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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Silas Malafaia

O pastor Silas Malafaia, 53, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, disse estar preocupado com a acusação do MPF (Ministério Público Federal) em São Paulo de que a Igreja Universal engana os fiéis com falsas promessas para obter dízimo e doações. Ele teme que a mesma acusação seja estendida às demais igrejas evangélicas.







“Querem tocar em uma [igreja] prá quê? Para tocar nas outras? Ai, meu irmão, vai chamar todo mundo pra briga”, disse Malafaia em seu programa de TV deste sábado (17).






Ele falou que não comentaria as demais acusações do MPF à Universal, as que se referem à transferência ilegal de dinheiro para o Exterior, mas que estava atento para a alegação de que a igreja comete estelionato contra os fiéis.






“Eu estou de olho nesse item. Se tocar em alguma igreja nisso, é perseguição religiosa”, disse. “Vai ter que rasgar a Constituição.”






Malafaia, além da pregação contra o movimento de defesa dos direitos dos homossexuais, tem chamado a atenção pelas suas campanhas de arrecadação dinheiro dos fiéis, com pedido de valores significativos em relação ao poder aquisitivo da maioria da população.


Em agosto, por exemplo, solicitou uma doação “extra” de R$ 911, mais portanto do que um salário mínimo (R$ 545). No ano passado, chegou a pedir R$ 1.000 e mais recentemente tentou convencer os desempregados a doarem 30% da ajuda que conseguissem de parentes e amigos.






O pastor dedicou a maior parte do tempo do seu programa deste sábado para defender os cantadores de música gospel das acusações do bispo Edir Macedo segundo as quais 99% deles estão endemoniados.






Sem citar o nome do “bispo líder de uma grande igreja”, ele disse que a cantora Ana Paula Valadão foi acusada nominalmente porque ela tinha gravado um CD na gravadora do grupo da TV Globo.






Disse ter ficado surpreso com o fato de o bispo ter comparado o culto de algumas denominações com rituais de macumba, considerando que foi essa “grande igreja” (a Universal) a introdutora do “misticismo negativo” no meio evangélico.






“Qual é a diferença da arruda da sua [Edir Macedo] igreja em relação à do centro de macumba? Qual é a diferença do sal grosso de sua igreja com o do centro da macumba? Qual é a diferença da rosa ungida de sua igreja em relação à do centro de macumba? Qual é a diferença de seus pastores vestidos de branco dando passe com rosa e vela nas mãos? Então quer dizer que você também faz macumba? Você é trouxa na sua argumentação.”

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