A Marselhesa, da França, é considerada por muita gente o hino mais bonito do mundo. A música realmente é uma beleza, mas a letra é uma feroz declaração de guerra. Fala em "estandarte ensanguentado da tirania", diz que os inimigos estão a caminho para "degolar nossos filhos, nossas mulheres". No fim, conclama os franceses: "Às armas, cidadãos! Formai vossos batalhões! Marchemos, marchemos". Faz todo o sentido. O autor, Rouget de Lisle, era oficial do Exército quando a compôs, em 1792. O título original era Canto de Guerra para o Exército do Reno.
Acabou rebatizada e adaptada como hino nacional em 1795, mas o gosto de sangue permaneceu. O curioso é que De Lisle, maçom e republicano, quase foi parar na guilhotina no Período do Terror (1793-1794). Foi salvo por sua canção - ela era tão popular que sua vida foi poupada.
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