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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Vitima do massacre do realengo é homenageada!

A Prefeitura do Rio de Janeiro inaugurou nesta quarta-feira (11) o Espaço de Desenvolvimento Educacional Infantil Samira Pires Ribeiro, em Guaratiba, na zona oeste da cidade.

O 13º EDI recebeu este nome em homenagem a uma das vítimas do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste, em abril. A mãe da menina, Vera Lúcia Pires Ribeiro, que compareceu ao evento com a família, ficou muito emocionada.
- Ela adorava criança e com certeza está no céu amando tudo isso aqui. Obrigada por esta homenagem linda para a minha filha.
O pai de Samira, José Carlos Ribeiro, chorou durante toda a cerimônia.
- Não tenho palavras. Queria que minha filha estivesse aqui.
Mesmo diante das lágrimas, a secretária de Educação, Claudia Costin, falou que este é um dia de celebração porque Samira vai reviver ao dar nome a um espaço de ensino.
- Cada uma dessas crianças vai levar a Samira junto com o aprendizado dela. Não há honra maior para uma pessoa do que nomear uma instituição de ensino. É uma maneira da Samira continuar o futuro dela.
O prefeito Eduardo Paes ressaltou que com este ato a vítima de Realengo vai ficar para sempre presente na vida das pessoas.

- Todo mundo se lembra da escola onde estudou e a gente quer que o nome da filha de vocês seja repetido muitas vezes em um lugar de educação e sonhos como este aqui.
Paes e Claudia e plantaram com a família de Samira uma árvore Pau-Brasil em um gesto para simbolizar a esperança e o crescimento.
EDI de Guaratiba
A unidade educacional recebeu investimento de R$ 3,2 milhões e conta com dois berçários e seis salas de atividades, entre biblioteca e salas de aula.
O espaço tem capacidade para receber 150 crianças.
Entenda o caso
Por volta das 8h do dia 7 de abril, Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, entrou no colégio após ser reconhecido por uma professora e dizer que faria uma palestra (a escola completava 40 anos e realizava uma série de eventos comemorativos).
Conheça as vítimas do ataque à escola Tasso da Silveira
Acompanhe a cobertura completa do caso
Armado com dois revólveres de calibres 32 e 38, ele invadiu duas salas e fez dezenas de disparos contra estudantes que assistiam às aulas. Ao menos 12 morreram e outros 12 ficaram feridos.
Duas adolescentes, uma delas ferida, conseguiram fugir e correram em busca de socorro. Na rua Piraquara, a 160 m da escola, elas foram amparadas por um bombeiro. O sargento Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, lotado no BPRv (Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário), seguiu rapidamente para a escola e atirou contra a barriga do criminoso, após ter a arma apontada para si. Ao cair na escada, o jovem se matou atirando contra a própria cabeça.
Com ele, havia uma carta em que anunciava que cometeria o suicídio. O ex-aluno fazia referência a questões de natureza religiosa, pedia para ser colocado em um lençol branco na hora do sepultamento, queria ser enterrado ao lado da sepultura da mãe e ainda pedia perdão a Deus.
Os corpos dos estudantes e do atirador foram levados para o IML (Instituto Médico Legal), no centro do Rio de Janeiro, para serem reconhecidos pelas famílias. Onze estudantes foram enterrados no dia 8 e uma foi cremada na manhã do dia 9.
Oliveira só foi enterrado na manhã do dia 22 porque nenhum parente compareceu ao IML para liberar o corpo no prazo de 15 dias. O cadáver foi catalogado como "não reclamado" e sepultado em uma cova rasa no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, zona norte, após autorização da Justiça.

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