Humanismo é a filosofia moral que coloca os humanos como principais, numa escala de importância. É uma perspectiva comum a uma grande variedade de posturas éticas que atribuem a maior importância à dignidade, aspirações e capacidades humanas, particularmente a racionalidade. Embora a palavra possa ter diversos sentidos, o significado filosófico essencial destaca-se por contraposição ao apelo ao sobrenatural ou a uma autoridade superior. Desde o século XIX, o humanismo tem sido associado ao anti-clericalismo herdado dos filósofos Iluministas do século XVIII. O termo abrange religiões não teístas organizadas, o humanismo secular e uma postura de vida humanista.
Humanistas famosos são entre outros Gianozzo Manetti, Marsílio Ficino, Erasmo de Roterdão, Carlos Bernardo González Pecotche, Francesco Petrarca, François Rabelais, Pico de La Mirandola, Thomas Morus, Andrea Alciati, Auguste Comte.
O humanismo marxista é uma linha interpretativa de textos de Marx, geralmente oposta ao materialismo dialético de Engels e de outras linhas de interpretação que entendem o marxismo como ciência da economia e da história.
É baseado nos manuscritos da juventude de Marx, onde ele critica o idealismo Hegeliano que coloca o ser humano como um ser espiritual, uma autoconsciência. Para Marx o ser humano, é antes de tudo um ser natural, assim como já havia dito Feuerbach, mas, diferentemente deste, Marx considera que o ser humano, diferente de todos os outros seres naturais, possui uma característica que lhe é particular, a consciência, que se manifesta como saber. Como nos diz Salvatore Puledda a respeito disso em seu livro "Interpretaciones del Humanismo", "Através de sua atividade consciente o ser humano se objetiva no mundo natural, aproximando-o sempre mais de si, fazendo-o cada vez mais parecido com ele: o que antes era simples natureza,agora se transforma em um produto humano. Por tanto, se o homem é um ser natural, a natureza é, por sua vez, natureza humanizada, ou seja, transformada conscientemente pelo homem."
Os humanistas seculares, como o nome indica, são mais racionalistas e empiristas e menos espirituais; são geralmente associados a cientistas e acadêmicos, embora a filosofia não se limite a esses grupos. Têm preocupação com a ética e afirmam a dignidade do ser humano, recusando explicações transcendentais e preferindo o racionalismo. São ateus ou agnósticos. Cerca de 54% dos Universalistas Unitários baseiam suas crenças no humanismo.
Os humanistas religiosos acham que o humanismo secular é friamente lógico demais e são mais espirituais, alguns chegando a ser deístas. São ocasionalmente associados a artistas e cristãos liberais.
O humanismo renascentista propõe o antropocentrismo. O antropocentrismo era a idéia de "o homem ser o centro do pensamento filosófico", ao contrário do teocentrismo, a idéia de "Deus no centro do pensamento filosófico". O antropocentrismo surgiu a partir do renascimento cultural.
O humanismo positivista comtiano afirma o ser humano e rejeita a teologia e a metafísica. A forma mais profunda e coerente do humanismo comtiano é sua vertente religiosa, ou seja, a Religião da Humanidade, que propõe a substituição moral, filosófica, política e epistemológica das entidades supranaturais (os "deuses" ou as "entidades" abstratas da metafísica) pela concepção de "Humanidade". Além disso, afirma a historicidade do ser humano e a necessidade de uma percepção totalizante do homem, ou seja, que o perceba como afetivo, racional e prático ao mesmo tempo.
O humanismo logosófico propõe ao ser humano a realização de um processo de evolução que o leve a superar suas qualidades até alcançar a excelência de sua condição humana. González Pecotche afirma que o humanismo logosófico "parte do próprio ser sensível e pensante, que busca consumar dentro de si o processo evolutivo que toda a humanidade deve seguir. Sua realização nesse sentido haverá, depois, de fazer dele um exemplo real daquilo que cada integrante da grande família humana pode alcançar".
Também há a escola literária chamada Humanismo, que surgiu bem no final da Idade Média (entre o século XV e final do século XVI). Ainda podemos ressaltar as prosas doutrinárias, dirigidas à nobreza. Já as poesias, que eram cultivadas por fidalgos, utilizavam o verso de sete sílabas e o de cinco sílabas. Podemos destacar João Ruiz de Castelo Branco como importante autor de poesias palacianas.
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