Outro distúrbio que tem atingido níveis alarmantes é a síndrome do pânico. Qual a explicação que o Espiritismo oferece para esse transtorno?
Divaldo Franco: (...) O nome pânico vem do deus Pan, que na tradição grega apresenta-se com metade do corpo com forma humana e a outra com modulagem caprina. O deus Pan era guardador das montanhas da Arcádia e, quando alguém adentrava nos seus domínios, ele aparecia, produzindo no visitante o estado de pânico, palavra essa derivada do seu nome. Portanto, é um distúrbio muito antigo.
Invariavelmente a psicogênese do ponto de vista espírita encontra-se na consciência de culpa do paciente por atos perturbadores praticados na atual existência ou em existências pretéritas, o que proporciona um comportamento inseguro, desconfiado. Trata-se de alguém que busca esconder-se no corpo para fugir dos problemas que foram praticados anteriormente. Quando irrompe a síndrome do pânico, a sensação é terrível, porque é semelhante à da morte. É eminentemente um distúrbio feminino, embora atinja também, segundo os especialistas, o sexo masculino.
Segundo estou informado, faltando, naturalmente, confirmação científica, a síndrome do pânico nunca matou ninguém durante o surto, entretanto, aquela sensação horrorosa é praticamente igual à de morte.
Que fazer? Orar. Ter a certeza de que ela é de breve curso, procurar respirar profundamente, acalmar-se, vincular-se a Deus, rogar a proteção dos Espíritos nobres. Assim, lentamente, dá-se uma descarga de adrenalina, procedente das glândulas supra-renais, e o indivíduo refaz-se, passando aquele período mais doloroso, fazendo simultaneamente a terapêutica com um psiquiatra e, de acordo com a psicogênese, um psicólogo ou psicanalista. Nada obstante, eu sugeriria pessoalmente que a pessoa procurasse também as terapêuticas espíritas, quais as das boas palavras, das reuniões doutrinárias, do conhecimento de si mesmo, dos passes ou bioenergia, da água magnetizada e, por extensão, do socorro que os bons Espíritos propiciam através das reuniões mediúnicas de desobsessão, que dispensam a presença dos pacientes.
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