatá,
lobisomem, mula-sem-cabeça, negrinho do pastoreio.

Cordel - homenagem as mulheres

Ao longo da história,
Desde o tempo imperial,
A mulher desafiou
As potestades do mal.
Sem medo e sem embaraço
Foi conquistando espaço
Político e social.
No império conquistou
O poder de estudar,
E na década de 30
O direito de votar,
Provando que é guerreira,
Das decisões brasileiras,
Começou participar.
Tem mulher na presidência,
No Senado Federal,
Na Câmara dos Deputados,
Juízas no tribunal.
Conquistou lugar ao sol,
Tem mulher no futebol,
Na TV e no jornal.
Tem mulher que é delegada,
Astronauta e pedreira,
Cientista, escritora,
Ministra, caminhoneira,
Analista executiva,
Por ser muita criativa,
Teve mulher cangaceira.
A mulher foi conquistando,
Na construção da história,
Respeito, dignidade,
Conhecimento e vitória,
Direito de liberdade,
Cidadania, igualdade,
Espaço, poder e glória.
Com a sua ousadia
Combateu a opressão,
Lutou pelos seus direitos,
Contra a discriminação.
Bonita experiência,
Seu grito de independência
Ecoou feito canção.
Veia aberta da América,
Sangue de libertação
De mulheres corajosas,
Resplandece em cada chão.
Na solidariedade
Faz nova sociedade
Avançar na construção.
Margaridas combativas,
Las Mariposas unidas,
Dhoroty dos excluídos,
Rosas, Marias sofridas
Combatem forte a cobiça,
Defensoras da justiça:
Olgas, Anitas queridas.
Mulher forte e poderosa
Não aceita a opressão
Do antiquado machismo,
Reage à dominação.
Não fica acomodada.
Quando ela é maltratada
Denuncia a agressão.
Bela, sábia e dinâmica,
Parceira em boa jornada,
Serena, justa, bondosa...
Competente, organizada,
Comprometida, atuante,
Corajosa e confiante,
Companheira na estrada.
Mulher gosta de presente,
Nem sempre carro e dinheiro:
Uma flor fala mais alto,
Do amigo ou companheiro.
Em qualquer dia ou momento,
Quando expressa o sentimento,
De amor puro e verdadeiro.
Todas essas qualidades
Não conseguem avaliar.
O valor que a mulher tem,
Temos que admirar,
Sua alegria e beleza,
Seus braços de fortaleza
E o seu jeito de amar.

Hip hop góspel (poesia da vida)

A poesia da vida é, encontrar Jesus
E nas batalhas ficar de pé, vencer a cruz
A poesia da vida é, encontrar Jesus
Minha vitoria é o poder da fé, a minha luz
Nossa literatura, rua
Nosso incomum a paz
Nossa virtude o rap
O respeito aos irmãos leias
Maldito homem que confia no destino
E que educa seus filhos com latrocínio
A minha unção é o poder da inspiração
Em nome de Jesus o inimigo cai ao chão
Essa é minha arma irmão, minha munição
Que ao longo de milênios vem trazendo a solução
Agora você tem que escolher
Saber onde pisar, pra não se arrepender
Dinheiro é bom, traz mulher e fama
Só não descabela, ou então cê cai na lama
O poder é assim, alegra a vaidade
Mas a consequência disso é o fim da humildade
De varios loucos que estão no mundão
Falando de justiça, mas perdido na escuridão
Lave sua alma, purifique sua mente
Eduque com as palavras, seja inteligente
O nosso rap não pra bater de frente
Mas pra trincar, resgatar, quebrar as correntes

Refrão [2x]
A poesia da vida é, encontrar Jesus
E nas batalhas ficar de pé, vencer a cruz
A poesia da vida é, encontrar Jesus
Minha vitoria é o poder da fé, a minha luz
Avante, favela se levante
Dobre os joelhos se renda ao comandante
Só Deus é a cura, eu ja falei e falo
Não me curvo ao inimigo, irmão eu não me calo
É triste a cena, louco, veja só
Quanta gente morre hoje por dinheiro e pó
É o que eu mais vejo hoje na rua ai, é os cara colocando toda sua confiança, toda sua esperança numa pistola, numa quadrilha
Ta ligado
Na sua disposição no seu sangue no olho
Mas ao mesmo tempo eu vejo uma "pár" de mãe de luto
Eu vejo uma "pár" moleque continuando crescendo sem pai
Eu vejo os boteco lotado, as biqueira lotada
Ta ligado
Toda mão na quebrada tem uma mãe de luto
Toda mão na quebrada tem irmão de luto
Mas a rapaziada não entende
Rapaziada vê você passando com a bíblia, fala assim
La vai o irmãozinho
Ta ligado
Mal sabe eles, nos vamos mesmo
Vamos além da situação
Irmão vou te falar um barato pra você
Você fica pensando sempre que a sua biqueira é que vai te dar a solução
Ta ligado
Que a sua quadrilha que é a solução
Que seus assalto que é a solução
Meu querido, o que vêm fácil, vai fácil
Meu querido, melhor você sofrer passar uns veneno nesse mundo louco ai
Ta ligado
Do que ta na mão do diabo
Ta ligado
Sendo manipulado pelo sistema
Você quer bater de frente com o sistema tiozão
Você acaba sendo o braço do sistema
Fora os loucos, fora os loucos
Que "tão" no rap nacional, falando uma "pá" falando uma "pá"
De crime, de vida louca, de pá e pum, que vai que acontece
Mas que na real estão só sendo o braço do sistema
Na real só tava fazendo apologia com o bagulho
Esquece do valor
Esquece da irresponsabilidade que teve pra sociedade
Esquece da educação que é a base de tudo
Esquece da família que é a base de tudo
Ainda junto mulão
Nois é mula, nois é louco
Presta atenção tiozão
Deus mandou eu te falar um barato
E eu vou falar agora, ta ligado
Quem te falou, quem te enganou
Cê ta tirando irmão, pelo amor
Vêm diz pra mim cade o ladrão feliz
Com conta bancaria violenta, e uma grande casa no jardins
Cade o moleque nervoso do arrebento
Fazendo faculdade pra sair do seu sofrimento
Eu só lamento, negralia ja falou
Tem que bater no peito pra gritar que é do terror
Mas virou moda hoje todo mundo é mau
Qualquer boy magoado quer as pistola e senta o pau
Rouba é facil, eu quero é ver vencer
Como fez seu pai, homem de proceder
Ou sua mãe, humilde lavadeira
Sempre na corrida de domingo a sexta-feira
Eu fico triste só de imaginar
Quantos loucos saem de casa pra não mais voltar
Assassinados pelos verme do sistema
Ou engolido pelos monstros aqui na arena
Eu tenho visto mais que a profecia
Mas não me entristeço, essa é a minha alegria
Vou te falar, eita mundo louco
Pra Jesus voltar parceiro, falta pouco
A cara é vigiar, ficar de pé
Manter-se firme na rocha prevalecendo a tua fé
Meu Deus te ama, irmão
Meu Deus te chama
E neste momento a tua vitoria ele proclama
Basta você querer descer o fel
Se desprenda do sistema, a torre de babel
Refrão [2x]
A poesia da vida é, encontrar Jesus
E nas batalhas ficar de pé, vencer a cruz
A poesia da vida é, encontrar Jesus
Minha vitoria é o poder da fé, a minha luz
Vai vendo irmão com é que é
Grande importante o poder que tem na fé
Pois em verdade vos digo para crer
Mesmo sem tocar, mesmo sem ver
Pelo amor, se renda ao redentor
Ta vivo, a nossa chama cristo ressuscitou
E está la junto ao criador
Ao pai soberano, louvado seja o meu senhor
Deus de noé, abraão e jacó
Deus do rei davi, salomão, isaac e jó
" Isaac e jó"
Em meados de julho de 2008, a 8 meses atras
Eu me converti ao evangelho
E Jesus cristo assim que converti
Ele tocou no meu coração pra poder sair do grupo que eu tava
Pra eu pode parar com as musicas que eu vinha cantando a uns 16 anos da minha vida
E eu fiz o que Deus mandou no meu coração
E a primeira musica que Deus me deu depois que eu converti, foi essa musica
A poesia da vida
Essa musica inspira o sonho de Deus
E me manda falar na sociedade
Que a unica verdade
Que único caminho
A unica literatura
A unica poesia
A unica fonte de vida existente
Está no nome de Jesus cristo
Esse nome é capaz de mudar
De restaurar
De construir
De ressuscitar
E você que se encontra de cabisbaixo
Cheio de problema, angustiado
Meu querido, vai na igreja mais próxima da sua quebrada
Ta ligado
Ora, busque a Deus que ele quer mudar sua vida
A poesia da vida

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Illuminismo e illuministas!

O Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na Europa, e pregava maior liberdade econômica e política.
O Iluminismo era apoiado pela burguesia, pois os pensadores e os burgueses tinham interesses comuns. As críticas do movimento ao Antigo Regime eram em vários aspectos como:
- Mercantilismo (intervenção na economia).
- Absolutismo monárquico (proteção a nobreza).
- Poder da igreja (verdades revelada pela fé).
Com base nos três aspectos acima, podemos dizer que o Iluminismo defendia:
- A liberdade econômica, ou seja, sem a intervenção do estado na economia.
- O avanço da ciência e da razão. Antropocentrismo.
- O predomínio da burguesia e seus ideais.
Alguns pensadores ficaram famosos por suas obras e idéias. Veja abaixo alguns desses pensadores iluministas.
John Locke
Locke é considerado o “pai do Iluminismo”. Sua principal obra foi Ensaio sobre o entendimento humano , aonde defende a razão afirmando que a nossa mente é como uma tábula rasa sem nenhuma idéia.
Condenou o absolutismo e defendeu a liberdade dos cidadãos.

Voltaire
François Marie Arouet Voltaire destacou-se pelas críticas ao clero católico, à intolerância religiosa e à prepotência dos poderosos.
Montesquieu
Charles de Secondat Montesquieu na obra O espírito das leis defendeu a tripartição de poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.
Entretanto, Montesquieu não era a favor de um governo burguês. Suas simpatias políticas inclinavam-se para uma monarquia moderada.

Rousseau

Jean-Jacques Rousseau é autor da obra O contrato social, na qual afirma que o soberano deveria conduzir o Estado de acordo com a vontade do povo. Somente um Estado com bases democráticas teria condições de oferecer igualdade jurídica a todos os cidadãos.
Rousseau se destacou também como defensor da pequena burguesia.
Quesnay
François Quesnay foi o principal representante da fisiocracia. Os fisiocratas pregavam um capitalismo agrário sem a intervenção do Estado.
Adam Smith
Adam Smith foi o principal representante de um conjunto de idéias denominados liberalismo econômico, o qual é composto pelo seguinte:
- o Estado é verdadeiramente poderoso se for rico;
- para enriquecer, o Estado precisa expandir as atividades econômicas capitalistas;
- para expandir as atividades capitalistas, o Estado precisa dar liberdade econômica e política para os grupos particulares.
A principal obra de Smith foi A riqueza das nações, na qual ele defende que a economia deveria ser dirigida pelo livre jogo da oferta e da procura.

Panteão Celta

“Eis um catálogo de deidades celtas conhecidas. Em vários casos, a mesma deidade será citada em mais de um verbete, numa tentativa de incluir nomes conhecidos de todas as culturas celtas identificáveis. As informações são necessariamente resumidas; um relato completo sobre todas essas entidades decerto resultaria em um volume bem avantajado. Incluo em cada verbete as seguintes informações:
• Um nome (uma tradução, entre parênteses, do nome)
• a cultura onde esse nome aparece
• quaisquer epítetos ou alcunhas importantes associados ao Nome
e uma descrição básica de esferas de influência, atributos e/ou
histórias descritivas.

Robert Kaucher”

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Aedh (fogo). (irlandês). Filho de Ler. É um senhor do Fogo, e pode
assim ser considerado um aspecto masculino de Brigit. É um dos filhos
de Ler que foi transformado em um cisne por uma madrasta malvada,
ver "Conn" para ler mais detalhes.

Aengus (belo jovem). (irlandês) Filho do Dagda. Ele "bolou" uma artimanha para ficar com a casa do pai, Bru Na Boine (Newgrange), dizendo que a queria emprestada por um ano e um dia. Acabado o período, o Dagda voltou, mas Angus lhe disse que um ano e um dia representa a eternidade, portanto, o sidhe (nome dado às colinas habitadas por deuses) era seu para sempre. Músico consumado e talentoso, é considerado Deus da Beleza e da perfeição da forma.

Aeron (carnificina). (galês). Deus da Guerra, aspecto masculino da
Morrigan irlandesa. É um correspondente posterior de Agrona, cultuado
anteriormente pelos britânicos.

Afagddu (escuridão absoluta). (galês). Filho problemático de
Ceridwen, cujo nome significa "Escuro" ou "Feio", a quem a Poção do
Conhecimento se destina. Esse arquétipo reaparece no ciclo arturiano
como um guerreiro mortal cuja feiúra sem par impede que um oponente
sequer o ataque, por medo de que ele possa ser o demônio.

Agrona (carnificina). (britânica) Deusa guerreira, aparentemente uma
versão da irlandesa Morrigan por também estar associada aos rios.
Mais tarde esse arquétipo se masculinizou entre os cymri, como Aeron.

Aife I (bela, agradável) Terceira esposa irlandesa de Ler, madrasta
malvada de Aedh, Conn, Fiachra e Finnguala, que os transforma em
cisnes num acesso de ciúmes (por não ter filhos). Depois que
descobriram seu ato, transformaram-na em abutre, condenado a ser
eternamente fustigado pelos ventos.

Aife II (agradável, bela). Amante irlandesa de Ilbrech. Transformada
em garça-azul por uma rival enciumada. Sob tal forma, como ave
aquática, torna-se parte do Reino de Manannan; quando afinal perece,
ele transforma seus restos no famoso Saco da Garça-Azul, no qual
armazena seus maiores tesouros.

Aine (claridade, brilho, esplendor, glória). (irlandesa). Deusa-Fada
do amor e do desejo, ela também é a Deus tutelar de Knockany,
Munster. Na realidade seu nome deriva da raiz de "fogo". Pode ser
considerada um aspecto de Brigit.

Ancamna. (gaulesa). Deusa conhecida em inscrições no vale do Mosela,
perto de Trier. Aparentemente reconhecida como Consorte de uma
divindade identificada pelos romanos como Marte (deus da guerra).

Andarta (gaulesa). Deusa continental obscura conhecida
por inscrições em Berna e no sul da França. Aparentemente é padroeira
da tribo Vocontii, e talvez corresponda ou seja um Aspecto de Artio.
Também pode ter conexão com Andrasta (ver abaixo).

Andrasta. (britânica). Deusa guerreira da tribo Iceni, que aceitava
sacrifícios de éguas e talvez humanos. Talvez seja melhor conhecida
como a deidade invocada pela rainha guerreira iceni Boudicca na sua
rebelião contra Roma. Ver também Andarta imediatamente acima, para
uma conexão continental.

Angus (escocês) Versão escocesa de Aengus, e também Deus do vigor
juvenil e da perfeição da forma. Grande parte da história desse Deus
gira em torno de conflitos com Cailleach Bheur,  que tenta negar-lhe
sua consorte, Bride.

Arawn. (galês). Senhor de Annwn, um reino debaixo da terra. Faz um pacto com Pwyll para trocar de lugar com ele durante um ano para que Pwyll possa derrotar um inimigo, o Rei Hafgan. Embora Arawn não imponha condições para essa troca, quando o pacto foi concluído com êxito e cada um retornou a seu próprio lugar, Arawn descobriu que Pwyll havia negado por sua própria iniciativa os direitos de marido à esposa de Arawn. Assim, Arawn fez um voto eterno de amizade e apoio a Pwyll.

Arduinna. (gaulesa) Figura equivalente a Diana, Deusa padroeira da
região da floresta de Ardennes. Parece ser uma protetora particular
dos javalis, e é representada pelo menos uma vez montando um deles.
Costuma ser confundida com a Diana romana.

Arecurius (aquele que está diante da assembléia, legislador?)
(britânico) .Deus tutelar do norte da Bretanha durante a ocupação
romana.

Arianrhod (roda de prata). Galesa. Mãe de Llew. Sua história,
segundo a qual ela precisou ser enganada para conceder nome e
colo ao filho, é pilar de sustentação do Mabinogion. Associam-na à Noite, com a Estrela Polar, e diz-se que seu palácio é a Aurora Boreal. Como seu
nome pressupõe claramente, ela pode ser muito bem ser uma versão
posterior da Deusa Lua.

Artio (ursa). (gaulesa). Deusa dos Ursos, protetora das virtudes
ursinas. Estreitamente associada à cidade de Berna. Ver também
Andarta (acima).

Badb (corvo) (irlandesa). Um dos três aspectos de Morrigan.

Banbha (porco, porca). (irlandesa). Uma das componentes da trindade
de Deusas que são padroeiras de toda a Irlanda (ver também Eriu e
Fotla). Seu nome deriva da mesma raiz que "porca" ou "porco". Banbha
é esposa do rei Tuatha MacCuill.

Banghaisghidheach (... branco). (irlandês). Chefe dos gatos de
Kilkenny.

Belatucadros (cintilante, brilhante). (britânico). Aparentemente uma
primeira versão de Bran, o Abençoado, e claramente cognato de Beli.
Era cultuado por soldados comuns no norte da Grã-Bretanha durante a
ocupação romana.

Belenus (brilhante). (gaulês). A versão continental de Beli,
confundida por autores clássicos com Apolo.

Beli (brilhante). (galês). Irmão ou talvez precursor de Bran, o
Abençoado, e tido como pai de todos os Deuses em alguns ciclos. Bem
possivelmente é uma deidade solar dos tempos primordiais.

Bendigeidfran. (galês). Um equivalente Galês de Bran.

Blodeuedd (rosto de flor). (galês) Mulher criada por Math, feita de flores,
para ser esposa de Llew. A escolha foi infeliz, pois ela causou a
morte dele por apaixonar-se por outro.  Por isso ela foi amaldiçoada
por Gwydion a ter eterna aversão pela luz do sol, e foi transformada
em coruja, uma ave aviltada e detestada por todos os outros pássaros.

Boand (aquela que tem gado branco) (irlandês). Esposa de Nechtain e
mãe de Aengus. É associada ao rio Boyne.

Bodb Dearg (irlandês). Filho de Daghda e Deus tutelar do sul de Connacht e uma parte de Munster.

Boudicca (vitória). (irlandesa/inglesa) Personificação da Vitória
especialmente no sentido marcial. Personificação bastante apropriada
dela se vê na Boadicca, que a história relata ter sido Rainha dos
Iceni, e que deteve o avanço romano combatendo-os até o primeiro
século da Era Atual. Embora ela tenha sido derrotada no final, essa Vitória
original faz lembrar muito sua homônima.

Bran (corvo, gralha) (irlandês) Senhor da Ilha Britânica, é um Deus-
caldeirão, associado a um caldeirão de regeneração que reviveria os
assassinados embora não lhes permitisse falar. Tendo sido o
caldeirão destruído e Bran  mortalmente ferido em uma guerra para
salvar a irmã, Branwen, ele instruiu seus seguidores a decapitá-lo e,
depois de muitas viagens, levar a cabeça a Londres e queimá-la, onde
se tornaria defesa e proteção para toda a ilha.

Branwen (gralha branca, corvo branco). (galês). No Mabinogion, é a
figura central por casar-se com o Grande Rei da Irlanda e portanto
traçar o destino dos irlandeses e bretões, quando o irmão, Bran,
invade a Irlanda para salvá-la da degradação que ela sofre nas mãos
de uma família real vingativa.

Breas. (irlandês). Deidade solar e administrador durante algum tempo
da Tuatha de Danaan. Substituindo Nuada, depois de ele ter perdido a
mão, Breas se notabilizou por sua crueldade e governo arbitrário. Foi
destronado depois de atacado por uma acusação particularmente
sarcástica de um bardo chamado Cairbre.

Brianan (escocês). Figura bastante obscura, aparentemente uma
Deidade cujo nome é usado em juramentos e interjeições,
freqüentemente como força de invocação com a qual se pode desejar
sorte (às vezes boa, mas em geral má) a uma pessoa.

Bride (escocês). Consorte de Angus, variante escocesa de Brigit.

Brigit (exaltada) irlandesa e britânica. Trindade de deusas associada
ao fogo e ao trabalho com metais, à poesia e com a maternidade e ao
nascimento. Como indivíduo, é filha de Daghda. Na Bretanha pré-
romana, era a deusa protetora da tribo Brigantes, e como tantas deusas
celtas, tem associações com rios. É preservada até hoje na mitologia cristã na figura de Santa Brígida.

Cailleach Beara (anciã de Beare). Irlandesa. Giganta associada às
montanhas. Ela traz no avental enormes rochas que acrescenta aos
locais montanhosos. É Padroeira do sudoeste de Munster. Também figura
em contos que descrevem um cavaleiro que é importunado por uma velha
para que se case com ela, e essa aceitação a transforma em uma bela
moça.

Cailleach Bheur (dama idosa da sociedade). Escocesa. Giganta
associada ao Inverno. Diz-se que ela é azul, e uma peculiaridade sua
é que emerge em Samhain como idosa, gradativamente regride em idade,
e desaparecem em Beltane sob a forma de uma bela e jovem donzela.

Cairbre. Irlandesa. Bardo divino, filho de Oghma e Etan. O poder de
sua eloqüência poética causou vergões no rosto de Breas, Rei da
Tuatha de Danaan, o que resultou na perda do trono por parte dele (os
reis devem perfeitos do ponto de vista físico), quando insultou
Cairbre.

Ceridwen. Galesa. Uma Deusa-caldeirão, associada com a
preparação de uma poção do Conhecimento que ela criou para beneficiar
seu filho, Afagddu. Quando o menino Gwion prova sem querer a poção,
ela  o persegue em uma caçada de transformação que é uma descrição de
um renascimento iniciador. Veja também, Taliesin.

Cernunnos (o chifrudo, o cornudo) Gaulês. O Deus cornudo associado à
Caçada Selvagem. Senhor do mundo natural, da força animal e vegetal.
Ver também Gwynn, e Herne.

Conn. Irlandês. filho de Ler e irmão  gêmeo de Fiachra. Ele, seu gêmeo e dois outros irmãos, Aedh e Finnguala, são transformados em cisnes falantes e que cantam, por uma madrasta ciumenta e despeitada, Aife. Passam muitos séculos sob esta forma, e finalmente são levados para a casa de um missionário cristão, que os prende com uma corrente de prata. Uma rainha irlandesa ouve falar nos extraordinários animais, e, ambicionando tê-los, tenta roubá-los. Na luta que se segue, a corrente se rompe, e eles se transformam em pilares de terra, representando corpos humanos com muitos séculos de idade.

Crearwy (luz, bela). Galesa. Filha predileta de Ceridwen, irmã de
Afagddu.

Credne (artesão). Irlandês. Um dos três Deuses – ferreiros. É um
artesão do metal trabalhado, em geral bronze, latão ou ouro. Os
outros são Goibhniu e Luchta.

Cruacha. Irlandesa, figura obscura, criada de Etain.

Cymeinfoll. Galesa. Guerreira que se diz dar à luz um guerreiro
inteiramente armado a cada seis semanas. Esposa de Llasar, o guardião
do Caldeirão da Regeneração.

Dagda (o bom deus). Irlandês. É conhecido como "o bom deus" não no sentido de bonzinho, mas de eficiente. Ele é pai de Brigit, Aengus e Ogma. É um deus de fertilidade que se deita com Morrigan nas vésperas da grande batalha de Moitura (quando os Tuatha enfrentam os Foimore). Possui um dos tesouros da Irlanda, o caldeirão inesgotável da abundância. Vários nomes e epítetos (Eochaid Ollathair, todo-paternal; Ruadh Rofhessa, mestre do conhecimento; Deirgderc, redeye, o sol) dele parecem ligá-lo a cultos a cavalos, ao fogo e ao conhecimento. É muitas vezes retratado como um ser rústico, bastante matreiro. Sua arma predileta é uma maça gigantesca, ou maul.

Danu. Irlandesa, celta e ariana em geral. Deusa dos rios, cujo nome
aparece em toda a Europa, protetora de muitos países e localidades
(por exemplo, o rio Don, o Rio Danúbio, a Dinamarca, etc. ) Nas ilhas
britânicas, era a Mestra dos Tuatha De Danaan, a raça de habitantes
divinos e semidivinos da Irlanda antes da vinda dos milésios.

Dioncecht. Irlandês. Deus intimamente associado à cura e
à emenda de males físicos.

Don. Galesa. Equivalente galês de Danu, ver acima. Parece ter havido
uma certa identificação de Don com Santa Ana nos tempos Medievais.

Donn (senhor, mestre). Irlandês. Deus do mundo subterrâneo, um dos
mortos. Associado territorialmente ao oeste de Munster. Os romanos o
reconheciam como um aspecto do seu Dis Pater. Devido a seus
atritutos, é uma figura silenciosa e solitária, bem incomum entre os
freqüentemente turbulentos e extrovertidos deuses irlandeses.

Efnisien (não pacífico) Galês. meio-irmão materno de Bendigeidfran
Bran, e irmão de Nisien. Briguento e antagonista por natureza, diz-se
que é capaz de causar antagonismo entre dois irmãos mesmo que se
adorem. responsável pelo terrível insulto a Branwen. É ele que
assassina o filho dela, Gwern no banquete de reconciliação. Quando os
irlandeses começam a usar o caldeirão da Regenerão para suplantar as
forças de Bran, ele sente remorso e, fingindo ser um guerreiro
irlandês morto, é jogado vivo no Caldeirão, quebrando-o e morrendo.

Eochaid (cavaleiro). Irlandês. Face dos primórdios mais antigos de
Daghda. Uma deidade solar associada com o relâmpago. Em geral
considerada caolha, e chamada por um epíteto de  Daghda, Deirgderc, 
olho vermelho, o sol.

Epona (cavalo divino). Gaulesa. Deidade feminina em geral associada à
soberania e ao governo. Seu aspecto é de um cavalo, e esses animais
são consagrados a ela.

Éire. Irlandesa. Uma das três deusas que são padroeiras de toda a
Irlanda (ver Banbha e Fotla). O nome dela originou o nome da Irlanda (Éire Land > Terra de Éire = Ireland). Éire é a esposa do rei Tuatha King MacGreine.

Etain. Irlandesa. Esposa de Mider, por Eochaid, mãe de Liban. Ela tem
associações com cavalos e pode ser um aspecto posterior de uma deusa
do sol primitiva.

Etan. Irlandesa. Às vezes chamada de Etain, conforme acima. Filha de
Dioncecht, e esposa de Oghma, é considerada Padroeira do artesanato e
dos artesãos.

Fand (lágrima, mas também Fann, pessoa fraca e desamparada).
Irlandesa. Esposa de Manannan e amante de Cuchullain. Seu nome
aparentemente deriva da mesma raiz ariana da qual provém a
palavra "Vênus".

Fiachra. Irlandês. Filho de Ler e irmão gêmeo de Conn, cuja história
ainda está para ser pesquisada.

Finnguala Irlandês. Filha de Ler, irmã de Aedh, Conn e Fiachra, e,
como eles, vítima de Aife.

Flidais (cervo). Irlandesa. Ártemis celta, caçadora associada com
a arte do arco e da flecha, a sacralidade das florestas e a vida
silvestre e selvagem que ali habitam, e com a perseguição. Mas ao
contrário de Ártemis, sua inclinação para o sexo e apetite sensuais
são legendários.

Fotla (mundo subterrâneo). Irlandesa. Uma das três deusas que
protegem a Irlanda. As outras são Banbha e Eriu.  Fotla é esposa do
rei Tuatha Mac Ceacht.

Gilfaethwy. Galês. Irmão de Gwydion, seu destino é
determinado  por seu desejo incontrolável por Goewin.

Goewin. Galesa. Aia de Math, e objeto dos desejos incontroláveis de
Gilfaethwy.

Goibhniu (ferreiro). Irlandês. Deus da arte da ourivesaria, um de uma
trindade (ver também Credne e Luchta), que além do seu ofício de
ferreiro também é conhecido como promotor do Fled Goibnenn, um
Banquete Sagrado. Associado, entre outras coisas, a preparação de
bebidas fermentadas, diz-se que formulou uma poção da imortalidade;
observe a similaridade com o Hefaistos/Vulcano greco-romano, um
ferreiro divino que também preparava cerveja. Seu nome preservou-se
em Abergavenny (rio de Goibhniu).

Gwydion. Galês. Equivalente Galês de Goibhniu. Em fontes galesas seu
palácio é a Via Láctea; era um mago de excelente reputação, e o tutor
e mentor de Llew.

Gwynn ap Nudd. (Sulista) Galês. Divindade ctônica, líder da Caça
Selvagem ao Cervo Branco. Corresponde de perto ao gaulês Cernunnos, e
ao britânico Herne. Também tem correspondências com o Galês
setentrinal Arawn.

Hafgan. Galês. Senhor de Annwyn, inimigo mortal de Arawn. Só pode ser
morto se for com um único golpe mortal. Um golpe de misericórdia em
seu corpo, quando mortalmente ferido, o faz reviver. Pwyll logra isso
quando vem em auxílio de Arawn, conforme se narra no Primeiro Ramo do
Mabinogi.

Hafren. Galês. Outra Deusa fluvial, protetora do rio Severn.

Ilbrech. Irlandês. Filho de Manannan, governa uma parte do condado
Donegal.

Ler. Irlandês. Deus do mar. Pai de Bran, Fiachra, Aedh, Manannan e
inúmeros outros.

Liban. Irlandês. Espírito aquático, filho de Eochaid, com Etain.

Llasar Llaes Gyfnewid. Galês. Marido de CyMideu Cymeinfoll, e guardião do
Caldeirão, depois, mais tarde tomado por Bran.

Llew Llaw Gyffes. Galês. No Mabinogion, é descrito como jovem que luta contra uma série de geasa (plural de geis = tabu, interdição) lançados por sua mãe, Arianrhod, e é ajudado por Gwydion. Posteriormente é gravemente ferido por circunstâncias resultantes da infidelidade de sua esposa Blodeuedd. Em tudo isso ele
demonstra uma ingenuidade bastante debilitante, e não aparece como líder de panteão.

Llyr. Galês. Equivalente Galês de Ler.

Luchta. Irlandês. Um de uma tríade de Deuses-Ferreiros, seu aspecto é
de artesão, mecânico e artífice. Os outros são Credne e Goibhniu.

Luchtigern. (senhor dos camundongos). Irlandês. Chefe dos camundongos
de Kilkenny, morto por Banghaisghidheach.

Lugh (luz, luminosidade). Irlandês. É o deus de muitos talentos. Especialmente hábil com a lança, foi um dos filhos do amor proibido de um jovem Tuatha com uma moça Foimore. Ao nascer, foi jogado ao mar e resgatado por Mannanan Mac Lir, que o levou para ser criado por Tailtui, sua mãe adotiva, que é homenageada no festival de Lughnasadh. Crescido, se tornou um guerreiro e lutou com os Tuatha, matando o foimoriano balor ao atirar sua lança em seu olho encantado. Balor era seu avô, o mesmo que o jogou no mar ainda bebê, por causa de uma profecia que afirmava que ele seria morto por seu neto. Lugh tem muitos epítetos e apelidos, entre os quais: Lamhfhada, braço-longo, referência a sua perícia no uso da lança ou da funda; Samildanach, extremamente hábil, que tem muitos talentos; Ildanach, vidente; e Maicnia, jovem guerreiro.

MacCeacht (Filho do Arado). Irlandês. Filho de Daghda, marido de
Fotla, soberano da Tuatha de Danaan.

MacCuill (filho do bosque de aveleiras). Irlandês. Filho de Daghda,
marido de  Banbha, soberano da Tuatha de Danaan.

MacGreine (Filho do Sol). Irlandês. Filho de  Daghda, marido de Eriu,
soberano da Tuatha de Danaan.

Macha (campo, planície). Irlandês. Um dos três aspectos de
Morrigan.

Maeve. Irlandês. Deusa da Guerra, divindade protetora da do Reino da
Irlanda e de Tara, o coração místico da ilha.

Manannan (o que vem do mar [ irlandês]. Irlandês. Filho de Ler, e
principal Deus do mar. Seu nome parece derivar de uma forma mais
antiga da Ilha de Man. Ele possui, entre outras coisas, o fabuloso saco da Garça-Azul, que contém todos os seus tesouros, inclusive a Linguagem. Como acontece com muitos deuses arianos do mar, ele se associa bem de
perto aos cavalos.

Maponus. Britânico. Senhor da poesia e da música; reverenciado
durante a ocupação romana da Grã-Bretanha.

Math. Galês. Tio de Llew. Protetor de Gwynedd, no norte de Gales. Ele
é considerado o sábio principal da Grã-Bretanha: incalculavelmente
idoso, com grandes poderes mágicos,  e incomensuravelmente sábio.
Dizia-se que era capaz de ouvir qualquer coisa que se disseses na
presença da brisa mais suave; o vento levava as palavras até ele.

Mabon (filho, jovem). Galês. Deus associado à juventude, às vezes é
confundido com Pryderi. Seu nome completo é "Mabon Ap Modron", que
simplesmente significa "Filho da Mãe".

Manawydan. Galês. Equivalente galês de Manannan.

Mider (central). Irlandês. Seu nome deriva da raiz de "meio", e
implica  julgamento ou negociação. Entre os membros da Tuatha De
Danaan, ele é um chefe, e conhecido por sua parcimônia e orgulho
desmedido.

Modron (mãe). Galesa, britânica e gaulesa. Muitas vezes confundida
com a Matrona romana, é a protetora de Marne in Gaul. Na Grã-
Bretanha, aparece sob a forma de uma lavadeira, e isso aparentemente
estabelece uma relação entre ela e Morrigan.

Morrigan (grande Rainha) Irlandesa. Trindade de Valquírias (ver Badb,
Macha, e Nemain), exaltadas no frenesi na batalha, caos e
carnificina. Ela/elas desempenham um papel fundamental, sendo as
Escolhedoras dos Mortos; selecionando, separando do corpo e guiando
para o além os espíritos dos guerreiros caídos nas batalhas. Ela,
porém, tem uma estreita associação com a água, em geral, e com os
rios em particular. Parece, sob este último aspecto, também escolher
os mortos, pois é vista por aqueles cujo destino é morrer em uma
batalha no futuro, como uma velha, lavando roupas ao lado de um rio.
Ver também  Morgan le Fay, uma versão posterior.

Nechtain. Irlandês. Outro espírito aquático, está associado a um Poço sagrado dentro do qual vive o Salmão do Conhecimento. É intimamente associado com Daghda, e às vezes confundido com ele.

Nehalennia (timoneira). Galesa e belga. Primordialmente associada à
proteção de viajantes pelo mar. Os lugares onde seus templos ficam
sempre são litorâneos, e as inscrições que restam costumam louvá-la
por viagens bem-sucedidas, ou implorar a ela que proteja os viajantes
em novas viagens no futuro. É invariavelmente associada com um grande
cão que traz como companhia. Ocasionalmente é confundida com a deusa
romana Fortuna.Ver também a anglo-saxã Elen.

Nemain (frenesi, loucura.] Irlandesa. Um dos três aspectos de  Morrigan.

Nemetona (a que vive no pomar/bosque sagrado). Gaulês. Uma deidade
continental reverenciada durante os tempos romanos; o nome dela pode
ser cognato da valquíria irlandesa Nemain, e de fato os romanos
parecem ter feito uma correlação entre ela e Marte.

Nisien (pacífico). Galês. Meio-irmão por parte de mãe de
Bendigeidfran (Bran) e irmão legítimo de Efnisien. Bem favorecido,
era um diplomata natural, de quem se dizia que era capaz de apaziguar
dois exércitos em batalha no ápice de susa fúria. Passou grande parte
do seu tempo reparando os danos produzidos por  Efnisien.

Noudens. Britônico. Foi reverenciado durante os tempos de dominação romana. Esse nome tem a distinção nada invejável de ter sido tomado emprestado por H. P. Lovecraft para desempenhar um pequeno papel em seu famoso ciclo Cthulhu.

Nuada (fazedor ou pegador de nuvens]. Irlandês. Deus guerreiro, foi
duas vezes rei dos Tuatha De Danaan. Perdeu o posto quando sua
foi amputada em combate com os fomorianos; como os reis precisam ter
integridade física, ele não pôde retomar o reinado, até Dioncecht
confeccionar para ele uma mão de prata, ocasião na qual ele voltou
ao trono, substituindo Breas, que fora expulso.

Nudd. Galês. Outra forma de Nuada.

Oghma. Irlandês. Filho de Daghda, Deus guerreiro que está intimamente
ligado ao conhecimento, à magia, e à eloqüência. É o inventor da
escrita Ogham, a variedade de runas celtas; e notem bem, diz-se que
ele mesmo desenhou as letras como forma de codificação do
conhecimento – elas não lhe foram concedidas por visão mística.

Ogmios. Gaulês. Equivalente continental de Oghma, representado como
um velho careca levando um grupo satisfeito de seguidores por
correias ligadas a suas orelhas.

Pryderi (cuidado, consideração]. Gaulês. Filho de Pwyll, que sucede
em suas terras. Um demônio sem nome rapta-o quando menino, que, numa expedição pra roubar cavalos, deixa-o cair de volta ao mundo, ocasião em que leva um golpe do guardião dos cavalos. Observa a conexão eqüina com sua mãe, Rhiannon.

Pwyll (sabedoria, prudência). Galês. Senhor de Arberth. Pai de
Pryderi, marido de Rhiannon, parceiro de confiança de Arawn conforme
se relata no primeiro livro dos Mabinogi.

Rhiannon. Galesa. Esposa de Pwyll, mãe de Pryderi. Injustamente
acusada de ter matado seu filho recém-nascido (que fora raptado por
um demônio sem nome; ver acima]. Ela se vê obrigada a assumir o papel
de um cavalo até que o filho lhe é inesperadamente devolvido. É
considerada um aspecto da gaulesa Epona.

Rosmerta. Gaulês/Continental. Deusa celta cujo nome não chegou até
nós, exceto pelo nome latino que significa "Boa Provedora". É
essencialmente uma Deusa do sucesso e da prosperidade, sendo seu
principal atributo uma inesgotável Bolsa da Abundância.

Scathach (sombreada, escurecida] Irlandesa/Escocesa. "Senhora das
Sombras/ ou "da Ilha das Sombras". Trata-se de uma guerreira, com
associações adicionais com  a ourivesaria e com a sabedoria oracular.
Reside em Albannach (Escócia), na ilha de Skye (Scaith) (conforme a
maioria das versões), e é mais conhecida como instrutora de CuChulainn nas artes do amor e da guerra.

Sequanna. Gaulesa;  padroeira do rio Sena.

Silvanus. Espírito dos bosques associado aos parques, vilas e campos,
e antes associado à floresta além dos vilarejos, à mata virgem. É uma
deidade romana, mas como combinava com as idéias celtas costuma ser
combinado com outras deidades celtas com atributos semelhantes.
Observem bem uma diferença, porém: para o romano, a floresta era um
lugar que inspirava medo, uma terra de pesadelos, de caos, e assim o
Silvanus tinha para eles uma conotação sombria ou obscura; para os
celtas, porém, a floresta era o Lar, e como tal, não encerrava
mistérios nem causava medo.

Sinann. Irlandesa. Associada ao rio Shannon.

Sirona (estrela divina). Gaulesa. Divindade continental da cura e da fertilidade.

Tailltiu. Irlandesa. Deusa protetora da região Telltown de Ulster. Mãe adotiva de Lugh, e a ela é dedicado o festival de Lughnasadh.

Taliesin (fronte radiosa). Galês. Figura semi-mítica cuja vida se
entrelaçou profundamente com as divindades celtas. Ele aparentemente
viveu no século VI DC, sendo visto como o primeiro bardo, ou poeta de
seu ou qualquer outro tempo. Ainda existe um livro de sua autoria,
escrito no século 13; várias obras dentro dele são consideradas
genuínas. Ele aparece em muitos contos, mas se destaca entre eles a
história que ele começou como menino Gwion, que recebeu de Ceridwen a
incumbência de vigiar o caldeirão no qual ela preparava uma poção do
conhecimento, e que sem permissão a provou, foi perseguido por ela
numa caçada que envolveu muitas metamorfoses, e afinal foi engolido
por ela, para renascer nove meses depois como o divino bardo Taliesin.

Taranis (trovão). Gaulês/continental.

Teutates (o que pretence à tribo). Gaulês/Continental. Outra deidade
romana-gaulesa, comentada pelo autor romano Lucan, Teutates parece
ter sido um Deus da Guerra, mas também está ligado de formas obscuras
aos Caldeirões. O nome simplesmente significa "Tribo" ou "Nação". (ver o irlandês Tuatha)