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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Caminhada em Copacabana lembra vítimas do massacre em Realengo

Rio - Parentes e amigos das vítimas do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste, em abril deste ano, realizaram uma caminhada na manhã deste domingo, em Copacabana, na Zona Sul. Um dos objetivos da caminhada é pedir paz nas escolas.



O atirador Wellington Menezes de Oliveira, um ex-aluno de 24 anos, matou 12 jovens e feriu outros 12. O sargento Márcio Alexandre Alves, que evitou que Wellington fizesse mais vítimas, também participou da caminhada.



A manifestação começou no Posto 6 da Avenida Atlântica e percorrereu toda a orla. Cerca de 150 pessoas participaram, sendo que 80 crianças. Os jovens se vestiram de branco para simbolizar a paz e levaram cartazes, fotos e bolas de gás com o rosto da menina Luisa Paula da Silva Machado, que completaria 15 anos nesta segunda-feira.



"Ela não falava em outra coisa, que não fosse a festa dos 15 anos", disse a mãe de Luisa, Adriana Maria da Silveira.



As bolas utilizadas na manifestação foram brancas, rosas e lilás, cores preferidas da adolescente, e que seriam usadas em enfeites da festa de 15 anos. A família da engenheira Patrícia Amieiro, desaparecida em 2008, e parentes das vítimas da chacina de Vigário Geral também participaram do ato.



Psicopata mata 12 estudantes em colégio municipal



Manhã de 7 de abril de 2011. São 8h20 de mais um dia que parecia tranquilo na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste. Mas o psicopata que bate à porta da sala 4 do segundo andar está prestes a mudar a rotina de estudantes e professores, que festejam os 40 anos do colégio. Wellington Menezes de Oliveira, um ex-aluno de 24 anos, entra dizendo que vai dar palestra. Coloca a bolsa em cima da mesa da professora, saca dois revólveres e dá início a um massacre em escola sem precedentes na História do Brasil. Nos minutos seguintes, a atrocidade deixa 12 adolescentes mortos e 12 feridos.



>>> FOTOGALERIA: O massacre em Realengo



Transtornado, o assassino atacou alunos de duas turmas do 8º ano (1.801 e 1.802), antiga 7ª série. As cenas de terror só terminam com a chegada de três policiais militares. No momento em que remuniciava dois revólveres pela terceira vez, o assassino é surpreendido por um sargento antes de chegar ao terceiro andar da escola. O tiro de fuzil na barriga obriga Wellington a parar. No fim da subida, ele pega uma de suas armas e atira contra a própria cabeça.



Na escola, a situação é de caos. Enquanto crianças correm — algumas se arrastam, feridas —, moradores chegam para prestar socorro. PMs vasculham o prédio, pois havia a informação da presença de outro atirador. São mais cinco minutos de pânico e apreensão. Em seguida, começa o desespero e o horror das famílias.



A notícia se alastra pelo bairro. Parentes correm para a escola em busca de notícias. O motorista de uma Kombi para em solidariedade. Ele parte rumo ao Hospital Albert Schweitzer, no mesmo bairro, com seis crianças na caçamba, quase todas com tiros na cabeça ou tórax.



Wellington, que arrasou com a vida de tantas famílias, era solitário. Segundo parentes, jamais teve amigos e passava os dias na Internet ou lendo livros sobre religião. Naquela mesma escola, entre 1999 e 2002, período em que lá estudou, foi alvo de ‘brincadeiras’ humilhantes de colegas, que chegaram a jogá-lo na lata de lixo do pátio.


A carta encontrada dentro da bolsa do assassino tenta explicar o inexplicável. Fala em pureza, mostra uma incrível raiva das mulheres — dez dos 12 mortos — e pede para ser enrolado num lençol branco que levou para o prédio do massacre. O menino que não falava com ninguém deixou seu recado marcado com sangue de inocentes estudantes de Realengo.




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