(Ninguém assistiu
Ao fantástico
Enterro
De tua última Quimera)
Pois os enterros, poeta
Foram tantos
Que cansaram até as carpideiras...
Tu, que fizeste da dor
Tua bandeira
Agora olhas, desolado e só,
Essa pilha de caveiras...
Não podias, pergunto
Ter olhado
Um outro lado?
Apesar da realidade
Fria
Não haveria
Nada belo a cantar?
Ao invés de música
Escolheste o esgar.
Pois bem, eis
O que tens:
O excesso de Morte,
Poeta
Que tentavas tornar bela
Matou a própria poesia
Matou o esteta...
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