A liberdade é a capacidade racional de afirmar as vontades e intenções, configuradoras da acção, onde os outros animais só respondem por impulsos.
É a capacidade de caracterizar de criativa a acção Humana, escusando-se a generalizações sociais, sem que isso signifique um individualismo incoerente com a natureza colectiva do Homem.
É a capacidade de atribuir simbolismo ao agir e de responder única e exclusivamente pelos nossos actos, tendo somente a nossa razão como tribunal.
É a capacidade que o Homem tem, pesem embora inúmeros condicionalismos sociais, de tornar as suas acções criativas e por isso, ao contrário dos outros animais, dar-se à... liberdade de ser desumano. O Homem pode transgredir as suas próprias regras e superar as suas obrigações chegando ao ponto de se descaracterizar aos olhos dos outros como ser Humano.
A liberdade é enfim um conceito inatingível na plenitude da sua definição e convém que assim seja: primeiro porque no dia em que o Homem deixar de possuir o entusiasmo para procurar a liberdade morre; e depois porque a liberdade encontra a sua própria ruína na ausência de restrições que a razão a si própria impõe como forma de combater a arrogância e leviandade daqueles que se julgam totalmente livres.
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