Organização Revolucionária Marxista Política Operária (Polop) foi uma organização brasileira de esquerda, contrária à linha do Partido Comunista Brasileiro e que deu origem a várias outras organizações:
Comando de Libertação Nacional (Colina)
Vanguarda Popular Revolucionária (VPR)
Partido Operário Comunista (POC)
Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares)
Organização de Combate Marxista-Leninista - Política Operária (OCML-PO), também conhecida como "nova Polop"
Movimento Comunista Revolucionário (MCR)
Movimento de Emancipação do Proletariado (MEP)
Coletivo Marxista
Suas raízes estão na Juventude Socialista do Partido Socialista Brasileiro (PSB), que formou a Organização Revolucionária Marxista - Política Operária (ORM-Polop) em fevereiro de 1961, a partir da fusão com círculos de estudantes provenientes da 'Mocidade Trabalhista' de Minas Gerais, da Liga Socialista de São Paulo, simpatizantes de Rosa Luxemburgo, alguns trotskistas e dissidentes do PCB do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas.
Alguns dos seus fundadores foram os intelectuais Theotonio dos Santos, Ruy Mauro Marini, ambos da Mocidade Trabalhista, Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira e Paul Singer, estes do PSB.
Já em 1964, depois do golpe que derrubou o governo do presidente João Goulart, a Polop tentou articular uma guerrilha contra o regime militar, no Vale do Rio Doce, mas foi abortada ainda na fase de planejamento, em Copacabana, pelo Centro de Informações da Marinha (Cenimar). Esse projeto de guerrilha no Vale do Rio Doce, deu origem, em 1967, à chamada Guerrilha do Caparaó, liderada por militantes do Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR).
Foi a partir desse mesmo ano que uma cisão da Polop deu origem ao Colina, em Minas Gerais, enquanto, em São Paulo, uma "ala esquerda" da organização uniu-se a militantes remanescentes do MNR para constituir a VPR.
Em 1969, remanescentes da VPR e do Colina se uniram para formar a VAR-Palmares. Por fim, os militantes restantes se aproximaram da Dissidência Leninista do PCB, no Rio Grande do Sul, para criar o Partido Operário Comunista (POC).
Em abril de 1970, um grupo de militantes desligou-se do POC para voltar a constituir a Polop, passando a condenar as ações armadas e realizar um trabalho doutrinário junto aos operários e rebatizando sua organização como Organização de Combate Marxista-Leninista - Política Operária (OCML-PO).
No exílio, a OCML-PO editou, durante certo tempo, em conjunto com a Ação Popular (AP) Socialista e o MR-8, a revista de debates teóricos Brasil Socialista.
Finalmente, em 1976, o MEP surgiu a partir de um grupo carioca da Polop, denominado Fração Bolchevique.
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