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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Reencarnação de Santos Dumont

O leitor Gilson Machado me perguntou o seguinte: se o Espírito Santos Dumont já havia se comunicado por algum médium; se já estaria reencarnado; ou se estava no mundo espiritual assistindo às comemorações do centenário do primeiro vôo do seu avião 14 BIS em torno da Torre Eifel, em Paris. Bem respondendo à sua primeira pergunta, informo-lhe que em julho de 1948, Santos Dumont enviou pelo médium Chico Xavier uma oportuna mensagem, na qual diz em certo trecho: “Não há vôo mais divino que o da alma. Não existe mundo mais nobre a conquistar, além do que se localiza na própria consciência, quando deliberarmos converter-nos ao bem supremo. Alcemos corações e pensamentos ao Cristo”. O texto na íntegra está publicado no livro Trinta Anos com Chico Xavier.


Com relação à sua segunda pergunta, esclareço-lhe que ele reencarnou na cidade de Campos, em março de 1956, como filho de Clovis Tavares e de Hilda Mussa Tavares, com o nome de Carlos Vitor, segundo revelação de Chico Xavier. Aos nove meses de idade ele caiu de um carrinho de bebê, e com o tombo deslocou a vértebra cervical, ficando tetraplégico. Esse fato foi narrado por seu irmão Dr. Flavio Mussa Tavares, médico homeopata, ao ser entrevistado pelo jornal Folha Espírita de abril desse ano.

Dr. Flávio disse, também, que seu irmão, Carlos Vitor, a partir daí passou a depender totalmente de seus pais, dele e de sua irmã, vindo a desencarnar aos 17 anos de idade, em fevereiro de 1973. Como se sabe, Santos Dumont enforcou-se no dia 23 de julho de 1931, no Guarujá, em São Paulo, ao ficar deprimido durante a revolta constitucionalista, quando presenciou mineiros e paulistas a digladiarem-se pelo céu, usando o avião como arma de guerra. Não suportando ver o seu invento sendo usado para matar, cometeu o suicídio.

Foi por isso, diz Chico Xavier, que o Espírito Santos Dumont, antes de reencarnar, decidiu expiar a sua morte pelo suicídio, por meio de uma vida curta como paraplégico. Eis por que a queda acidental sofrida por Carlos Vitor, aos nove meses de idade, deslocou a sua vértebra cervical. Chico Xavier disse, também, num programa de TV, que a vértebra já estava deslocada no seu perispírito, isto é, no corpo semimaterial que envolve o Espírito, lesada ao se enforcar. Esse depoimento, aliás, encontra-se registrado no livro Jesus e Nós.





OBSERVAÇÃO: Joanna de Ângelis alerta sobre as consequências do suicidio no livro "Após a Tempestade": "Aqueles que esfacelam o crânio, reencarnam com idiotia, surdez-mudez, conforme a parte do cérebro afetada; os que tentaram o enforcamento, reaparecem com os processos de paraplegia infantil,; os afogados com efisema pulmonar; tiro no coração, cardiopatias congenitas irreversíveis; os que se utilizam de tóxicos e venenos, sofrem sob o tormento das deformações congênitas, úlceras gástricas e cânceres." É Joanna ainda que nos diz: "Espera pelo amanhã, quando o teu dia se te apresente sombrio e apavorante. Se te parecerem insuportáveis as dores, lembra-te de Jesus, ora, aguarda e confia."

Allan Kardec no livro "O Evangelho segundo o Espiritismo" , capítulo V, diz que: "A calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo da loucura e do suicídio (...)"

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