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terça-feira, 24 de maio de 2011

F.A.R.C. Por ela mesma!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Forças Armadas Revolucionárias Colômbia–Exército do Povo (em castelhano Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia–Ejército del Pueblo), também conhecidas pelo acrônimo FARC ou FARC-EP, é uma organização de inspiração comunista, autoproclamada guerrilha revolucionária marxista-leninista, que opera mediante táticas de guerrilha. Lutam pela implantação do socialismo na Colômbia.[1] Apesar de não ser membro do Foro de São Paulo, que congrega partidos de esquerda da América Latina, as FARC já estiveram presentes em suas reuniões.[2][3]
As FARC são consideradas uma organização terrorista pelo governo da Colômbia, pelo governo dos Estados Unidos,[4] Canadá[5] e pela União Européia.[6][7] Os governos de África, Equador,[8] Bolívia, Brasil,[9]Argentina[10] e Chile[10] não lhes aplicam esta classificação. O presidente Hugo Chávez rejeitou publicamente esta classificação em Janeiro de 2008 e apelou à Colômbia como outros governos a um reconhecimento diplomático das guerrilhas enquanto "força beligerante", argumentando que elas estariam assim obrigadas a renunciar ao sequestro e actos de terror a fim de respeitar a Convenção de Genebra.[11][12] Cuba e Venezuela adoptam o termo "insurgentes" para as FARC [carece de fontes?].
As FARC foram criadas em 1964 como aparato militar do Partido Comunista Colombiano. Enquanto originaram-se como um puro movimento de guerrilha, a organização já na década de 1980 envolveu-se no tráfico ilícito de entorpecentes,[13] o que provocou a separação formal do Partido Comunista e a formação de uma estrutura política chamada Partido Comunista Colombiano Clandestino[14].
As FARC-EP continuam a se definir como um movimento de guerrilha. Segundo estimativas do governo colombiano, as FARC possuem entre 6 000 a 8 000 membros, uma queda de mais da metade dos 16 000 em 2001[15][16]). Outras estimativas disponíveis avaliam em mais de 18 000 guerrilheiros, números que as próprias FARC reclamaram em 2007 numa entrevista com Raul Reyes.[17] (aproximadamente 20 a 30% deles são recrutas com menos de 18 anos de idade
As FARC-EP estão presentes em 15-20% do território colombiano, principalmente nas selvas do sudeste e nas planícies localizadas na base da Cordilheira dos Andes.[18] Segundo informações do Departamento de Estado dos Estados Unidos, as FARC controlam a maior parte do refino e distribuição de cocaína dentro da Colômbia, sendo responsável por boa parte do suprimento mundial de cocaína e pelo tráfico dessa droga para os Estados Unidos.

Origem

Em 1964, temendo a radicalização da guerrilha camponesa, influenciada pela Revolução Cubana, os liberais aliados aos Conservadores que enviam tropas ao povoado de Marquetália.
Inicialmente as FARC era composta por famílias camponeses e passa a receber crescentemente a influência do Partido Comunista colombiano.
Durante este período, o governo colombiano persistiu nas negociações com as FARC-EP e outros grupos armados, obtendo relativo sucesso. Grupos como o EPL, o ERP, o Movimento Armado Quintín Lame e o M-19 depuseram armas e aceitaram os acordos de paz.
Porém no final de 1990, tropas do exército comandadas por César Garcia ignoraram as negocioações de paz e atacaram a Casa Verde, sede do secretariado nacional das FARC-EP como parte da Operação Centauro II. O governo alegou falta de interesse por parte das FARC nas negociações, uma vez que facções do grupo continuavam a manter ações violentas. Em 10 de agosto de 1990, o líder e ideólogo Jacobo Arenas falece.
Em 3 de junho de 1991, reiniciam-se as negociações de paz em território neutro em Caracas e Tlaxcala, no México[20].
Porém a violência não cessou, com ataques de ambos os lados, até que em 1993, as negociações cessaram por falta de acordo e a coordenação das FARC se dissolveu e os grupos guerrilheiros passaram a agir de forma independente. As FARC se dividiram em 70 frentes espalhadas pelo país, com efetivo entre 7.000 e 10.000 membros.
Antes do fim das negociações, um grupo de intelectuais colombianos, entre os quais o prêmio Nobel, Gabriel Garcia Marquez escreveu uma carta à coordenação dos grupos guerrilheiros denunciando as consequência das ações das FARC-EP.[21]
De 1996 a 1998, as FARC efetuaram uma série de ações contra o exército colombiano, incluindo uma batalha de três dias em Mitú, departamento de Vaupés, aprisionando um expressivo número de soldados, e iniciam o processo de criação do Partido Comunista Colombiano Clandestino (PCCC).

Visão geral

As FARC-EP, o maior grupo paramilitar na América do Sul, são dirigidas por um secretariado liderado desde março de 2008 por Alfonso Cano,[22] e seis outros membros, incluindo o comandante militar Jorge Briceño, também conhecido por Mono Jojoy. A "face internacional" da organização era representada por um outro membro do secretariado, "Raúl Reyes", morto durante o ataque do exército colombiano contra um campo das FARC no Equador em março de 2008.[23]
As FARC estão organizadas segundo as linhas militares e incluem diversas frentes urbanas ou células de milícia. A organização adicionou o "-EP" (Ejército del Pueblo) ao seu nome oficial durante a sua sétima conferência em 1982 como expressão da expectativa de evolução de uma guerra de guerrilha a uma acção militar convencional, esboçada nessa ocasião.
As FARC-EP proclamam-se uma organização marxista-leninista de inspiração bolivariana.[24] Elas afirmam defender o pobre agricultor na luta contra as classe favorecidas colombianas e se opõem à influência americana na Colômbia, particularmente o Plano Colômbia. Outros proeminentes interesses das FARC incluem a luta contra a privatização dos recursos naturais, as corporações multinacionais, e as forças paramilitares. As FARC-EP dizem que estes objectivos motivam os esforços do grupo a tomar o poder na Colômbia por uma revolução armada. Tais esforços são principalmente a extorsão, seqüestro, e participação no tráfico ilegal de drogas.[13][25]

Manuel Marulanda
As FARC-EP afirmam estarem abertas a uma solução negociada do conflito via um diálogo com um governo flexível, que aceitasse certas condições como a desmilitarização de territórios e a liberação de todos os rebeldes prisioneiros (e extraditados) do movimento.
Críticas nacionais e internacionais caracterizam as FARC-EP como terrorista. Críticos ao movimento dizem que os métodos da organização desacreditam seus objectivos primeiros e sua ideologia. As FARC frequentemente atacam civis não envolvidos no conflito,[27] instalam minas antipessoais,[28] recrutam crianças-soldados, mantém reféns para trocá-los contra ranções e por razões políticas, alguns com mais de 10 anos de cativeiro, e são responsáveis pelo deslocamento de milhares de civis atingidos pelo conflito.[29] O porta-voz das FARC Raul Reyes afirmou que elas sempre evitaram as casualidades civis, a não conscrição de civis e de soldados com menos de 15 anos, todavia ele reconhece que o uso de minas e morteiros são inerentemente perigosos à população civil.[30]
As FARC utilizam crianças como soldados e como informantes. A Human Rights Watch estima que as FARC possuem a maioria das crianças-soldados na Colômbia, aproximadamente 20% a 30% dos guerrilheiros possuem menos de 18 anos.[31] Crianças que tentam escapar às fileiras podem ser punidas com tortura e morte por um pelotão de fuzilamento.[32] Quanto às mulheres membros, a Human Rights Watch constata que uma das razões pela qual elas integram a organização é a fim de escapar do abuso sexual. Mulheres guerrilheiras possuem as mesmas prerrogativas e chances de serem promovidas como os homens. Contudo, meninas na guerrilha ainda estão submissas às pressões sexuais. Mesmo que o violo e o molestamento sexual não seja tolerado, vários comandantes homens usam seu poder para ter relações sexuais com garotas de baixa idade. Meninas como de 12 anos são obrigadas a usar contraceptivos, e devem abortar caso fiquem grávidas".[32]
O Departamento de Estado dos Estados Unidos da América inclui as FARC-EP em sua Lista de Organizações Terroristas Estrangeiras, bem como a União Europeia. Ao todo, 31 países as classificam como grupo terrorista (Colômbia, Peru,[4] Estados Unidos,[4] Canadá[33] e a União Europeia[34]). Os governos de outros países latino-americanos como Equador,[8] Bolívia, Brasil,[9]Argentina[10], Uruguay e Chile[10] não lhes aplicam esta classificação. O governo da Venezuela solicitou que lhes outorgue o status de força beligerante e não lhes considerem um grupo terrorista.[35]
Presentes em 24 dos 32 departamentos da Colômbia[36] concentradas ao sul e leste do país, sobretudo nos departamentos e regiões do Putumayo, Huila, Nariño, Cauca e Valle del Cauca.[37] Foi reportada a existência de operações militares e acampamentos nos países que fazem fronteira com a Colômbia como a Venezuela,[38][39] Equador,[40] Panamá[41] e Brasil.

Estrutura

A cadeia de comando das FARC está dividida da seguinte forma:
  1. Estado-Maior Central, mais conhecido como o secretariado, é o órgão superior de direcção e de comando das FARC-EP. Os seus acordos, despachos e decisões imperam sobre toda a organização e os seus membros. O secretariado é quem nomeia os líderes de cada bloco, e restringe as áreas que cada bloco deve abranger.
  2. Bloco: grande unidade estratégica de gestão e controle do território. A Colômbia esta dividida em 7 blocos. Cada bloco é composto por cinco ou mais frentes.
  3. Frente: consiste entre 50 a 500 homens e controlam uma determinada zona do país.
  4. Coluna: é uma larga frente.
  5. Companhia: geralmente cerca de 50 homens, permanecem sempre juntos e são responsáveis pelas emboscadas e ataques surpresa contra forças governamentais.
  6. Guerrilha: consiste de dois pelotões.
  7. Pelotão: a unidade básica, composta por 12 combatentes.

[editar] Estado-Maior Central

O Estado-Maior Central é composto por nove figuras ideológicas e militares das FARC-EP. Há especulações de que algumas delas se encontram escondidos em território equatoriano ou venezuelano, o que tem levado a um aumento das operações militares próximas às fronteiras destes países. Outras especulações apontam para as áreas remotas do sudeste da Colômbia. Em março de 2006 o Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América ofereceu cinco milhões de dólaresinformações que conduzam à captura de uma das 47 figuras principais das FARC, incluindo os membros do Secretariado.

Imagem Pseudônimo Nome Nota
Dinotirofijo.png Manuel Marulanda Vélez, "Tirofijo" (morto em maio de 2008) Pedro Antonio Marín Comandante en Jefe e fundador das FARC-EP.
Raulreyesfarc.png Raúl Reyes (morto num bombardeio) Luis Edgar Devia Silva Porta-voz tradicional das FARC e considerado o número 2 da organização, abatido no 1 de março de 2008.

Walber Tabosa, "El Chefon" Víctor Julio Suárez Rojas Considerado pelas forças governamentais como o Comandante do Trafico em Anajás.

Timoleón Jiménez, "Timochenko" Rodrigo Londoño Echeverri Considerado o chefe da inteligência e da contra-inteligência da organização.
Cano.jpg Alfonso Cano Guillermo León Sáenz Vargas Figura ideológica tradicional - Atual líder
IvanMarquez.jpg Iván Márquez Luciano Marín Arango Líder do Bloco Noroeste, substituiu Efraín Guzman, líder histórico falecido de causas naturais no ano de 2003.
Ivanrios.jpg Iván Ríos (assassinado por um subordinado) Manuel Jesús Muñoz Negociador de paz, chefe do Bloco Central "José María Cordoba", abatido por homens encarregados de sua proteção segundo informações do Ministério da Defesa colombiano.

Joaquín Gómez, "Usuriaga" Milton de Jesús Toncel Redondo Responsável do Bloco Sul, substituiu Raúl Reyes.

Mauricio Jaramillo o xato , E

Relação com as drogas

Apesar de participarem do tráfico de drogas[carece de fontes?], os membros das FARC não as podem consumir[carece de fontes?]. O uso de alguma droga representa um grave crime na organização, punido severamente

Sequestros

Pesquisas de opinião pública indicam que as FARC possuem 93% de rejeição[42] na Colômbia. O motivo de tal antipatia, supõe-se, é devido ao fato de as FARC terem seqüestrado seis mil pessoas nos últimos dez anos,[42] mantendo-os em condições sub-humanas. No final de 2007 o grupo tinha perto de oitocentos reféns em cativeiro.

Soldados adolescentes

As FARC são acusadas de recrutar adolescentes como soldados. A Human Rights Watch estima que as FARC possuem uma parte dos combatentes menores de idade na Colômbia. Estima-se que entre 20% a 30% dos combatentes da FARC têm menos de 18 anos, num total de aproximadamente 3500 combatentes adolescentes.[16] As FARC recrutam boa parte de seus novos membros entre garotos de 10 a 14 anos de idade. Após se embrenharem na selva, os jovens são isolados do mundo exterior, da família e perdem o próprio nome, substituído por um "nome de guerra".

As FARC e o governo de Álvaro Uribe

Parte considerável dos colombianos temem as Farc, muitos destes por considerá-las como grupo terrorista. Esse fato proporcionava alta popularidade ao então presidente da Colômbia, Álvaro Uribe. Desde o primeiro dia na presidência da Colômbia, Uribe investiu com firmeza – e tropas especiais treinadas com a ajuda dos Estados Unidos – na tarefa de recuperar o controle de seu país não apenas dos comunistas, mas também dos narcotraficantes rivais e cooperar com as milícias paramilitares de direita em torno de seus objetivos.
Quando assumiu o cargo, em 2002, estimava-se que a guerrilha comunista circulasse à vontade ou tivesse o controle efetivo de 40% do território colombiano. Essa área era basicamente de florestas e montanhas de difícil acesso. Seu governo empurrou os guerrilheiros aos grotões e conseguiu diminuir o número de seqüestros aumentando o contingente policial e criando unidades especializadas em combater especificamente esse tipo de crime.
Com isso os índices de criminalidade colombianos atingiram em 2005 os níveis mais baixos em 20 anos.
Álvaro Uribe alcançou em agosto de 2008 uma popularidade de 91%. [44]
Há nele uma motivação pessoal nesta luta: seu pai foi assassinado pelas Farc em 1983..[45]
Enquanto isso, as FARC têm baixíssima popularidade. Segundo o Gallup, sua rejeição é de 93% e seu apoio é de 1%..[42] Protestos mundiais para a libertação dos reféns reuniram mais de quatro milhões de pessoas (número estimado) e o próprio irmão do atual líder das FARC apelou para que os reféns fossem libertados

Raúl Reyes

Raúl Reyes, considerado o segundo membro mais importante da FARC,[47] foi morto em 1 de março2008 por um ataque das forças armadas da Colômbia/Morto em Combate.[48] de
Era considerado o líder mais moderado na organização [49] e interlocutor da guerrilha com os Governos francês e equatoriano para a libertação da ex-senadora Ingrid Betancourt, refém das FARC desde 2002. Para alguns analistas e oposicionistas colombianos, entre eles o marido de Ingrid Betancourt, o assassinato de Reyes demonstrou o pouco interesse do Governo em viabilizar a libertação da ex-senadora, a única política de oposição à Uribe que teria viabilidade eleitoral contra um terceiro mandato consecutivo de Uribe.[50] Tal hipótese se mostrou fantasiosa quando o próprio governo, através das Forças Armadas, logrou a libertação de Ingrid Betancourt e mais 14 reféns em 2 de julho de 2008, numa operação que foi classificada por Betancourt como "perfeita".[51] Reyes afirmou em entrevista a Folha de São PauloLuiz Inácio Lula da Silva em um dos Foros de São Paulo, realizado em San Salvador. Afirmou também que durante o governo FHC as Farc possuíam uma delegação no Brasil [52] que se encontrou com o ex-presidente
A morte de Reyes aconteceu em território equatoriano e esta ação desencadeou uma crise diplomática entre a Colômbia, o Equador e a Venezuela.

Iván Ríos

Iván Ríos, cujo verdadeiro nome era Manuel Jesús Muñoz Ortiz, o mais jovem dos integrantes do Secretariado das FARC-EP foi morto por seus próprios soldados em 5 de março de 2008 na zona rural de Albânia, no departamento de Caldas, localizado no Noroeste do país.[53]
Os rebeldes desertores apresentaram ao Exército uma mão decepada do líder guerrilheiro, além de sua identidade, passaporte e computador pessoal.

Ataques no Brasil

Em 1991, um grupo de 40 elementos que se declararam membros das FARC invadiu o Brasilrio Traíra. Nesse ataque morreram três militares brasileiros e outros nove ficaram feridos. Todo o armamento, munições e equipamentos do posto foram apropriadas pelo grupo.[54] e atacou de surpresa um destacamento militar brasileiro de 17 homens, às margens do
Dias depois o exército brasileiroOperação Traíra com a finalidade de afastar os atacantes. deflagrou a

Visões diferentes

Há argumentos que o movimento é rotulado como terrorista devido sua ferrenha oposição aos grupos do capitalismo neoliberal, por exemplo, os Estados Unidos e fortes grupos empresarias.
l Médico
Wilson Valderrama Cano Substituiu Iván Ríos

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