Existem várias razões para o uso dos termos "comunista" e "socialista". Em 1847, Marx e Engels escreveram o Manifesto do Partido Comunista. Em 1890, Engels escreveu um prefácio para essa obra dizendo que, "quando apareceu, não podíamos intitulá-lo Manifesto Socialista. Em 1847, esta palavra servia para designar dois gêneros de indivíduos. De um lado, os partidários dos diferentes sistemas utópicos (...). De outro lado, os numerosos curandeiros sociais que queriam, com suas panacéias variadas e com toda espécie de cataplasmas, suprimir as misérias sociais, sem tocar no capital e no lucro. Nos dois casos, eram tipos que viviam fora do movimento operário e cujo objetivo era antes procurar o apoio das classes 'cultas'. Em contraposição, a parte dos operários que, convencida da insuficiência das subversões simplesmente políticas, queria uma transformação fundamental da sociedade, chamava-se então 'comunista'. (...) O socialismo era admitido nos salões da alta sociedade no Continente (europeu) pelo menos; o comunismo era exatamente o contrário."
Posteriormente, a palavra "socialista" adquiriu caráter tão radical quanto a "comunista", porém no início do século passado, às vésperas da I Guerra Mundial (1914-18), a Internacional Socialista dividiu-se em dois grupamentos: os que apoiavam a participação de seus países na guerra e os que não apoiavam e propunham a transformação da guerra interimperialista em guerra revolucionária, contra o capitalismo. Na Rússia, especialmente, os seguidores desta segunda orientação tomaram o poder, com a Revolução de Outubro de 1917, encabeçada por Vladimir Lenin. O líder da revolução russa liderou, então, uma reorganização do movimento revolucionário mundial e fundou, em 1919, a Internacional Comunista (também conhecida como III Internacional - as duas anteriores foram a Associação Internacional dos Trabalhadores e a Internacional Socialista). Esta organização internacional deu impulso à formação de partidos adeptos do marxismo em todos os países, inclusive à fundação, em 1922, do Partido Comunista do Brasil.
O socialismo é considerado pelos comunistas, atualmente, a primeira etapa (em que cada pessoa atuará segundo a sua capacidade e receberá segundo o seu trabalho) do comunismo — em que, segundo Marx, cada pessoa atuará "segundo sua capacidade" e receberá "segundo as suas necessidades"
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