Você
provavelmente conhece a história do Genesis , Adão e Eva e aquela
maldita maçã, não? E a Teoria do Big Bang, aquele ovo cósmico que
explodiu e gerou tudo que conhecemos hoje? O Ah Duvido decidiu reunir a
cosmogonia de diversas culturas em um único post. Diversas mitologias:
Astecas , maias , japonesas , chinesas, grega, egipcia, nórdica,
suméria, mongol entre outras. Também colocamos os pontos de vistas das
religiões, desde o zoroatrismo até o cristianismo. Para melhorar (ou
piorar, depende de quem observa), publicamos também as crenças e mitos a
respeito do Fim do Mundo das religiões e mitologias que são
escatológicas. Para quem gosta, é um prato cheio. Para quem não gosta,
melhor nem começar porque é, com certeza, o post mais extenso do Ah
Duvido até agora. Confira:
A CRIAÇÃO
Os
astecas acreditavam que, antes do presente, existiam outros mundos
formados por quatro sóis, cada um com um tipo de habitante:
- Gigantes, que foram mortos por jaguares enviados por Tezcatlipoca;
- Humanos que foram assomados por um grande vento feito por Quetzalcóatl, e então eles precisaram agarrar-se a árvores, transformando-se em macacos;
- Humanos que viraram pássaros para não morrerem na chuva de fogo enviada por Tlaloc;
- Humanos que viraram peixe para não morrerem no diluviu causado pela deusa Chalchiuhtlicue;
- e os humanos atuais, predestinados a sumir pela destruição empreendida por Deus do sol pelos terremotos.
No
quinto sol, tudo era negro e morto. Os deuses se reuniram em
Teotihuacán para discutir a quem caberia a missão de criar o mundo,
tarefa que exigia que um deles teria que se jogar dentro de uma
fogueira. O selecionado para esse sacrifício foi Tecuciztecatl. No
momento fatídico, Tecuciztecatl retrocede ante o fogo; mas o segundo, um
pequeno Deus, humilde e pobre (usado como metáfora do povo asteca
sobre suas origens), Nanahuatzin, se lança sem vacilar à fogueira,
convertendo-se no Sol. Ao ver isto, o primeiro Deus, sentindo coragem,
decide jogar-se transformando-se na Lua.
Ainda
assim, os dois astros continuam inertes e é indispensável alimentá-los
para que se movam. Então outros deuses decidiram sacrificar-se e dar a
“água preciosa”, necessária para criar o sangue. Por isso se os homens
são obrigados a recriar eternamente o sacrificio divino original.
Eles
acreditavam que os deuses gostavam destes sacrifícios. Eles eram
geralmente praticados com prisioneiros de guerras. Para eles era uma
honra dar a vida por um deus.
O FIM
Bem,
os Astecas viviam com o tormento do fim do mundo; ou como eles
chamavam, do fim do Sol; sobre suas cabeças. Para eles, a humanidade
atual seria a quinta, tendo, portanto, sido precedida por outras quatro.
A
cada ciclo de 52 anos, segundo a mitologia Mexicana, o mundo corria
sério risco de extinção, pois isso já havia ocorrido outras vezes no
passado. Na realidade, o primeiro Sol, chamado naui-ocelotl
(quatro-jaguar), teria sido destruído pelos jaguares, isso mesmo, os
grandes felinos Mexicanos teriam descido das montanhas e devorado a
humanidade.
O
segundo Sol, chamado naui-eecatl (quatro-vento), teria sido destruído
por Quetzalcoatl, o deus do vento, que teria soprado sobre o mundo um
vento mágico que transformou a humanidade em macacos.
O
terceiro Sol, chamado naui-quiauitl (quatro-chuva), teria sido
destruído por Tlaloc, o deus da chuva, da água, do raio (de tudo
relacionado à água, inclusive doenças), teria criado um imenso dilúvio
que teria submergido o mundo em águas destruindo toda a humanidade.
Do
gigantesco dilúvio, que durou 52 anos (este era um número pragmático
para os Astecas, muito provavelmente por corresponder à metade do tempo
(104 anos) que levava para que o início de um ano terrestre coincidisse
com o início de um ano de Vênus, planeta pelo qual os Astecas tinham
adoração), sobreviveram apenas um homem e uma mulher. No entanto, a
humanidade não descende deles, pois, por terem sobrevivido, contrariando
o desejo dos deuses, Tezcatlipoca os teria transformado em cães.
O
nosso mundo, ou nosso Sol, denominado naui-ollin (quatro-terremoto)
teria sido recriado pela bondade de Quetzalcoatl, que resgatou do
inferno (reino do deus Mictlantecuhtli) os ossos dos mortos e,
regando-os com seu próprio sangue, restaurou-lhes a vida para reinar
entre eles. Porém, como vimos anteriormente, Tezcatlipoca expulsou-o
para Tlillan Tlapallan, de onde prometeu voltar para resgatar seu trono.
Para
impedir nosso mundo de ser destruído, coisa que os Astecas acreditavam
que pudesse acontecer a cada 52 anos, eles faziam uma cerimônia
especial chamada de Fogo Novo.
Em
todas as casas, se apagava o fogo e se quebrava toda a louça, os
sacerdotes escolhiam um prisioneiro para ser sacrificado e o conduziam
até o topo do monte uixachtecatl. Lá, o prisioneiro era sacrificado,
tendo seu peito aberto por uma faca de sílex. Depois, um dos sacerdotes
pressionava uma tocha acessa contra o peito aberto do indivíduo (às
vezes ainda vivo) quando o fogo da tocha se apagava, era considerado
aceso o Fogo Novo.
Para
festejar, cada família reacendia seu fogo e comprava louças novas,
enquanto que o Tlatoani realizava alguma obra (geralmente a ampliação do
Grande Templo) como forma de expressar sua gratidão aos deuses por
mais 52 anos de existência.
Ao
todo, foram realizadas sete cerimônias do Fogo Novo (1195, 1247, 1299,
1351, 1403, 1455 e 1507), a primeira delas enquanto os Astecas ainda
estavam em marcha para o México. A oitava, prevista para 1559, não se
realizou porque o Império já havia sido conquistado pelos Espanhóis.
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A CRIAÇÃO
Na
mitologia maia, Tepeu e Gucumatz (o Quetzalcoatl dos astecas) são
referidos como os criadores, os fabricantes, e os antepassados. Eram
dois dos primeiros seres a existir e se diz que foram tão sábios como
antigos. Huracán, ou o ‘coração do céu’, também existiu e se lhe dá
menos personificação. Ele atua mais como uma tempestade, da qual ele é o
deus.
Tepeu e Gucumatz levam a cabo uma conferência e decidem que, para preservar sua herança, devem criar uma raça de seres que possam adorá-los. Huracán realiza o processo de criação enquanto que Tepeu e Gucumatz dirigem o processo. A Terra é criada, junto com os animais. O homem é criado primeiro de lama mas este se desfaz. Convocam a outros deuses e achem ao homem a partir da madeira, mas este não possui nenhuma alma. Finalmente o homem é criado a partir do milho por uma quantidade maior de deuses e seu trabalho é completo.
Tepeu e Gucumatz levam a cabo uma conferência e decidem que, para preservar sua herança, devem criar uma raça de seres que possam adorá-los. Huracán realiza o processo de criação enquanto que Tepeu e Gucumatz dirigem o processo. A Terra é criada, junto com os animais. O homem é criado primeiro de lama mas este se desfaz. Convocam a outros deuses e achem ao homem a partir da madeira, mas este não possui nenhuma alma. Finalmente o homem é criado a partir do milho por uma quantidade maior de deuses e seu trabalho é completo.
O FIM
Apesar
do que muitas pessoas pensam, O calendário maia não termina em 2012,
como alguns afirmaram, e esse povo antigo nunca considerou tal ano como o
tempo do fim do mundo, dizem arqueólogos. Mas 21 de dezembro de 2012,
(um dia a mais ou a menos) foi, todavia, importante para os maias.
“É a época em que o maior ciclo do calendário maia – 1.872.000 dias ou 5.125,37 anos – acaba e um novo ciclo começa”, disse Anthony Aveni, especialista em povo maia e arqueoastrônomo da Universidade Colgate em Hamilton, Nova York.
Os maias registravam o tempo em uma escala que poucas culturas consideraram. Durante o apogeu do império, os maias inventaram a Grande Contagem – um comprido calendário circular que “transplantava as raízes da cultura maia desde a criação do mundo em si”, Aveni disse.
Durante o solstício de inverno de 2012, encerra-se a era atual do calendário da Grande Contagem, que começava no que os maias viam como o último período da criação do mundo: 11 de agosto de 3114 a.C. Os maias escreveram essa data, que precedeu sua civilização em milhares de anos, como o Dia Zero, ou 13.0.0.0.0.
Em dezembro de 2012, a longa era termina e o complicado calendário cíclico volta ao Dia Zero, iniciando outro grande ciclo.
“A ideia é que o tempo se renova, que o mundo se renova novamente – muitas vezes após um período de estresse – da mesma forma que renovamos o tempo no dia de Ano Novo ou mesmo na segunda-feira de manhã”. Assim, 21 de dezembro não é o final dos tempos para os maias e sim, o final de um ciclo e o inicio de um novo e glorioso ciclo, que ninguém sabe ao que se refere. Os maias não era uma cultura escatologica, eles não acreditavam que o mundo teria fim. Sua crença consistiam em ciclos infinitos que acabavam e recomeçavam. A menção a Nibiru surgiu porque em algumas escritas maias, havia a citação do décimo terceiro planeta ( os maias também foram grandes astrólogos, eles sabiam tudo de astronomia, para se ter idéia, sabiam com exatidão espantosa a movimentação dos corpos celestes, coisa que os europeus só descobriram no século 18 com ajuda de telescópios ). Em uma das suas profecias, eles se referem à chegada de um senhor dos céus, coincidindo com o encerramento de um ciclo numérico, que acreditam ser o final do ciclo que se encerra em 21 de dezembro de 2012, embora não haja a afirmação de qual ciclo numérico eles estariam fazendo referência. Também não é dito quem seria o “senhor dos céus” mas como os maias também citaram a existência do décimo terceiro planeta, alguém provavelmente ligou uma coisa a outra.
“É a época em que o maior ciclo do calendário maia – 1.872.000 dias ou 5.125,37 anos – acaba e um novo ciclo começa”, disse Anthony Aveni, especialista em povo maia e arqueoastrônomo da Universidade Colgate em Hamilton, Nova York.
Os maias registravam o tempo em uma escala que poucas culturas consideraram. Durante o apogeu do império, os maias inventaram a Grande Contagem – um comprido calendário circular que “transplantava as raízes da cultura maia desde a criação do mundo em si”, Aveni disse.
Durante o solstício de inverno de 2012, encerra-se a era atual do calendário da Grande Contagem, que começava no que os maias viam como o último período da criação do mundo: 11 de agosto de 3114 a.C. Os maias escreveram essa data, que precedeu sua civilização em milhares de anos, como o Dia Zero, ou 13.0.0.0.0.
Em dezembro de 2012, a longa era termina e o complicado calendário cíclico volta ao Dia Zero, iniciando outro grande ciclo.
“A ideia é que o tempo se renova, que o mundo se renova novamente – muitas vezes após um período de estresse – da mesma forma que renovamos o tempo no dia de Ano Novo ou mesmo na segunda-feira de manhã”. Assim, 21 de dezembro não é o final dos tempos para os maias e sim, o final de um ciclo e o inicio de um novo e glorioso ciclo, que ninguém sabe ao que se refere. Os maias não era uma cultura escatologica, eles não acreditavam que o mundo teria fim. Sua crença consistiam em ciclos infinitos que acabavam e recomeçavam. A menção a Nibiru surgiu porque em algumas escritas maias, havia a citação do décimo terceiro planeta ( os maias também foram grandes astrólogos, eles sabiam tudo de astronomia, para se ter idéia, sabiam com exatidão espantosa a movimentação dos corpos celestes, coisa que os europeus só descobriram no século 18 com ajuda de telescópios ). Em uma das suas profecias, eles se referem à chegada de um senhor dos céus, coincidindo com o encerramento de um ciclo numérico, que acreditam ser o final do ciclo que se encerra em 21 de dezembro de 2012, embora não haja a afirmação de qual ciclo numérico eles estariam fazendo referência. Também não é dito quem seria o “senhor dos céus” mas como os maias também citaram a existência do décimo terceiro planeta, alguém provavelmente ligou uma coisa a outra.
A CRIAÇÃO
O
princípio do universo é a formação única de Deus, que não se fez do
nada, e sim, autocriou seus aspectos. Os aspectos de Deus, como dito
anteriormente, chamam-se neteru (no singular: neter no masculino e
netert no feminino). Tudo vem a início de um líquido infinito cósmico
chamado Nun (Nu ou Ny), este é o ser subjetivo. Quando esse líquido se
autocria e torna-se real, é Atum, o ser objetivo. Essa passagem é
semelhante a passagem de inconsciente para consciente do ser humano.
Atum criou uma massa única universal, que deu origem há uma explosão,
porém pré-planejada. Atum também tem o poder de “tornar-se a si mesmo”,
que segundo os antigos egípcios, é algo muito complicado para um
humano, seria uma “obra divina”. Mas isto é o princípio da Terra. A
oração para a transformação de Atum, é a seguinte:
Salutamos a vós, Atum!
Salutamos a vós, aquele que torna a si mesmo!
Vós sois em vosso nome o altíssimo!
Vós tornais em vosso nome Khepri, aquele que se torna si mesmo!.
Vós sois em vosso nome o altíssimo!
Vós tornais em vosso nome Khepri, aquele que se torna si mesmo!.
Khepri,
é um nome dado ao primeiro neter da Terra, Rá, o que é outra forma de
Atum. Para criar a Terra, Rá deu origem ao Sol da manhã, enquanto o Sol
da tarde era Atum. Cuspiu Chu e Tefnut, que deram origem a ar e a
umidade. A seguir outro texto de “obra divina”:
Fui anterior aos dois anteriores que criei, pois tinha prioridade sobre os dois anteriores que criei.
Visto que meu nome é anterior ao deles, porque criei-os antes dos dois anteriores.
Os
próximos neteru a serem gerados eram Geb e Nut, que criaram os dois
ambientes da Terra: o céu e a terra (plana). Estes também deram origem
aos quatro neteru da vida: Osíris, Ísis, Seth e Néftis. Osíris criou a
vida no além e todo o processo de jornada até o céu. Ísis é responsável
por todos os seres vivos. Seth representa os opostos, mas também coisas
más, como ódio e caos. Néftis representa o deserto, a orientação, e o
ato de morte. A história desses quatro neteru é a origem do próximo a
ser gerado. Lembrando que as próximas histórias são semelhantes aos
humanos porque esses neteru eram de espécies bem próximas aos humanos.
Existem milhares de versões, no geral a história é a seguinte: Osíris
era o neter que criou o ciclo de vida e morte, por isso governava a
terra. Seth, movido a inveja, resolveu armar uma forma de matá-lo.
Então, de forma incerta, provavelmente mostrando outra intenção, o
trancafiou em um caixão e jogou no Nilo para se perder e ninguém nunca
achar. Néftis percebeu isso e avisou Ísis, quando começaram a procurar e
encontraram um caixão, e recuperaram Osíris. Seth como era uma forma
do mal, esquartejou a forma material de Osíris em 40 pedaços e
espalhou-os por todo o deserto e no Nilo. Ísis, depois de muito tempo,
conseguiu encontrar todos eles, exceto o pênis, que foi devorado por
três peixes. Então, Osíris uniu-se a Ísis e gerou um filho, a primeira
ideia de “imaculada concepção”, ela ficou conhecida com “Virgem Ísis”. O
filho era Hórus, o herdeiro que então lutou contra Seth, perdendo um
olho na batalha, mas consegui vencê-lo. Esse olho ficou conhecido como
“Olho de Hórus”, que foi reconhecido como símbolo de proteção pelos
egípcios. A seguir uma oração relacionada a isso:
Ó benevolente Ísis
que protegeu o seu irmão Osíris,
que procurou por ele incansavelmente,
que atravessou o país enlutada,
e nunca descansou antes de tê-lo encontrado.
Ela, que lhe proporcionou sombra com suas asas
e lhe deu ar com suas penas,
que se alegrou e levou o seu irmão para casa.
Ela, que reviveu o que, para o deseperançado, estava morto,
que recebeu a sua semente e concebeu um herdeiro,
e que o alimentou na solidão,
enquanto ninguém sabia quem era…
que procurou por ele incansavelmente,
que atravessou o país enlutada,
e nunca descansou antes de tê-lo encontrado.
Ela, que lhe proporcionou sombra com suas asas
e lhe deu ar com suas penas,
que se alegrou e levou o seu irmão para casa.
Ela, que reviveu o que, para o deseperançado, estava morto,
que recebeu a sua semente e concebeu um herdeiro,
e que o alimentou na solidão,
enquanto ninguém sabia quem era…
Hórus
também era conhecido como o “salvador da humanidade”. Depois disso,
Seth se tornou um neter menor. Também há histórias dizendo que Hórus
encarnou na terra e mostrou ensinamentos à humanidade. Ele seria guiado
pela estrela Sirius e presenteado em seu nascimento por três reis, que
seriam representados pelas Três Marias. Também fez milagres na terra,
como andar sobre as águas do Nilo. Em outra versão, teria ressuscitado
um homem chamado El-Azar-Us. Foi morto pelo faraó (por inveja deste) e
também teria ressuscitado alguns dias depois. Fora da terra, teria se
casado com Hator.
A CRIAÇÃO
De
acordo com a mitologia nórdica, no início, antes do despertar dos
deuses, havia apenas um grande precipício vazio chamado Ginnungagap. Ao
norte do vazio estava a região de névoa e gelo chamada Nifleheim, e ao
sul a região de fogo Muspelheim. No meio de Nifleheim corre Hvergelmir,
uma cascata de onde saem onze rios conhecidos coletivamente como
Elivagar. Conforme estes afastavam-se de sua fonte até as bordas do
Ginnungagap, o frio congelou suas águas e vapores transformando-os em
gelo e neve. Quando as labaredas de Muspelheim encontraram-se com os
Elivagar, o calor derreteu o gelo e formou um grande gigante de gelo,
Ymir. Enquanto ele dormia, o suor de seu corpo formou o primeiro de sua
prole de gigantes de gelo glacial. Tempos mais tarde, o derretimento do
gelo criou uma vaca chamada Audhumla, e de seu ubere corriam quatro
rios de leite, de onde se alimentavam Ymir e seus filhos. Para se
alimentar, a vaca lambia as pedras de gelo salgado, e após três dias
ela descobriu no gelo um homem forte e esbelto chamado Buri. Buri
casou-se com uma das filhas de Ymir e teve um filho, Bor, que teve três
filhos com outra donzela gelada, chamados Odin, Vili e Ve, os
primeiros Aesires. Logo que os gigantes tornaram-se cientes dos deuses
eles começaram uma guerra, que acabou quando os três deuses mataram
Ymir, cujo sangue afogou todos os gigantes de gelo exceto Bergelmir, do
qual teve origem uma nova raça de gigantes de gelo. Odin e seus irmãos
carregaram o corpo de Ymir para fora do Ginnungagap e fizeram a Terra
de seu corpo e as rochas de seus ossos. Pedras e cascalho originaram-se
dos dentes e ossos esmigalhados do gigante morto, e seu sangue
preencheu o Ginnungagap, dando origem aos lagos e mares. A abóbada
celeste foi formada de seu crânio esfacelado. Dos parasitas do corpo de
Ymir, eles criaram os anões, e quatro anões chamados Nordri, Sudri,
Austri e Vestri sustentam o crânio de Ymir. Do cabelo de Ymir formou-se
a flora, e de seu cérebro originaram-se as nuvens. Tições de
Muspelheim foram colocados no céu, e assim surgiram as estrelas. A
Terra era um grande círculo rodeado pelo oceano, e os deuses haviam
construído uma grande muralha a partir das pestanas de Ymir, que
circundavam este local que eles nomearam Midgard. Uma enorme serpente
chamada Jormungandr, a Serpente de Midgard, rodeia toda a extensão do
círculo da Terra, devorando qualquer homem que queira sair de Midgard.
Após isso, Odin e seus irmãos criaram o lar dos deuses, Asgard a Cidade
Dourada. Em seguida Odin criou mais deuses, os Aesires, para povoar
Asgard. Um outro grupo de deuses, os Vanires, surgiu exatamente antes
ou após os Aesires. Suas origens são muito misteriosas, mas eles
parecem povoar Vanaheim, uma terra próxima de Asgard. Os Aesires são
claramente deuses da guerra e do destino, enquanto os Vanires aparentam
ser deuses de fertilidade e prosperidade. Por um longo tempo uma
terrível guerra ocorreu entre estas duas raças divinas, causada pelo
rapto de uma Vanir, Gullveig, que guardava o segredo de criar riquezas,
fato este que atiçou a cobiça dos Aesires. Nenhum dos lados parecia
próximo de alcançar a vitória. A paz foi finalmente arranjada quando os
dois grupos concordaram em trocar reféns. Os Vanires mandaram Njord e
seus filhos gêmeos Frey e Freya para viver com os Aesires, e estes
mandaram Hoenir, um homem grande que eles disseram ser um de seus
melhores líderes, e Mimir, o mais sábio dos Aesires, para viver com os
Vanires. Os Vanires ficaram desconfiados de Hoenir, acreditando que ele
era menos capaz do que os Aesires disseram e percebendo que suas
respostas eram menos autoritárias quando Mimir não estava presente para
aconselhá-lo. Quando eles perceberam que haviam sido trapaceados, os
Vanires cortaram a cabeça de Mimir e mandaram-na de volta aos Aesires.
Aparentemente, os Aesires consideraram isto como um preço justo por
terem enganado os Vanires, pois os dois lados permaneceram em paz. Com o
passar do tempo, as duas raças foram se integrando e tornaram-se
grandes aliadas. Após estabelecerem controle sobre Asgard, Odin criou o
primeiro homem, Ask, de um freixo e a primeira mulher, Embla, de um
olmo. Odin deu a cada um dos dois um espírito, Hoenir presenteou eles
com seus cinco sentidos e a habilidade de se mover, e Lodur deu a eles
vida e sangue.
FONTE: pt.shvoong.com
O FIM
Na
mitologia nórdica, Ragnarök (Destino Final dos Deuses) é a batalha que
levará ao fim do Mundo (igual ao apocalipse no cristianismo), na
região de Midgard. Será travada entre os deuses ( Aesires e Vanires,
liderado por Odin) e as forças do mal (os gigantes de fogo, os Jotuns
entre outros monstros, liderados por Loki). Esta batalha não levaria
apenas à destruição dos deuses, gigantes e monstros: o próprio universo
seria despedaçado irreversivelmente em partes.
Estes
dois grupos foram rivais desde o início dos tempos, mas os Aesir
conseguiram ao longo de sua existência, prender alguns dos principais
gigantes e o própio Loki, que ficou atado em tortura eterna numa
caverna. Mas pela influência das mentiras de Loki, Rune-Midgard começa a
sofrer grandes males, como um rigoroso inverno, batalhas e caos entre
os seres humanos.
O
sol e a lua -Sol e Mani- são finalmente consumidos pelos dois lobos
místicos, Skoll, perseguidor do Sol, e Hati, perseguidor da Lua (ou
Mani). Estes lobos, de acordo com a mitologia, são os causadores dos
eclipses solares e lunares. Quando Sol e Mani são devorados pelos lobos,
a terra treme, e assim vários seres, incluindo Loki e Fenrir (um de
seus muitos filhos, um gigantesco lobo) são soltos, desencadeando o
Ragnarök.
Os
Aesir, alertados, juntam-se aos Einhejar, os valorosos guerreiros
mortos, e aos vanas, os espíritos naturais, e rumam ao campo de Vigrid,
onde há muito tempo havia sido predito que a última batalha tomaria
forma.
De
um lado, os Aesir, Vanas e Einhejar, e do outro os gigantes do gelo, o
exército de mortos de Hel (deusa do inferno)e Loki e seus seguidores.
Uma grande batalha acontece, marcando o fim dos deuses e dos gigantes:
Odin é morto por Fenrir, mas o fere mortalmente; Thor mata Jomungard, a
serpente gigante que habita os mares de Midgard, mas é envenenado por
ela; Loki é morto e mata Heimdall, um dos mais valentes Aesir.
O
céu escurece e as estrelas caem em Midgard, que é consumido pelo fogo e
depois tragada pelo mar. Pouco dos antigos Aesir sobrevivem, e o
Ragnarök destrói também Midgard. Das ruinas da batalha, um novo sol
subirá aos céus, e uma nova terra se erguerá dos mares. Lif e
Lifthrasir, os dois únicos humanos sobreviventes,que se esconderam sob
as raízes de Yggdrasil, a árvore que sustentava os nove mundos,
repovoarão o mundo, agora livre de seus males, num tempo de harmonia
entre deuses e homens.
A CRIAÇÃO
Os
deuses começaram a habitar primeiramente em um lugar chamado
Takamagahara. Quando chegou a sétima geração desses deuses, o deus
chamado Izanagi, ou o Pai do Céu, e a deusa chamada Izanami, ou a Mãe da
Terra, receberam do Senhor do Céu uma lança e, sobre uma ponte
flutuante do céu (Ama-no-ukihashi), mexeram o mar com essa lança. Das
gotas de sal que caíam e se solidificavam, formou-se uma ilha chamada de
Onokoro. Os dois desceram até a ilha, escolheram a coluna celeste e
construíram um palácio.
Izanami
deu uma volta na coluna celeste e, ao ver Izanagi, falou: “Que homem
bonito!”. A seguir, Izanagi disse: “Que mulher bonita!”. E assim os dois
se tornaram um corpo só e começaram a criar outras ilhas. Porém,
quando olharam para elas, perceberam que não estavam muito boas. Então,
voltaram ao céu para consultar os outros deuses. Eles explicaram aos
dois que não é bom que uma mulher dite as primeiras palavras. Assim, o
casal retornou ao palácio e, dessa vez, foi Izanagi quem dirigiu as
primeiras palavras à Izanami. Unidos dessa forma, começaram a nascer
belas ilhas, uma após a outra. Primeiro nasceu a ilha de Awaji, depois a
de Shikoku, em seguida a de Honshu e as demais, totalizando oito
ilhas. Além delas, Izanami procriou o Deus da Montanha, do Mar, do
Vento, e mais 35 deuses. Ao dar à luz ao seu último deus, o Deus do
Fogo, morreu queimada.
Não
conseguindo esquecer Izanami, Izanagi vai até o mundo dos mortos para
encontrá-la. Izanami fica feliz e deseja muito retornar à Terra, mas
pede a Izanagi para não olhá-la até que o Deus da Morte lhe dê permissão
para retornar. Ansioso demais para revê-la, Izanagi quebra a promessa e
acaba olhando para sua amada. Qual não foi o seu susto! O corpo dela
estava coberto de vermes e com oito tipos de trovão. Assustado, Izanagi
começa a fugir. A mulher tenta aprisioná-lo enviando a tropa dos deuses
do trovão. Na fuga, Izanagi apanha três pêssegos e atira-os contra os
perseguidores, que são afugentados pelo seu poder mágico. Ele fecha a
entrada do Mundo dos Mortos com uma pesada rocha que demandaria a força
de mil homens para removê-la. Bastante irada, Izanami roga uma praga,
dizendo de trás da rocha: “Para me vingar de você, matarei por dia, 1
mil homens do seu país!”. Izanagi retruca: “Então farei com que nasça
1,5 mil crianças por dia!”.
Izanagi
purifica o seu corpo maculado por ter ido até o mundo dos mortos,
através de outros relacionamentos. Nessa ocasião também nasceram muitos
deuses. Por último, enquanto ele lavava seu rosto, do olho esquerdo
nasceu a Deusa Amaterasu (a Deusa do Sol) a quem concede o domínio de
Takamagahara e, do olho direito nasce Tsukuyomi-no-mikoto, a quem
concede o domínio da noite, e do nariz nasce Susano-no-mikoto a quem
concede o domínio do mar. Para a Deusa Amaterasu, ele ofereceu um colar
feito de pedras. Com o nascimento desses deuses, que fornecem energia
para o sol, para a lua e para o mar, dando-lhes vida e movimento,
iniciam-se as atividades do universo.
A
Deusa Amaterasu é a figura central e de maior importância na mitologia
japonesa. Foi ela quem deu origem à família imperial. Ela é cultuada
no Templo Ise, pertencente à família imperial. Até antes da Segunda
Guerra, os japoneses acalentavam o desejo de visitar o local menos uma
vez na vida. Não por ser o templo da família imperial, mas para rezar e
pedir por uma farta colheita à deusa Amaterasu, fonte da vida, ao Deus
da Água Sarutahiko, e à Deusa dos Cereais, Toyouke.
A CRIAÇÃO
No
início dos tempos havia dois mundos: Orum, espaço sagrado dos orixás, e
Aiyê, que seria dos homens, feito apenas de caos e água. Por ordem de
Olorum, o deus supremo, o orixá Oduduá veio à Terra trazendo uma cabaça
com ingredientes especiais, entre eles a terra escura que jogaria
sobre o oceano para garantir morada e sustento aos homens. Na mitologia
iorubá o deus supremo é Olorun, chamado também de Olodumare. Não
aceita oferendas, pois tudo o que existe e pode ser ofertado já lhe
pertence, na qualidade de criador de tudo o que existe, em todos os
nove espaços do Orun.
Olorum criou o mundo, todas as águas e terras e todos os filhos das águas e do seio das terras. Criou plantas e animais de todas as cores e tamanhos. Até que ordenou que Oxalá criasse o homem.
Oxalá criou o homem a partir do ferro e depois da madeira, mas ambos eram rígidos demais. Criou o homem de pedra – era muito frio. Tentou a água, mas o ser não tomava forma definida. Tentou o fogo, mas a criatura se consumiu no próprio fogo. Fez um ser de ar que depois de pronto retornou ao que era, apenas ar. Tentou, ainda, o azeite e o vinho sem êxito.
Triste pelas suas tentativas infecundas, Oxalá sentou-se à beira do rio, de onde Nanã emergiu indagando-o sobre a sua preocupação. Oxalá fala sobre o seu insucesso. Nanã mergulha e retorna da profundeza do rio e lhe entrega lama. Mergulha novamente e lhe traz mais lama. Oxalá, então, cria o homem e percebe que ele é flexível, capaz de mover os olhos, os braços, as pernas e, então, sopra-lhe a vida.
Olorum criou o mundo, todas as águas e terras e todos os filhos das águas e do seio das terras. Criou plantas e animais de todas as cores e tamanhos. Até que ordenou que Oxalá criasse o homem.
Oxalá criou o homem a partir do ferro e depois da madeira, mas ambos eram rígidos demais. Criou o homem de pedra – era muito frio. Tentou a água, mas o ser não tomava forma definida. Tentou o fogo, mas a criatura se consumiu no próprio fogo. Fez um ser de ar que depois de pronto retornou ao que era, apenas ar. Tentou, ainda, o azeite e o vinho sem êxito.
Triste pelas suas tentativas infecundas, Oxalá sentou-se à beira do rio, de onde Nanã emergiu indagando-o sobre a sua preocupação. Oxalá fala sobre o seu insucesso. Nanã mergulha e retorna da profundeza do rio e lhe entrega lama. Mergulha novamente e lhe traz mais lama. Oxalá, então, cria o homem e percebe que ele é flexível, capaz de mover os olhos, os braços, as pernas e, então, sopra-lhe a vida.
O FIM
Na
mitologia Iorubá, não há um mito especifico sobre o fim. Para muitas
vertentes, ele é inconcebível. O mais próximo disso é o desaparecimento
de Oxumaré. Oxumaré, orixá da chuva e do arco-íris, o Dono das Cobras.
Oxumaré (Òsùmàrè) é o orixá de todos os movimentos, de todos os ciclos.
Se um dia Oxumaré perder suas forças o mundo acabará, porque o
universo é dinâmico e a Terra também se encontra em constante
movimento. Tudo será permanente, o planeta ficará sem os movimentos de
translação e rotação; imaginem uma estação do ano permanente, uma noite
permanente, um dia permanente. Oxumaré comanda a transformação, os
ciclos e o fim desses é o fim do mundo. Oxumaré mora no céu e vem à
Terra visitar-nos através do arco-íris. Ele é uma grande cobra que
envolve a Terra e o céu e assegura a unidade e a renovação do universo.
Filho de Nanã Buruku, Oxumaré é originário de Mahi, no antigo Daomé,
onde é conhecido como Dan. Na região de Ifé é chamado de Ajé Sàlugá,
aquele que proporciona a riqueza aos homens. Teria sido um dos
companheiros de Odudua por ocasião de sua chegada a Ifé. Dizem que
Oxumaré seria homem e mulher, mas, na verdade, este é mais um ciclo que
ele representa: o ciclo da vida, pois da junção entre masculino e
feminino é que a vida se perpetua. Oxumaré é um Orixá masculino.
Oxumaré é um deus ambíguo, duplo, que pertence à água e à terra, que é
macho e fêmea. Ele exprime a união de opostos, que se atraem e
proporcionam a manutenção do universo e da vida. Sintetiza a
duplicidade de todo o ser: mortal (no corpo) e imortal (no espírito).
Oxumaré mostra a necessidade do movimento da transformação.
A CRIAÇÃO
Essa,
com certeza, é uma das mitologias mais importantes quando abordamos o
criacionismo. Isso porque, foi a partir da mesma que outras culturas e
religiões tomaram forma. Embora muitos não admitam, muitos textos
sagrados de diversas culturas são cópias de textos sumerios.
A
mitologia da criação em geral é dividida em dois tipos: a) Cosmogonia,
relativa à criação do cosmos, e b) Antropogonia, relativa à criação da
humanidade. Esta distinção é importante, porque enquanto que existem
textos específicos relatando a antropogonia suméria, não existem textos
diretos tratando somente sobre a cosmogonia. Ou seja, o que sabemos
sobre as crenças dos sumérios sobre o assunto deve freqüentemente ser
apreendido a partir de textos que não se relacionam entre si. Apesar das
cosmogonias apresentadas nestes textos apresentarem variações, alguns
padrões distintos podem ser estabelecidos, e estes fornecem uma
compreensão mais ampla a respeito das crenças sumérias relativas à
criação do cosmo.
Duas
abordagens bastante diferentes podem ser vistas em textos sumérios. A
primeira, chamada de Modelo de Eridu, está relacionada às crenças dos
habitantes das regiões ao Sul da Mesopotâmia. A esfera do ser divino
primordial aqui não é o céu ou a terra, mas as águas, definidas pelo
termo Engur. Este termo tem como sinônimo Abzu/Abpsu, “as águas doces
das profundezas”, e é definido como a fonte subterrânea das águas que
emergem das profundezas da terra. Acreditava-se serem estas águas a
fonte das terras férteis dos pântanos que deram vida a esta região da
Terra Entre os Rios. O símbolo usado para Engur pode também ser usado
para Namu, a deusa-mãe dos primeiros tempos da teologia da Mesopotâmia.
Os textos descrevem Namu/Engur como ¨a mãe, a primeira, que deu à luz
aos deuses do universo ¨ Ela é uma deusa sem consorte, o útero
auto-procriador, a matéria primordial, inerentemente feminina, as águas
férteis do abzu*. O Modelo do Norte substitui a primazia das águas pela
dualidade céu-terra. Neste modelo, ¨o Céu e a Terra são os dois vistos
como a matéria-prima que gerou a vida, e este fato é feito ainda mais
explícito ao fazer o símbolo de Céu e Terra ser igual ao de Engur.
Algumas vezes, um ou outro vem primeiro. Na lista de deuses, por
exemplo, Anu nasce da Terra, ou seja, Uras (a terra masculina), e
Ninuras (a terra feminina) Em uma das genealogias de Enlil, a terra
também aparece primeiro, mas o enfoque está apenas no seu aspecto
feminino, relativo à agricultura. O texto relativo à origem das cáries
(que se pensava ser a origem das dores de dente) mostra o céu como o
primogênito:
”
Depois que Anu tinha criado os céus, o céu criado a terra, a terra
criado os rios, os rios criado os canais, os canais, criado os pântanos,
os pântanos criado as minhocas …”.
A
versão mais aceita da cosmologia, entretanto, é aquela encontrada no
texto Gilgamesh, Enkidu e o Mundo Subterrâneo, na qual nos é contado:
“ Nos
primeiros dias, nos distantes primeiros dias, nas primeiras noites,
nas distantes primeiras noites, nos primeiros anos, nos distantes
primentos anos. Nos dias de outrora, quando tudo o que era vital foi
trazido à existência, nos dias de outrora, quando tudo o que tinha vida
era bem criado. Quando o pão era degustado nos templos desta terra,
Quando o pão era cozido nos fogões desta terra, Quando o Céu havia se
separado da Terra, Quando o nome do homem [e da mulher] foi fixado,
Quando Anu carregou consigo os céus, Quando Enlil carregou consigo a
Terra”
A
criação do cosmos foi, portanto, produto da separação da massa
primordial sem forma, constituída pelo Céu e a Terra. Esta massa,
segundo o que podemos depreender, foi criada por Namu/Engur.
Infelizmente, não possuímos nenhuma fonte suméria para explicar como
surgiu Nammu/Engur, se ela foi criada, ou se, pelo contrário, foi sempre
uma força pré-existente. Pode ser neste ponto que o mito da Criação
Babilônica tenha auxiliado os antigos escribas semíticos, pois entre os
semitas as “Águas Primordiais Pré-Existentes” deram origem a Mumu
(Namu). Numa tábua que traz a listagem dos deuses sumérios, Namu é
descrita como ” a mãe que deu à luz aos céus e à Terra ” . Segue-se daí
que a união de Anu com Ki (céu e terra), que produziu os Grandes
Deuses, os Anunaki, e que Enlil, o primeiro dos Anunaki, o deus do Ar,
separou o céu da Terra, as duas forças cósmicas que deram origem a tudo
o que existe. Enlil, o jovem deus do Ar, decide então tomar conta para
sempre, de sua mãe, a Terra em flor.
É
importante salientar, entretanto, que Céu e Terra não devem ser vistos
neste contexto como entidades separadas, mas sim como seres numa
Unidade Essencial que compreende esta dualidade. Para os mesopotâmicos,
a terra e os céus não constituíam domínios separados, mas eram duas
partes de um mesmo todo. A Terra e o Céu eram complementares, um
dependendo do outro e ambos igualmente importantes. Desta forma, a
força criadora inicial, de acordo com o ponto-de-vista dos sumérios,
era muito atômica em sua natureza: a criação vinha de um todo,
que, entretanto, era feito de partes constituintes; e foi a separação
destas forças, ou seja, a fusão do átomo, que provocou esta criação. É
por esta razão que tanta atenção é dada ao ato de separação no esquema
do universo. Este poder, que os antigos sumérios viam como inerente
nesta separação de forças, iria continuar a ser muito importante no
contexto religioso, onde encantos eram geralmente fundamentados pela
sentença ” pelo Céu e pela Terra”.
A
criação e propagação da vida vegetal após estes fatos, foi vista, em
contraste, como resultado da união, ao invés da separação da Terra e do
Céu. A mesma união que trouxe à vida os Grandes Deuses:
“ A
Grande Terra fez-se gloriosa, seu corpo floreceu com pastagens verdes.
A Terra Ampla adornou-se com ornamentos de prata e lápis lazuli,
diorita, calcedônia, cornalina e diamantes. O Céu cobriu as pastagens
com irresistível atração sexual, e apresentou-se em toda majestade. A
jovem terra, deusa e mulher mostrou-se para o puro Céu, e o vasto Céu
copulou com a Terra. As sementes dos heróis Madeira e Junco o Céu
derramou no útero da Terra. Que recebeu a semente do Firmamento dentro
de si… ”
Portanto,
vemos como as energias da criação transformaram-se de energia atômica
(energia de separação) em energia sexual (energia da união) ao longo do
processo de concepção do universo. O movimento na direção desta forma
de imagens sexuais iria continuar nos relatos sumérios sobre a criação
do homem. O mito de Etana dá-nos algumas indicações sobre a forma deste
universo. Neste mito, o herói, Etana, foi carregado até os céus por
uma águia. Desta forma, Etana pôde descrever a forma de mundo. A forma
do mundo seria semelhante a uma nau de cabeça para baixo num grande
oceano. A grande montanha que constituía a Terra tinha a forma
hemisférica. Este hemisfério flutuava sobre o mar da terra, descansando
sobre as Profundas Águas do Apsu, que suportavam tudo. A alguma
distância da Terra, estendiam-se os céus, que também tinham a forma de
um hemisfério. E mais:
“ Acima
da cúpula dos céus havia uma outra massa de águas, o oceano celestial,
que suportava a cúpula dos céus e a mantinha firme em seu lugar, para
que não quebrasse e caísse tal qual enchente sobre a Terra. Do lado de
baixo da cúpula, as estrelas tinham os seus cursos, e o deus da Lua
seguia o seu caminho. Na cúpula, ainda, havia dois portais, um ao Leste e
o outro a Oeste, para uso do deus Sol“.
Utu
então salta da terra por sobre a terra das montanhas do extremo Leste
do hemisfério da Terra ao pôr-do-sol, voltando para as Grandes
Profundezas das montanhas do pôr-do-sol, localizadas na extremidade
oeste. Sabemos a partir do mito da Descida de Inana que este Mundo era
cercado por sete muralhas e sete portais, o primeiro deles sendo o
portal de Ganzir. No centro destas muralhas estava Egalkurzagin, ” o
palácio da montanha lustrosa”, que abrigava os seres do Mundo
Subterrâneo. Entre os céus e a Terra (apesar de ser classificado como
parte da Terra) havia uma região na qual a atividade atmosférica da
terra tomava lugar. A Fundação do Firmamento, entretando, descansava
sobre as extremidades da Terra. Acima desta Fundação, estava a região
inferior dos Céus, onde se pensava ocorrer a moção periódica dos
planetas. Acima desta região, estava e-sara, onde residiam as estrelas
fixas. O firmamento celeste, por seu turno, suportava o oceano das águas
celestiais, o Ziku.
A
fonte da antropogonia suméria é mais direta do que as que temos para a
Cosmogonia. Esta pode ser encontrada em um texto conhecido chamado ¨O
nascimento do Homem ¨, onde nos é contado que os deuses menores
carregavam toda a carga da criação, e que os deuses maiores trabalhavam
bem menos, ou seja, nas palavras literais do mito:
¨Quando
os deuses agiam como homens, eles faziam todo trabalho, e muito
labutavam. O trabalho era enorme, grande o esforço, pois os deuses do
céu, os Anunaki, faziam os Igigi, os deuses mais jovens da Terra,
carregar uma carga sete vezes maior.
Mas
esta vida de labuta logo traz dissenção entre os deuses, e os deuses
menores ameaçam revolta. Namu, a mãe de Enki, escuta o clamor dos deuses
menores e leva tais palavras até seu filho. Enki resolve criar um
substituto para fazer os trabalhos para os deuses. Através da mágica de
Enki e de seus ajudantes, uma delas a escolhida de Enki, Ninhursag, tem
origem a humanidade:
Enki,
ao ouvir a voz de sua mãe Namu, levanta-se do seu leito em Halankug,
seu espaço para reflexão,” o sábio e ardiloso deus, o habilidoso
guardião do céu e da terra, e construtor de todas as coisas, chamou
Imma-en and Imma-shar. Enki então estendeu seu braço na direção delas, e
viu que o feto estava crescendo, e Enki viu que o bebê se acordava com
a consciência no coração”
Enki
então chama por Namu, para que ela “molhe o núcleo da argila do Apsu” ,
a partir da qual nasceram todos os deuses. Lá, Enki deposita o feto, e
portanto em Namu foi o embrião da humanidade criado. Esta parte do
mito é elaborada em maiores detalhes no mito de Atrahasis. Neste mito, a
criação dos homens e mulheres também é fruto da necessidade dos deuses
de terem quem possa trabalhar para eles. Em resposta ao pedido dos
deuses de que lhes sejam rendidos seus trabalhos, Enki é chamado para
dar origem aos homens e mulheres, com a ajuada de Nintu (Ninhursag).
Enki responde:
¨No
primeiro, no sétimo e no décimo-quinto dia do mês, devo fazer um
ritual de purificação por lavagem. Então, um deus deverá ser
sacrificado. E os deuses poderão ser purificados por imersão. Nintu
deverá então misturar a argila com a carne e sangue [deste deus].
Então, homem e deus irão existir juntos na argila. Que o rufar dos
tambores seja ouvido para sempre, que o espírito venha a existir a
partir da carne do Deus, que a deusa proclame então este ser como um
símbolo vivo dela mesma. Que a deusa ensine ao ser que viver desta
grande dádiva. E que para tal fato jamais seja esquecido, que o
espírito permaneça para sempre¨
Creio
ser esta uma das mais impressionantes passagens da literatura suméria.
Mesmo começar a querer penetrar nas suas profundezas é uma tarefa de
monta. Primeiramente, gostaria de salientar ” o espírito/fantasma” que
nasce do ritual de Enki aqui descrito. Estudiosos modernos geralmente
crêem que este termo mostra um trocadilho entre as palavras etemmu
(fantasma) e temmu (inteligência). Eles ignoram, entretanto, o fato de
que temmu também é um termo usado para descrever o espírito sem corpo de
homens e mulheres e que sobrevive à morte, ou seja, a Alma. Portanto, é
importante de que entendamos de que do corpo do deus sacrificado foi
criada a Alma, e não apenas uma criatura terrena nascida da argila
transformada do Apsu. Além do mais, esta Alma deveria servir a um
propósito maior do que o citado no mito ¨A criação do Homem”, ou seja,
enquanto ainda que os homens e mulheres estivessem destinados a
preencher os trabalhos anteriormente exigidos dos deuses para o
desenvolvimento da criação na Terra, a alma destes mesmos homens e
mulheres surgiu, foi criada para servir como um sinal vivo do sacrifício
do deus, que cedeu o seu espírito para a humanidade. E para que tal
dádiva jamais fosse esquecida, a Alma a partir de então existiria para
sempre, e os sacerdotes e sacerdotisas escribas descreveram tal fato
poeticamente da seguinte forma: …” E que o rufar dos tambores [energia, o pulsar do universo, grifo da tradutora] seja ouvido para sempre¨ .
Portanto, os homens e mulheres foram criados tanto como seres físicos,
nascidos da argila fértil das águas doces das profundezas da terra, e
também como criaturas do espírito, com o sangue dos deuses e donos de
uma alma imperecível e imortal, para servir aos deuses e aos seus irmãos
e irmãs da criação, na lembrança eterna do sacrifício de vida mundana e
eterna que criou a humanidade.
VERTENTE Zecharia Sitchin PARA CRIAÇÃO
Zecharia
Sitchin é um escritor/pesquisador/estudioso/arqueólogo/historiador da
cultura sumeria que diz ter descoberto o significado das escrituras
sumerias após seus estudos e criou assim sua própria hipótese para
criação do homem. Ele é um dos poucos estudiosos do mundo capacitados a
traduzir a escrita cuneiforme, característica das civilizações
mesopotâmicas, é atualmente escritor e consultor da NASA. Sitchin
decifrou 2.000 cilindros de barro sumerianos encontrados no Golfo Persa,
onde eles viveram desde cerca de 6.000 anos atrás. Alguns destes
fragmentos, que remontam a 4.000 A.C., estão em museus ao redor do
mundo. Um fragmento em particular, atualmente na Alemanha, indica que a
Terra é o sétimo planeta, contando a partir de Plutão. O espaço de
tempo é de quatro milênios antes que a astronomia moderna confirmasse a
existência de Plutão como um planeta em nosso sistema solar.O mais
impressionante são os dados sobre Plutão (planeta que só foi descoberto
em 1930). Eles sabiam o tamanho de Plutão, sua composição química e
orgânica e afirmavam que Plutão era na verdade um satélite de Saturno
que se “desprendeu” e ganhou uma nova órbita.
Basicamente,
o legado do conhecimento sumário revela que a Terra, teve origem
através da colisão de dois gigantescos corpos celestes, Nibiru e Tiamat.
Os escritos afirmam que Nibiru, um planeta avermelhado (Que já foi
avistado pela NASA e atualmente vem sendo chamado de “planeta X”) foi
desviado de um sistema binário, há milhares de anos, e capturado pela
gravidade do nosso Sol.
Naquela
época não havia o planeta Terra, mas sim outro planeta muito maior,
Tiamat, coberto quase que só de água. Durante a trajetória, as luas de
Nibiru atingiram Tiamat dividindo-o em duas partes e empurrando a outra
metade para uma órbita mais baixa, a atual órbita da Terra. Durante
esse processo, uma das luas de Nibiru foi capturada pela gravidade da
Terra, e se tornou o nosso satélite. A primeira passagem de Nibiru foi
responsável pela atual configuração do nosso sistema solar. Plutão era
uma lua de Saturno que foi arrancada de sua gravidade e empurrada para a
sua atual órbita. Em Fevereiro de 2000, chegava ao fim da “Missão
Near” (sonda Near) da NASA, chefiada pelo Dr. Cheng, confirmando esta
gigantesca trombada celeste no início do nosso sistema solar
(catastrofismo).
Sitchin
também elaborou sua teoria em cima de um povo alienigena chamado
Anunnaki, que significa “Aqueles que desceram dos céus” na língua
suméria; para os hebreus eram Nefilim, Elohim e para os egípcios antigo,
Neter. Descobertas arqueológicas e artefatos recolhidos nos últimos
duzentos e cinqüenta anos são a base da teoria de Zecharia que diz que
uma avançada civilização proveniente de Nibiru – um planeta distante,
mas do nosso próprio sistema solar – desembarcou na antiga Mesopotânia a
aproximadamente 450 mil anos atrás; Segundo Z.S. eram os Anunnaki,
alienígenas que colonizaram a Terra com o propósito de extrair grandes
quantidades de ouro. Sua mão-de-obra foi arrebanhada entre os humanos
primitivos, que foram manipulados geneticamente.
Há
250 mil anos, o sistema de colonização alienígena começou a declinar
em virtude da pouca produtividade e rebeliões dos escravos humanos,
especialmente nas minas. “Os Anunnaki decidiram então criar um novo ser
para substituir os humanos primitivos. O geneticista Enki e o chefe de
medicina Ninhursag, realizaram diversas experiências e criaram um
híbridos usando material do homo-erectus, de animais e dos próprios
Anunnaki, o que segundo Zecharia explicaria o motivo do elo perdido
nunca ter sido encontrado. O resultado foi o homo-sapiens, que veio ao
mundo para ser escravo. Como os primeiros homo-sapiens eram híbridos,
não se reproduziam. Como precisavam de mais escravos e o tempo que
dedicavam para criarem mais servos estava comprometendo os volumes de
produções, realizaram novas experiências que permitiram a
auto-procriação de suas criaturas.
Quando
os sapiens tornavam-se muito numerosos, parte deles era expulso das
cidades Anunnaki e, assim, gradualmente espalharam-se pelo planeta. Mas
as criaturas surpreenderam os criadores: eram belos e se desenvolviam
muito bem. Algumas fêmeas começaram a servir de parceiras sexuais para
os colonizadores. Essas uniões eram férteis, produziam prole. Mas isto
era uma situação inaceitável para a elite dos Anunnaki que decidiram
exterminar a população colonizada – a humanidade – provocando uma
colossal inundação em época próxima à reentrada de Nibiru nas
proximidades da órbita da terra. Esse dilúvio aconteceu há
aproximadamente de 12 mil anos atrás.
Muitos
humanos foram salvos por Enki, que simpatizava com aqueles que ele
mesmo havia criado. Por milhares de anos, homens e mulheres foram
escravos e soldados. Os Anunnaki usavam seus servos nas guerras que
travaram entre si, na construção de palácios e cidades, em instalações
astronômicas localizadas em todos os continentes. Eles ocuparam não
somente a Mesopotâmia, como também o Egito, a Índia, as Américas. Por
isso os sinais de sua presença são encontrados em praticamente todo o
mundo.
Seis
mil anos depois do dilúvio, os Anunnaki que aqui permaneceram
resolveram que era hora de deixar o planeta e, gradualmente, conduziram a
raça humana à independência, introduzindo um sistema sóciopolítico
fortemente hierarquizado. Linhagens de reis foram estabelecidas,
possivelmente considerando a descendência direta dos próprios Anunnaki:
eram os “Iniciados”, versados em ciências como matemática e astronomia,
conhecedores de técnicas de medicina, arquitetura e engenharia.
Dinastias cuja continuidade era feita por meio “colégios” – os “colégios
dos mistérios”
O FIM
Não
consegui encontrar uma fonte segura para sobre os sumerios. Encontrei
um livro com algumas citações apenas do que os sumerios considerava o
fim do seu mundo. O Fato é que depois do advento da idéia de fim do
mundo em 2012 é quase impossível encontrar o mito do fim do mundo na
internet, limpo, da forma como ele foi escrito sem haver alteração do
autor levando a balança para o lado de Zecharia Sitchin. Quem souber uma
fonte confiável e quiser compartilhar, deixe no comentário que nós
iremos alterar esse trecho do post.
A CRIAÇÃO
Bai-Ulgan
e Esege Malan são as divindades criadoras. Ot é a deusa do casamento.
Tung-ak é o deus padroeiro dos chefes tribais. Os Uliger são narrativas
épicas tradicionais, e o Epic do Rei Gesar é partilhado por muitos
povos da Ásia Central e do Tibete. Erlig Khan (Erlik Khan) é o Rei do
Mundo Inferior. Daichin Tengri é o deus da guerra, vermelho, a quem os
soldados inimigos eram por vezes sacrificados durante batalhas e
campanhas militares. Zaarin Tengri é um espírito que dá a Khorchi (na
História Secreta dos Mongóis) uma visão de uma vaca que mugia: “O céu e a
Terra concordaram em fazer de Temujin (posteriormente Gengis Khan)
senhor da nação”. O lobo, o falcão, o cervo e o cavalo também eram
animais com uma importante simbologia.
Existiam diversos mitos de criação mongóis. Num deles, a criação do mundo era atribuída a um lama. No início existia apenas água, e este lama desceu dos céus empunhando um bastão de ferro, com o qual começou a mexer a água. O movimento gerou vento e fogo, e do centro das águas a Terra foi formada. Outra narrativa também atribui a criação do céu e da Terra a um lama, chamado Udan. Udan primeiro separou as terras dos céus, e então dividiu ambos em nove andares, criando nove rios. Após a criação da própria Terra, o primeiro homem e a primeira mulher foram criados a partir da argila, tornando-se os progenitores de toda a humanidade.
Outra teoria sobre o início do mundo menciona um gás em agitação, que teria ficado cada vez mais quente e úmido, precipitando uma forte chuva que criou os oceanos. Poeira e areia teriam subido à superfícia, e formado a Terra. Já outro relato menciona o Buda Sakyamuni procurando sobre a superfície do mar uma maneira de criar a Terra, quando ele teria visto um sapo dourado. Buda então perfurou com uma flecha o lado leste do sapo, fazendo com que ele se voltasse para o norte; de sua boca então saiu fogo, e de parte traseira saiu água. Buda jogou então areia dourada sobre suas costas, que se transformaram na terra firme. Assim então teriam surgido os cinco elementos terrenos: a madeira e o metal da flecha, fogo, água e a areia. Todos estes mitos datam do século XVII, quando o chamado ‘xamanismo amarelo’ (variante do budismo tibetano que utiliza formas xamanísticas) se estabeleceu na Mongólia. O xamanismo negro, do período pré-budista, sobrevive apenas no extremo norte da Mongólia, em torno do lago Khuvsgul, e na região em torno do lago Baikal, onde a perseguição empreendida pelos lamaístas não foi tão eficaz.
Existiam diversos mitos de criação mongóis. Num deles, a criação do mundo era atribuída a um lama. No início existia apenas água, e este lama desceu dos céus empunhando um bastão de ferro, com o qual começou a mexer a água. O movimento gerou vento e fogo, e do centro das águas a Terra foi formada. Outra narrativa também atribui a criação do céu e da Terra a um lama, chamado Udan. Udan primeiro separou as terras dos céus, e então dividiu ambos em nove andares, criando nove rios. Após a criação da própria Terra, o primeiro homem e a primeira mulher foram criados a partir da argila, tornando-se os progenitores de toda a humanidade.
Outra teoria sobre o início do mundo menciona um gás em agitação, que teria ficado cada vez mais quente e úmido, precipitando uma forte chuva que criou os oceanos. Poeira e areia teriam subido à superfícia, e formado a Terra. Já outro relato menciona o Buda Sakyamuni procurando sobre a superfície do mar uma maneira de criar a Terra, quando ele teria visto um sapo dourado. Buda então perfurou com uma flecha o lado leste do sapo, fazendo com que ele se voltasse para o norte; de sua boca então saiu fogo, e de parte traseira saiu água. Buda jogou então areia dourada sobre suas costas, que se transformaram na terra firme. Assim então teriam surgido os cinco elementos terrenos: a madeira e o metal da flecha, fogo, água e a areia. Todos estes mitos datam do século XVII, quando o chamado ‘xamanismo amarelo’ (variante do budismo tibetano que utiliza formas xamanísticas) se estabeleceu na Mongólia. O xamanismo negro, do período pré-budista, sobrevive apenas no extremo norte da Mongólia, em torno do lago Khuvsgul, e na região em torno do lago Baikal, onde a perseguição empreendida pelos lamaístas não foi tão eficaz.
A CRIAÇÃO
O
poderoso Marduk dos cinqüenta nomes era o deus da guerra e do céu dos
antigos Babilônios. Ele criou a Babilônia como seu lar e os seres
humanos para viver lá e trabalhar para os deuses, depois de derrotar a
maligna Tiamat.
Filho
de Ea e Dumkina, Marduk começa sua existência no abismo profundo, no
coração de Apsu. Ele nasceu já maduro, forte e belo, com quatro olhos e
quatro orelhas e cuspia fogo sempre que falava. Ele tinha o dom da
mágica e comandava os ventos. Marduk era um herói, líder desde o
nascimento, pertencendo a geração de deuses jovens e eleito rei dos
Igigi para destruir Tiamat.
Tiamat
era a terrível deusa da terra, do caos primordial. Ela pertence às
fileiras dos antigos deuses, dos quais ela estava abusando. E é Marduk
quem é escolhido para matá-la, no mito babilônico da criação. Este mito
narra a batalha entre Marduk e Tiamat, o bem e o mal. Foi escrito entre
os séculos 8 e 12 a.C. mas origina-se de tempos anteriores, da
mitologia suméria, no Enuma Elish.
Marduk,
maior entre os deuses, foi feito rei e sua tarefa heróica era matar
Tiamat. Ele confeccionou uma rede para prendê-la e então chamou os
ventos, subiu em sua biga e partiu para a batalha. Seguiu o som da fúria
de Tiamat e encontrou-a. Esta tentou persuadi-lo com feitiços e
palavras, mas Marduk era muito esperto para ela. Ele a desafiou para uma
batalha somente entre eles e ela aceitou.
Eles
tiveram uma longa e árdua batalha e finalmente Marduk a aprisionou em
sua rede usando os ventos contra ela. Tiamat então tentou engolir
Marduk mas este ordenou ao vento Imhullu adentrar sua boca mantendo-a
aberta. O deus então disparou uma flecha que a perfurou por dentro
matando-a. Depois perseguiu os seguidores de Tiamat para recurar a
Tábua dos Destinos. Os deuses comemoraram a derrota de Tiamat e
presentearam Marduk com seus cinqüenta nomes.
Retornando
à carcaça de Tiamat ele usou as partes de seu corpo para criar os
céus, as montanhas e os rios. Criou então a Babilônia para ser seu lar
na Terra e os humanos para trabalhar para os deuses. Esta é a história
da criação segundo os babilônios. Ela tem similaridades com outras
histórias incluindo a violenta versão dos nórdicos, embora seja bastante
anterior a esta.
Este
mito mostra um pouco da filosofia dos antigos babilônios, eles
reverenciavam Marduk como seu grande criador, mas mostra também o que
pensavam sobre eles próprios. Foram criados pelo deus para trabalhar o
solo e servir aos deuses e não tinham expectativas de salvação eterna.
Eles estavam à mercê dos deuses durante a vida, sendo seus servos e
escravos. No entanto por isso mesmo aproveitavam a vida e o que ela
tinha a oferecer.
A CRIAÇÃO
“Mitos
de origem” ou “mitos de criação”, na mitologia grega, são termos
alusivos à intenção de fazer com que o universo torne-se compreensível e
com que a origem do mundo seja explicada. Além de ser o mais famoso, o
relato mais coerente e mais bem estruturado sobre o começo das coisas,
a Teogonia de Hesíodo também é visto como didático, onde tudo se
inicia com o Caos: o vazio primitivo e escuro que precede toda a
existência. Dele, surge Gaia (a Terra), e outros seres divinos
primordiais: Eros (atração amorosa), Tártaro (escuridão primeva) e
Érebo. Sem intermédio masculino, Gaia deu à luz Urano, que então a
fertilizou. Dessa união entre Gaia e Urano, nasceram primeiramente os
Titãs: seis homens e seis mulheres (Oceano, Céos, Créos, Hiperião,
Jápeto, Téia e Reia, Têmis, Mnemosine, Febe, Tétis e Cronos); e logo os
Ciclopes de um só olho e os Hecatônquiros (ou Centimanos). Contudo,
Urano, embora tenha gerado estas divindades poderosas, não as permitiu
de sair do interior de Gaia e elas permaneceram obedientes ao pai.
Somente Cronos, “o mais jovem, de pensamentos tortuosos e o mais
terrível dos filhos”, castrou o seu pai–com uma foice produzida das
entranhas da mãe Gaia–e lançou seus genitais no mar, libertando, assim,
todos os irmãos presos no interior da mãe. A situação final foi que
Urano não procriou novamente, mas o esperma que caiu de seus genitais
cortados produziu a deusa Afrodite, saída de uma espuma da água, ao
mesmo tempo que o sangue de sua ferida gerou as Ninfas Melíades, as
Erínias e os Gigantes, quando atingiu a terra. Sem a interferência do
pai, Cronos tornou-se o rei dos titãs com sua irmã e esposa Reia como
cônjuge e os outros Titãs como sua corte. Quando Cronos tomou o lugar
de Urano, tornou-se tão perverso quanto o pai. Com sua irmã Reia,
procriou os primeiros deuses olímpicos (Héstia, Deméter, Hera, Hades,
Poseídon e Zeus), mas logo os devorou enquanto nasciam, pelo medo de
que um deles o destronasse. Mas Zeus, o filho mais novo, com a ajuda da
mãe, conseguiu escapar do destino e travou uma guerra contra seu
progenitor, cujo vencedor ganharia o trono dos deuses. Ao final, com a
força dos Cíclopes–a quem libertou do Tártaro–Zeus venceu e condenou
Cronos e os outros Titãs na prisão do Tártaro, depois de obrigar o pai a
vomitar seus irmãos. Para a mitologia clássica, depois dessa
destituição dos Titãs, um novo panteão de deuses e deusas surgiu. Entre
os principais deuses gregos estavam os olímpicos- cuja limitação de
seu número para doze parece ter sido uma idéia moderna, e não antiga –
que residiam no Olimpo abaixo dos olhos de Zeus. Nesta fase, os
olímpicos não eram os únicos deuses que os gregos adoravam: existiam
uma variedade de divindades rupestres, como o deus-cabra Pã, as ninfas—
Náiades (que moravam nas nascentes), Dríades (espíritos das árvores) e
as Nereidas (que habitavam o mar) —, deuses de rios, Sátiros e outras
divindades que residiam em florestas, bosques e mares. Além dessas
criaturas, existiam no imaginário grego seres como as Erínias (ou
Fúrias) (que habitavam o submundo), cuja função era perseguir os
culpados de homicídio, má conduta familiar, heresia ou perjúrio.
Prometeu, filho do titã Jápeto, criou artesanalmente a raça humana – homens e mulheres – moldando-os com argila e água. E então Atena, deusa da sabedoria, ao ver essas criaturas, insuflou em seu interior alma e vida.
Prometeu, filho do titã Jápeto, criou artesanalmente a raça humana – homens e mulheres – moldando-os com argila e água. E então Atena, deusa da sabedoria, ao ver essas criaturas, insuflou em seu interior alma e vida.
A CRIAÇÃO
Uma
característica original da cultura chinesa é a aparição relativamente
tardia na literatura chinesa de mitos envolvendo a criação. Aqueles que
existem, aparecem bem depois da fundação do Confucionismo, do Taoísmo,
e de religiões populares. As histórias têm diversas versões, não raro
opostas entre si, com a criação dos primeiros seres humanos sendo
atribuída a Shangdi, ao Céu, a Nu Kua, a Pan Ku ou Yu Huang. As versões
mais comuns da história da criação são as seguintes, em ordem
cronológica aproximada:
Shangdi ,
aparecendo na literatura em aproximadamente 700 a.C, ou antes, (a
datação destas ocorrências depende da data do Shujing). Não há
narrativas orientadas no sentido de dar a Shangdi a autoria da
“criação”, embora o papel de criador seja uma interpretação possível.
Embora Shangdi pareça ter os atributos de uma “pessoa”, referências a
ele como o criador não são explicitadas até a Dinastia Han.
Tian (ou
Céu), aparecendo na literatura em cerca de 700 a.C, ou antes (a
datação destas ocorrências depende da data do Shujing). Igualmente, não
há um papel de criador para o Céu, embora essa interpretação seja
possível. As qualidades do Céu e de Shangdi parecem se fundir em uma
literatura posterior (sendo, por isso, adorados como uma entidade
única, por exemplo, no Templo do Céu em Pequim). A extensão da
distinção (se houver alguma) entre eles é debatida.
Nu Kua ,
aparecendo na literatura não antes de 350 a.C, diz-se que recriou ou
criou a humanidade. Seu companheiro — irmão e marido — era Fu Xi . Estes
dois seres às vezes são adorados como os primeiros antepassados dos
seres humanos. Eles são muitas vezes representados como criaturas
metade-serpente, metade-humanas. Nüwa também foi a responsável por
consertar o céu depois que Gong Gong danificou uma das colunas que
suportam o céu.
Há
muito tempo atrás houve um grande dilúvio e os únicos sobreviventes
foram Nu Kua e Fu Xi. Quando as águas baixaram, eles se transformaram
num casal de serpentes de cabeça humana. Seus filhos foram as plantas e
animais do mundo. Em outro boato diz-se que Nu Wa formou as pessoas com
bolas de lama.
Pan Ku ,
aparecendo na literatura não antes de 200 a.C, foi o primeiro ser
consciente e criador. No começo não havia nada além do Caos. Fora desse
Caos um ovo foi chocado por 18 mil anos. Quando as forças do Yin yang
igualaram-se, Pan Ku emergiu do ovo e empreendeu a tarefa de criar o
mundo. Ele separou o Yin Yang com um golpe de seu machado. O Yang, mais
pesado, afundou e transformou-se na Terra, enquanto o Yin, mais leve,
elevou-se para formar os céus. Pan Ku ficou entre eles e empurrou o céu.
Ao fim de 18 mil anos, Pan Ku descansou. Sua respiração tornou-se o
vento, sua voz o trovão, o olho esquerdo o Sol e o direito a Lua. Seu
corpo transformou-se nas montanhas e extremos do mundo, seu sangue
formou os rios, seus músculos as terras férteis, sua barba as estrelas e
a Via-Láctea, sua pele os arbustos e as florestas, seus ossos os
minerais preciosos, sua medula diamantes sagrados, seu suor caiu como
chuva e as pequenas criaturas em seu corpo (em algumas versões, pulgas),
carregadas pelo vento, tornaram-se os seres humanos sobre todo o
mundo.
Yu Huang ,
ou Imperador de Jade), incluindo representações como Yuanshi Tianzun,
Huangtian Shangdi, aparece na literatura bem depois do estabelecimento
do Taoísmo na China.
Como ficaria extenso demais, relatar a história de cada versão, foi resumido e exibidos abaixo os principais conceitos:
A criação explica-se através do yin e do yang, energias que se fundem para criar o Universo.
O
yang é uma energia masculina, ativa, clara e ímpar; o yin é
considerado o princípio feminino, em repouso, escuro e par. São
representados pelas metades preta e branca de um círculo e constituem
todos os aspetos da vida. No Universo, estas energias podem estar em
expansão e diluírem-se, ou, pelo contrário, aproximarem-se e
concentrarem-se. São simbolizadas por dois traços: contínuo para o
yang, descontínuo para o yin.
Existem dois tipos de lendas sobre a origem do mundo:
- sobre a abertura do céu e da terra, e a formação do mundo e todas as coisas;
- sobre a origem dos humanos, incluindo a origem das etnias.
- sobre a abertura do céu e da terra, e a formação do mundo e todas as coisas;
- sobre a origem dos humanos, incluindo a origem das etnias.
As lendas sobre a abertura do céu (Yang) e da terra (Yin) são divididas em três tipos:
- um ou vários deuses criaram o mundo;
- um gigante que se transforma em todas as coisas do mundo;
- o mundo nascendo da transformação da natureza.
- um ou vários deuses criaram o mundo;
- um gigante que se transforma em todas as coisas do mundo;
- o mundo nascendo da transformação da natureza.
Diversas
etnias têm suas lendas sobre a origem do mundo. Na mitologia Han, é um
gigante chamado Pan Gu quem cria o mundo. Depois, surgem os primeiros
senhores do Céu e da Terra, cada um dando o seu contributo ao Homem. Os
principais são:
- Nü Wa (Mãe da Humanidade), deusa que criou o homem e as regras de casamento.
-
Fu Hsi (ou Pao Hsi) (Pai da Escrita), mítico primeiro imperador da
China. É reputado por ser o inventor da escrita, da pesca e da caça.
-
Shen Nong (ou Tian Zu) (Divino Lavrador), a lenda diz que o deus Jiang
Shen Nong foi imperador na antiguidade. Inventou a agricultura e a
medicina. É normalmente representado por dois cornos, que simbolizam a
sabedoria.
Mais
tarde, surge na mitologia chinesa o Imperador de Jade, chamado também
de “Imperador do Céu”, que é o deus mais supremo no budismo e no
taoismo, e tem controle sobre todos os deuses dos três mundos: o mundo
humano, o mundo celestial e o mundo subterrâneo.
Segundo
a mitologia chinesa da criação, nos seus princípios o universo era um
caos na forma de um imenso ovo cósmico. Ao cabo de 18.000 anos, da
parte superior do ovo – Yang – resultou o Céu e da parte inferior – Yin
– resultou a Terra. Estes dois pólos cósmicos simbolizam também, tanto
a origem como a essência de todas as coisas.
De
acordo com a lenda, destes dois pólos saiu Pan Ku (Pan Gu), que depois
de ter passado por nove metamorfoses, adquiriu as qualidades divinas e
sábias do Céu e da Terra. Passados mais 18.000 anos surgiu a trindade
composta pelo Céu, Terra e Homem, ( as três esferas do pensamento
chinês) que viriam a estar mais tarde na origem dos três monarcas da sua
mitologia. Há quem entenda por monarcas simples regentes, outros
dinastias ou casas reais.
De
acordo com a mitologia chinesa Pan Ku (Pan Gu) tinha a figura de um
anão. Depois da sua morte o seu olho esquerdo transformou-se no Sol e o
direito na Lua. Dos seus cabelos vieram a resultar as estrelas e do
resto do corpo elementos da Terra. Da sua respiração veio o vento.
Mas
há outras versões míticas para o que aconteceu depois da sua morte. E
então temos que da sua cabeça resultaram as quatro montanhas sagradas,
do seu sangue os mares e os rios, o seu cabelo transformou-se em ervas e
árvores, o seu suor em chuva e a sua voz em trovões. As pulgas que
viviam no seu corpo estiveram na origem dos antepassados da raça humana.
Já
outra vertente bastante aceita na mitologia chinesa atribui a criação
da raça humana à solidão da deusa Nu Wa, que ao perceber sua sombra sob
as ondas de um rio, resolveu criar seres à sua semelhança.
A CRIAÇÃO
A
palavra raiz “brih” significa crescer, aumentar ou expandir e “an”
significa produzir então Brahman é o começo que expande e se torna o
universo inteiro.
Brahman
é o absoluto, supremo, impessoal, infinito, eterno, a fonte
pré-cósmica da divindade, a causa de todas as causas, sem começo e sem
fim, do qual todo emana e ao qual todo retorna. Ele não se manifesta
mas está presente no maior corpo celestial e em também na indivisível
partícula em todo animado e não-animado. Ele é a razão da consciência e
da substancia.
Na
literatura védica o Parabrahm é chamado de “tat” – aquele e tudo que é
manifesto é chamado de “idam” – este. A palavra Brahman mais se
aproxima da palavra absoluto. Existe uma diferença entre “Brahman” e
“Parabrahma” – além do Brahman, então tudo aquilo que é além do absoluto
é Parabrahma. Dentro do nosso propósito, no momento nos podemos
desconsiderar esta sutil diferença, assim podendo trocar os nomes com
segurança.
Conforme
os textos hindus não existe um conceito de começoou de fim do
universo. Se assim fosse teria uma data marcada para o começo e outra
para o fim do universo. Os textos dizem que o universo segue um
processo contínuo de expansão e retração. Assim, quando o ciclo começa,
o universo começa existir, expande, no fim da expansão começa retrair e
se dissolve para começar tudo de novo. A duração deste ciclo é de
311,04 trilhões de anos que está além da nossa imaginação por isso para
assimilar melhor trataremos o presente ciclo como único.
Antes
da criação do universo só existia o Brahman na forma não-manifesta e
mais nada, nem espaço e tempo, nem sóis e planetas. Por vontade própria,
ele se manifestou e sua energia operativa entrou em ação começando o
ciclo da expansão. Na opinião de pesquisadores contemporâneos este
momento corresponde ao momento de grande explosão do “Big Bang” – a mais
recente teoria sobre a criação do universo aceita no Ocidente. Esta
teoria é bastante conhecida no Ocidente, por isso, pode ser usada para
melhor compreensão do assunto, porque não é conflitante com o tema, mas
sim complementar, oferecendo subsídios interessantes quando se trata de
valores metafísicos.
Em sânscrito, o fenômeno Big Bang chama-se Bindu Visphot, traduzindo literalmente, explosão do ponto.
Nesse
momento, liberou-se enorme quantidade de energia radioativa e
vibratória e começaram existir espaço e tempo. A dinâmica da energia
radioativa tinha uma forma típica que foi denominada na mitologia
indiana como “Swastica” e a energia vibratória foi simbolizada pelo
“Om”. Esses símbolos são usados para o bem estar e prosperidade e podem
ser vistos distintamente em todas as cerimonias auspiciosas.
Assim,
começou mais um ciclo de expansão e retração, que não foi o primeiro
nem será o último. Após o fim do ciclo da expansão haverá retração,
quando o universo se dissolverá no Brahman para regenerar de novo.
A
evolução do universo acontece em 14 fases, que são chamadas de
Manvantaras, cada uma com a duração de 4,32 bilhões de anos. Esse
período corresponde a um Kalpa ou um dia do Brahma. A vida do universo é
100 anos ou 36000 dias do Brahma. Um Manvantar é constituído de 71
ciclos menores – Mahayuga, 4,32 milhões de anos, mais um período de
inatividade de 25,92 milhões de anos formam um Manvantar e no fim de
cada ciclo existe uma devastação parcial.
A
primeira fase da evolução, chamada de Svyambhoo Manvantar, foi
precedida por uma longa noite de energias radiativas e vibratórias. Não
havia céu, nem terra, nem luz, nem escuridão, nada além de absoluto
silêncio.
Essa
noite foi seguida por um amanhecer com nevoeiro, que formou um grande
disco nebular e giratório, dando origem as primeiras galáxias. Isso
aconteceu automaticamente, sem uma razão ostensiva, por isso essa fase
chama-se Svyambhoo – “aquele que nasceu por si.”
O
segundo Manvantar foi Svarochisha que significa próprio brilho. Nesse
estágio, começaram a se formar os objetos com a própria energia,
emitindo luz como nossa estrela, o sol.
Durante
o terceiro Manvantar – Uttama, o melhor, o sol que tinha brilho
próprio e grande fonte de energia, atingiu a melhor forma e temperatura
para criar e manter sua família de planetas.
A
expansão do universo não pára por aí e com o tempo, o planeta terra
foi abençoado para oferecer condições de gerar várias formas de vida.
Há
várias teorias sobre a evolução do universo mas, a mais aceita, no
mundo ocidental e entre os cientistas, é a teoria do “Big Bang”. Ela se
assemelha com a teoria que foi proposta pelos sábios indianos nos
tempos antigos, quando não haviam equipamentos de medição, computadores
e telescópios, mas os sábios tinham desenvolvido outros sentidos e
métodos de conhecimento. A proposta acima é uma tentativa de
conciliação entre os dois pontos de vistas.
Conforme
a opinião dos cientistas, a base de tudo que existe no universo, desde
as galáxias, as estrelas, os sóis, até o ser humano, a formiga ou a
menor partícula existente, é o hidrogênio e helium, que foi criado nos
primeiros 100 segundos após o Big Bang. Assim, todas as formas de
matéria, que nos vemos no universo e inclusive no nosso planeta, são
meramente diferentes aspectos desses elementos e isto não nos exclui.
Adi Shakti (a energia primordial) através de seus três principais aspectos – a trindade divina, rege o universo.
o Criação por Brahma
o Preservação por Vishnu
o Transmutação por Shiva
Fundamentalmente
os três são unos e interdependentes, isto é, um não pode existir sem o
outro, porque são as diferentes formas da mesma energia inicial. O
mais importante é entender os atributos, não as formas ou figuras que
foram criadas posteriormente pela imaginação humana.
A
“Trindade Divina” é o fundamento do hinduísmo, todas as outras
divindades e deidades são uma ou outra forma aliadas a ela, por exemplo,
Saraswati – deusa da sabedoria é esposa do Brahma; Laxmi – a deusa da
riqueza é a esposa do Vishnu; Ganesh é o filho de Shiva; Rama e Krishna
são encarnações de Vishnu.
O
Brahma – o primeiro da trindade divina, deu o primeiro impulso na
criação do universo. Tudo que observamos, através dos nossos sentidos, é
obra dele. Cosmologicamente ele é Hiranya Garbha – o ovo dourado, a
bola de fogo, a partir da qual o universo se desenvolve.
Conforme
a mitologia, na forma personificada ele tem quatro cabeças
representando o controle sobre o tempo (quatro yugas) e espaço
universal, a moringa na mão – água da vida, o símbolo da fertilidade e
criação; na outra mão, os quatro Vedas, simbolizando o conhecimento e a
consciência.
O
tempo de duração da vida do Brahma, inclusive da trindade, é idêntico
ao ciclo do universo. Durante esse período, são provocadas varias
devastações parciais, que são denominadas como as noites do Brahma e ao
acordar, ele começa o próximo ciclo de vida.
Vishnu,
vem da palavra raiz “vis” – entrar, penetrar, difundir, e é assim, que
ele sustenta e preserva o universo, integrando-se a sociedade. Ele se
manifestou na terra através de suas nove encarnações, demostrando para a
humanidade a moral e como viver em harmonia cósmica. Rama, Krishna e
Buddha são consideradas suas três últimas aparições na terra.
Nas
imagens personificadas, ele aparece com quatro maõs carregando a
concha – energias vibratórias, o disco – chakra – o tempo, gada – o
terror dos maus, o lótus – amor e fertilidade. Também, aparece deitado
nas profundas águas em cima da serpente, demostrando a serenidade, a
calma, o ambiente a doméstico, felicidade e o domínio sobre tempo.
O
terceiro aspecto do Trimúrty – trindade divina, é o Shiva, cuja função
é de destruição, como popularmente é conhecido mas o termo apropriado
deve ser regeneração ou transmutação, porque quando as reformas não
proporcionam resultados satisfatórios, o velho deve ser derrubado para
dar espaço a um novo. Shiva, como regenerador, evita e elimina doenças e
como transmutador, eleva o ser aos níveis superiores de consciência.
Foi através dele que os sábios receberam o conhecimento do yoga.
Na
sua personificação, ele é descrito nas várias formas, principalmente
sentado na posição de yogi, emanando paz e tranqüilidade. Os três olhos
representam passado, presente e futuro; a lua crescente, na cabeça,
indica o tempo medido pelas fases da lua; a serpente, na garganta, o
tempo em ciclos e a imortalidade espiritual; a garganta dele é azul, por
tomar o veneno para bem da humanidade; o Ganges, saindo da cabeleira
significa a água da vida; o damroo (pequeno tambor), indica energias
vibratórias e o tridente é o terror dos maus elementos.
O FIM
As
profecias tradicionais dos Hindus, tal como são descritas nos Puranas e
em vários outros textos Hindus, dizem que o mundo deverá cair no caos e
degradação. Haverá então um rápido influxo de perversidade, inveja e
conflito, e este estado foi descrito como:
“Quando
o estelionato, letargia, apatia, violência, desânimo, tristeza,
desilusão, medo e superação da pobreza… quando o homem, preenchido com
esta conceito, considerar a si próprio um igual com o Brahma… esta é o Kali Yuga.”
Isto é seguido pela manifestação do décimo e futuro avatar. Deus deverá manifestar-se como Avatar Kalki. Ele é “retratado
como um jovem magnífico cavalgando num grande cavalo branco com uma
espada semelhante a um meteoro fazendo chover morte e destruição por
todos os lados” (Religiões da Índia, em inglês) “A sua vinda restabelecerá a justiça na terra, e a volta de uma era de pureza e inocência.”(Dicionário do Hinduísmo,
em inglês). Avatar Kalki irá estabelecer a ordem sobre a terra e a
mente das pessoas tornar-se-á pura como um cristal. Como um resultado
disto, o Sat ou Krta Yuga (idade dourada) será restabelecida.
A CRIAÇÃO
Não
há um deus criador no budismo, a religião não se inicia no começo dos
tempos, mas com o despertar de Buda. O universo tal como é simplesmente
sempre foi assim “desde o tempo sem início”.
O budismo considera todas as coisas como fenômenos. E nenhum fenômeno possui natureza imutável ou independente. É isso o que expressa o conceito de KUU (shunya ou shunyata, em sânscrito), comumente traduzido como vácuo, vazio, não-substancialidade, latência ou nada.
O conceito budista de kuu está associado a outro chamado de origem dependente, isto é, de que todos os fenômenos ou entidades ocorrem somente por meio do relacionamento com outros e, conseqüentemente, não possuem uma natureza isolada nem existem por si só.
Portanto, a verdadeira natureza de todos os fenômenos é a da não-substancialidade e, estes, não podem ser definidos somente sob a ótica dos conceitos de existência e inexistência.
O budismo considera todas as coisas como fenômenos. E nenhum fenômeno possui natureza imutável ou independente. É isso o que expressa o conceito de KUU (shunya ou shunyata, em sânscrito), comumente traduzido como vácuo, vazio, não-substancialidade, latência ou nada.
O conceito budista de kuu está associado a outro chamado de origem dependente, isto é, de que todos os fenômenos ou entidades ocorrem somente por meio do relacionamento com outros e, conseqüentemente, não possuem uma natureza isolada nem existem por si só.
Portanto, a verdadeira natureza de todos os fenômenos é a da não-substancialidade e, estes, não podem ser definidos somente sob a ótica dos conceitos de existência e inexistência.
A
síntese da cosmovisão budista, é o das três marcas da existência: a
insatisfação (Dukkha), a impermanência (Anicca) e a ausência de um “eu”
independente (Anatta).
Aos
olhos do Buddha, o mundo nada mais é que samsara – o ciclo de
repetidos nascimentos e mortes. Para Ele, o começo e o fim do mundo
estão no samsara. Uma vez que elementos e energias são relativos e
interdependentes, não tem sentido especificar qualquer coisa como sendo o
início. Seja qual for a especulação que fizermos sobre a origem do
mundo, não haverá uma verdade absoluta nesse nosso conceito.
‘Infinito é o céu, infinito é o número de seres,
Infinitos são os mundos no vasto universo,
Infinito em sabedoria o Buddha ensina assim,
Infinitas são as virtudes Dele que assim ensina’. (Sri Ramachandra)
O FIM
A
teoria budista mais próxima desta questão “Fim do Mundo” é chamada de
Era Mappou. Map(matsu) significa final ou término e po(hou) Dharma, ou
seja o budismo não se atem ao fim do mundo como matéria, mais sim, em
relação ao mundo e seus seres como distantes da Lei Universal (Dharma,
conteúdo da iluminação), à uma era caracterizada pelo crepúsculo do
Dharma, onde os ensinamentos, sua prática e efeitos se ocultariam devido
à ignorância dos seres quanto a Lei Universal.
Até mesmo esta Era Mappou pode ser considerada um tipo de profecia em relação à teoria dos tempos. Porém, como as características desta era vêm mais o âmbito da hipótese para a realidade.
Referindo-se ao fim do mundo como matéria que inclui seus viventes, o budismo cita o Ciclo dos 4 kou (quatro kalpas – medida de tempo budista – de transformação) ou seja: Formação, Vida, Destruição e Vacuidade (Jyoukou, Jyuukou, Ekou, kuugou). A teoria é baseada no fato de que toda matéria se transforma e a terra, como uma dessas , também sofre transformações, porém, após o período da vacuidade, como o nome já diz “ciclo” tudo se refaz, não tendo assim o mundo e universo como algo infinito, mas contínuo e eterno.
Para compreendermos melhor explicarei o trecho da mais importante escritura de Nitiren Shounin que é o Nyorai Metsugo Gogohyakusaishi Kanjin Honzonsho (A Quintessência da Imagem Sagrada do Início do Quinto Qüingentésimo Ano do Regresso de Buda ao Estado Primordial).
Até mesmo esta Era Mappou pode ser considerada um tipo de profecia em relação à teoria dos tempos. Porém, como as características desta era vêm mais o âmbito da hipótese para a realidade.
Referindo-se ao fim do mundo como matéria que inclui seus viventes, o budismo cita o Ciclo dos 4 kou (quatro kalpas – medida de tempo budista – de transformação) ou seja: Formação, Vida, Destruição e Vacuidade (Jyoukou, Jyuukou, Ekou, kuugou). A teoria é baseada no fato de que toda matéria se transforma e a terra, como uma dessas , também sofre transformações, porém, após o período da vacuidade, como o nome já diz “ciclo” tudo se refaz, não tendo assim o mundo e universo como algo infinito, mas contínuo e eterno.
Para compreendermos melhor explicarei o trecho da mais importante escritura de Nitiren Shounin que é o Nyorai Metsugo Gogohyakusaishi Kanjin Honzonsho (A Quintessência da Imagem Sagrada do Início do Quinto Qüingentésimo Ano do Regresso de Buda ao Estado Primordial).
Neste trecho “Ima honji ni shaba sekai wa sansai o hanare shikou o idetaru jyoujuu no jyoudo nari” da
escritura, o Mestre Nitiren cita os quatro kalpas de transformação
dentro de um conceito atemporal, onde a intersecção entre os mundos
temporal (Shaba, onde vivemos) e o atemporal (JyakouJyoudo, Terra Pura)
representa o verdadeiro mundo que vivemos. Portanto, nem o fim do mundo
e nem a eternidade da Terra Pura podem ser alvos de cobiça, se não a
vivência e esforço neste próprio Mundo finito e infinito, em que o
próprio Buda Primordial vive, sempre realizando suas conversões (16º
Cap. St. Lótus) através da prática da fé Namu~kyou e fazendo com que
estes mundos se contraponham cada vez mais, alem da linha de
intersecção, até que se reconheça sua unicidade. (ShabassokuJyakkou).
Este será o trabalho da fé designado a cada um de nós unidos pelo Veraz
Dharma nos deixado como quintessência o Namumyouhourenguekyou, que
condiz e é adequado a era Mappou a qual vivemos. Portanto, estamos
salvos do fim e prontos para todos os dias e a todo instante recomeçar.
A CRIAÇÃO
Segundo
Zoroastro, o mundo teria sido criado por um deus chamado Ahura-Mazda,
ou Ormuz. Tal deus teria criado tudo o que há de bom no mundo. Porém
tal criação teria sido maculada por um deus chamado Angra Manyu, ou
Arihman. Este deus teria criado a dor, a infelicidade e as trevas. O
mundo seria então um grande campo de batalha entre as forças de
Ahura-Mazda, representadas simbolicamente pela luz e o fogo, e as forças
de Angra Manyu, representadas pelas trevas. Como Ahura-Mazda é mais
forte que Angra Manyu, a vitória final de Ahura-Mazda seria inevitável.
Os seres humanos teriam então a missão de acelerar a vitória de
Ahura-Mazda através de ações eticamente corretas, como a caridade, a
justiça, a verdade, os bons pensamentos e sentimentos. A vitória
completa de Ahura-Mazda se daria no final dos tempos, quando então
Angra-Manyu seria completamente destruído e o mundo conheceria uma
felicidade completa e eterna.
As ideias de Zoroastro foram reunidas no texto sagrado do Zoroastrismo, o Zend-Avesta.
As ideias de Zoroastro foram reunidas no texto sagrado do Zoroastrismo, o Zend-Avesta.
O FIM
A
doutrina de Zaratustra é escatológica. De acordo com os seus
preceitos, o mundo duraria doze mil anos. No fim de nove mil anos,
ocorreria a segunda vinda de Zaratustra como um sinal e uma promessa de
redenção final dos bons. Isso seria seguido do nascimento miraculoso
do Saoshyant, equivalente ao Messias hebreu, cuja missão seria
aperfeiçoar os bons para o fim do mundo, da história humana, enfim, para
a vitória do Bem sobre as forças do Mal. A cada mil anos viria um
profeta/messias (Saoshyant).
Assim,
nos últimos três milênios, três Saoshyant preparariam a completude do
grande ano cósmico. É neste sentido que Nietzsche menciona Zaratustra
como aquele que compreendeu a História em toda a sua completude. Cada
série de desenvolvimento da História seria presidida por um profeta, que
teria seu hazar, seu reino de mil anos. O Zaratustra
histórico, no entanto, anuncia a chegada do tempo em que surgirá da raça
persa o Shah Bahram, o Senhor Prometido, o Salvador do Mundo, o Grande
Mensageiro da Paz.
No
final dos tempos haveria o julgamento derradeiro de todas as almas e a
ressurreição dos mortos. Não fica claro se o inferno tem duração
eterna, se os maus se agitarão eternamente “nas trevas”. Nos Gathas,
cantos de Zaratustra, consta também que o mal poderia ser banido para
sempre do universo, com o nascimento de um novo mundo, física e
espiritualmente perfeito, aqui na Terra. Não seria possível, assim, a
coexistência de um mundo físico degradado e um mundo hiperfísico
perfeito.
A CRIAÇÃO
A
história da criação encontrada nos dois primeiros capítulos do livro
da Gênesis descreve um começo sobrenatural para a Terra e a vida.
O capítulo 1 descreve a criação do mundo por Deus (Elohim) através da fala divina culminando com a criação da humanidade à imagem de Deus e a designação do sétimo dia como Sabbath, um dia de descanso ordenado por Deus. No segundo capítulo, Deus (Iavé) cria primeiro o homem, na figura de Adão e, depois, a mulher, Eva, que é criada a partir de uma costela de Adão. Termina com uma afirmação referente ao casamento entre o homem e a mulher. A visão de mundo por trás desta história é o da cosmologia comum no Antigo Oriente Médio, que concebe a Terra como disco plano com infinita água acima e abaixo. Acreditava-se que o céu era formado por um firmamento sólido e metálico (lata de acordo com os sumérios e ferro conforme os Egípcios) separando o mundo habitado das águas que o rodeavam. As estrelas estavam incrustadas na superfície inferior deste domo, com portões que permitiam a passagem do Sol e da Lua. O disco da Terra era visto como um continente-ilha único rodeado por um oceano circular, que era ligado aos mares conhecidos – Mar Mediterrâneo, Golfo Pérsico e o Mar Vermelho. Como mito de criação, é similar a outras histórias da mitologia babilônica antiga, como o Enuma Elish diferindo delas em sua aspecto monoteísta.
As passagens têm uma longa e complexa história de interpretação. Até a última metade do século 19, ela eram vistas como um contínuo uniforme: Gênesis 1:2:6 descrevendo as origens do mundo e Gênesis 2:2:25 mostrando uma pintura mais detalhada da criação da humanidade. Estudos modernos observaram o uso de nomes distintos para Deus nas narrativas (Elohim versus Iavé), diferentes ênfases (física versus moral) e divergência na ordem de criação (ex. plantas antes de humanos versus humanos antes de plantas) e concluíram que estes textos possuem origens distintas.
O capítulo 1 descreve a criação do mundo por Deus (Elohim) através da fala divina culminando com a criação da humanidade à imagem de Deus e a designação do sétimo dia como Sabbath, um dia de descanso ordenado por Deus. No segundo capítulo, Deus (Iavé) cria primeiro o homem, na figura de Adão e, depois, a mulher, Eva, que é criada a partir de uma costela de Adão. Termina com uma afirmação referente ao casamento entre o homem e a mulher. A visão de mundo por trás desta história é o da cosmologia comum no Antigo Oriente Médio, que concebe a Terra como disco plano com infinita água acima e abaixo. Acreditava-se que o céu era formado por um firmamento sólido e metálico (lata de acordo com os sumérios e ferro conforme os Egípcios) separando o mundo habitado das águas que o rodeavam. As estrelas estavam incrustadas na superfície inferior deste domo, com portões que permitiam a passagem do Sol e da Lua. O disco da Terra era visto como um continente-ilha único rodeado por um oceano circular, que era ligado aos mares conhecidos – Mar Mediterrâneo, Golfo Pérsico e o Mar Vermelho. Como mito de criação, é similar a outras histórias da mitologia babilônica antiga, como o Enuma Elish diferindo delas em sua aspecto monoteísta.
As passagens têm uma longa e complexa história de interpretação. Até a última metade do século 19, ela eram vistas como um contínuo uniforme: Gênesis 1:2:6 descrevendo as origens do mundo e Gênesis 2:2:25 mostrando uma pintura mais detalhada da criação da humanidade. Estudos modernos observaram o uso de nomes distintos para Deus nas narrativas (Elohim versus Iavé), diferentes ênfases (física versus moral) e divergência na ordem de criação (ex. plantas antes de humanos versus humanos antes de plantas) e concluíram que estes textos possuem origens distintas.
PRIMEIRO RELATO DA CRIAÇÃO
O
primeiro relato da criação começa com o período indeterminado em que
Deus (aqui chamado de Elohim) cria os céus e a terra a partir do nada
(ex nihilo) ou das águas primordiais (tehom)/caos. Depois descreve a
transformação da criação em seis dias do caos até o estado de ordem que
culmina com a criação do humanos à sua própria imagem. O sétimo dia é
santificado com um dia de descanso.
A semana de criação consistem em 8 comandos divinos em seis dias, seguido de um dia de descanso.
Primeiro dia: Deus cria a luz (O primeiro comando é “Haja luz”). A luz é dividida da escuridão.
Segundo dia: Deus cria um firmamento (o segundo comando é “Faça-se um firmamento no meio das águas, e haja separação entre águas e águas”).
Terceiro dia: Deus manda as águas se juntarem em um lugar e a terra seca aparecer (o terceiro comando é “Ajuntem-se num só lugar as águas, que estão debaixo do céu, e apareça o elemento seco”). Deus manda a terra fornecer ervas, plantas e árvores frutíferas (o quarto comando é “Produza a terra relva, ervas que dêem semente, e árvores frutíferas que, segundo as suas espécies, dêem fruto que tenha em si a sua semente, sobre a terra”).
Quarto dia: Deus cria luzes no firmamento para separar a luz da escuridão e marcar dias, estações e anos. Dois grandes luzeiros são criados (provavelmente o Sol e a Lua) e as estrelas. (o quinto comando é “Haja luzeiros no firmamento do céu, que façam separação entre o dia e a noite; sejam eles para sinais, e para tempos determinados, e para dias e anos; e sejam para luzeiros no firmamento do céu a fim de alumiar a terra”).
Quinto dia: Deus manda o mar se encher de criaturas vivas e pássaros voarem pelos céus (o sexto comando é “Produzam as águas enxames de seres viventes, e voem as aves acima da terra no firmamento do céu.”). Deus cria pássaros e criatura e os manda serem frutíferos e se multiplicarem (o sétimo comando é “Frutificai, multiplicai-vos e enchei as águas nos mares, e multipliquem-se as aves sobre a terra.”)
Sexto dia: Deus manda a terra produzir criaturas vivas (o oitavo comando é “Produza a terra seres viventes segundo as suas espécies: animais domésticos, répteis e animais selvagens segundo as suas espécies”), fez feras selvagens, animais e répteis. Cria, então, a humanidade à sua própria imagem e semelhança (o nono comando é “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança: domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todo o réptil que se arrasta sobre a terra.”). O décimo comando é “Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.” Deus descreve a criação como “muito boa”.
Sétimo dia: Deus descansa e abençôa o sétimo dia.
O relato se aproxima mais intimamente dos contos mesopotâmicos, detalhando a formação de características únicas a partir da separação das águas, um entendimento que se refletiria no Novo Testamento, em II Pedro 3:4-7, onde é entendido que “a Terra foi formada de água e por água” À luz da mitologia Jungiana (ou comparada), acadêmicos como Joseph Campbell acreditam que esta criação a partir da água pode ser reminiscência de religiões neolíticas de deusas matriarcais, onde o universo não é criado, mas parido. (i.e., as águas representam o fluido amniótico).
De acordo com o acadêmico sobre o Velho Testamento Gordon Wenhm, este relato evidencia marcas de uma criação literária cuidadosamente escrita com uma agenda teológica distinta: a elevação de Iavé, o Deus dos israelitas, sobre todos os outros deuses, notavelmente Marduk,o deus dos babilônios.
As formas plurais em “Façamos o homem à nossa imagem” indicam, segundo estudos acadêmicos modernos, o reflexo da visão comum no Antigo Oriente Médio de um deus supremo (ver o deus El rodeado de um corte divina, os Filhos de Deus). Alguns Cristãos trinitários interpretam esta forma plural como uma evidência da doutrina da Santíssima Trindade.
Atualmente, para muitos cristãos e judeus, os sete dias da criação do mundo, de que fala a Bíblia, não devem ser entendidos literalmente e representam apenas uma forma metafórica e alegórica de explicar a criação do Universo. Mas, mesmo assim, algumas correntes cristãs, denominadas fundamentalistas, originárias em certas regiões dos Estados Unidos, defendem leitura literal da Bíblia e, motivadas por este relato de criação e outros trechos da bíblia, rejeitam a idade do universo e da Terra estipulada pela ciência moderna e defendem que o universo surgiu em apenas seis dias há menos de 10 mil anos. Este movimento é chamado de criacionismo cristão e se apresenta de diversas formas, variando desde o criacionismo da Terra plana, que defende um modelo de Terra plana, até a aceitação dos teorias científicas modernas sem conflito com a leitura da Bíblia.
A semana de criação consistem em 8 comandos divinos em seis dias, seguido de um dia de descanso.
Primeiro dia: Deus cria a luz (O primeiro comando é “Haja luz”). A luz é dividida da escuridão.
Segundo dia: Deus cria um firmamento (o segundo comando é “Faça-se um firmamento no meio das águas, e haja separação entre águas e águas”).
Terceiro dia: Deus manda as águas se juntarem em um lugar e a terra seca aparecer (o terceiro comando é “Ajuntem-se num só lugar as águas, que estão debaixo do céu, e apareça o elemento seco”). Deus manda a terra fornecer ervas, plantas e árvores frutíferas (o quarto comando é “Produza a terra relva, ervas que dêem semente, e árvores frutíferas que, segundo as suas espécies, dêem fruto que tenha em si a sua semente, sobre a terra”).
Quarto dia: Deus cria luzes no firmamento para separar a luz da escuridão e marcar dias, estações e anos. Dois grandes luzeiros são criados (provavelmente o Sol e a Lua) e as estrelas. (o quinto comando é “Haja luzeiros no firmamento do céu, que façam separação entre o dia e a noite; sejam eles para sinais, e para tempos determinados, e para dias e anos; e sejam para luzeiros no firmamento do céu a fim de alumiar a terra”).
Quinto dia: Deus manda o mar se encher de criaturas vivas e pássaros voarem pelos céus (o sexto comando é “Produzam as águas enxames de seres viventes, e voem as aves acima da terra no firmamento do céu.”). Deus cria pássaros e criatura e os manda serem frutíferos e se multiplicarem (o sétimo comando é “Frutificai, multiplicai-vos e enchei as águas nos mares, e multipliquem-se as aves sobre a terra.”)
Sexto dia: Deus manda a terra produzir criaturas vivas (o oitavo comando é “Produza a terra seres viventes segundo as suas espécies: animais domésticos, répteis e animais selvagens segundo as suas espécies”), fez feras selvagens, animais e répteis. Cria, então, a humanidade à sua própria imagem e semelhança (o nono comando é “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança: domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todo o réptil que se arrasta sobre a terra.”). O décimo comando é “Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.” Deus descreve a criação como “muito boa”.
Sétimo dia: Deus descansa e abençôa o sétimo dia.
O relato se aproxima mais intimamente dos contos mesopotâmicos, detalhando a formação de características únicas a partir da separação das águas, um entendimento que se refletiria no Novo Testamento, em II Pedro 3:4-7, onde é entendido que “a Terra foi formada de água e por água” À luz da mitologia Jungiana (ou comparada), acadêmicos como Joseph Campbell acreditam que esta criação a partir da água pode ser reminiscência de religiões neolíticas de deusas matriarcais, onde o universo não é criado, mas parido. (i.e., as águas representam o fluido amniótico).
De acordo com o acadêmico sobre o Velho Testamento Gordon Wenhm, este relato evidencia marcas de uma criação literária cuidadosamente escrita com uma agenda teológica distinta: a elevação de Iavé, o Deus dos israelitas, sobre todos os outros deuses, notavelmente Marduk,o deus dos babilônios.
As formas plurais em “Façamos o homem à nossa imagem” indicam, segundo estudos acadêmicos modernos, o reflexo da visão comum no Antigo Oriente Médio de um deus supremo (ver o deus El rodeado de um corte divina, os Filhos de Deus). Alguns Cristãos trinitários interpretam esta forma plural como uma evidência da doutrina da Santíssima Trindade.
Atualmente, para muitos cristãos e judeus, os sete dias da criação do mundo, de que fala a Bíblia, não devem ser entendidos literalmente e representam apenas uma forma metafórica e alegórica de explicar a criação do Universo. Mas, mesmo assim, algumas correntes cristãs, denominadas fundamentalistas, originárias em certas regiões dos Estados Unidos, defendem leitura literal da Bíblia e, motivadas por este relato de criação e outros trechos da bíblia, rejeitam a idade do universo e da Terra estipulada pela ciência moderna e defendem que o universo surgiu em apenas seis dias há menos de 10 mil anos. Este movimento é chamado de criacionismo cristão e se apresenta de diversas formas, variando desde o criacionismo da Terra plana, que defende um modelo de Terra plana, até a aceitação dos teorias científicas modernas sem conflito com a leitura da Bíblia.
SEGUNDO RELATO DA CRIAÇÃO
O
segundo relato da criação descreve Deus (chamado de Iavé) formando o
primeiro homem (Adão) da poeira e assoprando-lhe vida pelas narinas,
plantando o jardim, formando os animais e pássaros e, finalmente,
criando a primeira mulher, Eva, para ser sua companheira. Iavé tendo
criado o jardim do Éden, manda que o homem o trabalhe e tome conta dele,
permite que coma de todas as árvores exceto da árvore do conhecimento
do bem e mal porque no dia que o homem dela comesse certamente
morreria. Iavé já havia criado os animais e, então, apresenta-lhes
todos a Adão e este é incapaz de encontrar uma auxiliar satisfatória
entre eles, então Iavé adormece Adão e retira-lhe uma costela, da qual
cria a mulher, que adão nomeia Eva (heb. ishshah, “mulher”) porque foi
tirada do homem (heb. ish, “homem”). Por causa disso, “deixará o homem o
seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma
carne”. Genesis 2 termina com a nota de que homem e mulher estavam nus e
não se envergonhavam.
Genesis 3 introduz a serpente, “a mais astuta dos animais do campo”, a serpente convence a mulher a comer da árvore do conhecimento, dizendo-lhe que não morreriam, mas tornar-se-iam como deuses. Eva aquiesce e oferece o fruto ao homem, que também come do fruto e “seus olhos foram abertos” e deram-se conta de que estavam nus. Cobriram-se então com folhas de figueira e esconderam-se de Iavé. Iavé pergunta o que fizeram. Adão culpa Eva e Eva culpa a serpente. Iavé amaldiçoa a serpente e então amaldiçoa Adão e Eva como trabalho pesado e dores de parto. Iavé fez túnicas de peles para ambos e, sendo o homem “como um de nós, sabendo o bem e o mal” e para impedir-lhe de comer da árvore da vida, os expulsa do jardim e coloca um querubim armado com uma espada de fogo a cuidar as portas da terra de onde haviam sido expulsos.
Este segundo relato é estimado ser muito mais antigo que o primeiro e reflete um contexto literário e histórico distinto. Sua apresentação usa imagens provenientes da antiga tradição pastoral de Israel e trata da criação do primeiro homem e da primeira mulher no Jardim do Éden e encontra paralelos na história de Atrahasis, uma epopéia acadiana do século XVIII AEC. Os povos da antiguidade observam a decomposição dos corpos das pessoas mortas, que se convertia em pó, em sua interpretação. Esse fato os levou a postular que o homem era feito essencialmente de pó. Esse conceito era compartilhado por diversos povos como os babilônicos, egípcios, gregos e romanos. De fato, um grande número de mitos de criação de toda as partes do mundo descrevem criação a partir de material do solo, normalmente, argila. O mais antigos dos mitos de criação conhecido, o dos sumérios da Mesopotânia, conhecido como Eridu Genesis, descreve a criação dos homens a partir de barro por deuses embriagados, que os deixaram cheios de imperfeições.
A história de Adão e Eva, embora superficialmente diferente, encontra íntimos paralelos com a história de Enkidu, um selvagem esculpido pelos deuses a partir de argila, e Shamhat, uma rameira contratada para seduzi-lo. Após seis dias e sete noites com a rameira, Enkidu não mais é servido pelos animais e plantas da floresta e “perdera sua força pois agora tinha o coração dentro de si, e os pensamentos do homem ocupavam seu coração” e Shamhat lhe disse “És sábio, Enkidu, e agora te tornaste semelhante a um deus”. Na cultura do Antigo Oriente Médio, as palavras “fruto” e “conhecimento” carregam ambas forte conotação sexual, inbu, por exemplo, siginifica tanto “fruto” como “sexo” em babilônico enquanto “conhecimento” em hebreu pode siginificar “relação sexual”.
A serpente era uma figura amplamente difundida na mitologia do Antigo Oriente Médio. Diversos objetos de culto foram descobertos por arqueólogos no estrato da Idade do Bronze em diversas cidades pré-Israelitas em Canaã: dois em Megiddo, um em Gezer, um no sanctum sanctorum da área do templo H em Hazor, e dois em Shechem. Na região circundante, o santuário Hitita da baixa idade do bronze continha estátuas em bronze de um deus segurando uma serpente em uma mão e um bastão em outra. Na Babilônia do século XI AEC, um par de serpentes de bronze emoldurava cada uma das entradas do templo de Esagila. Os antigos mesopotâmicos e semitas acreditavem que a serpente era imortal por ser capaz de mudar de pele. Na Epopeia de Gilgamesh, Gilgamesh obtém a a flor de uma “maravilhosa planta” que poderia “devolver ao homem toda a sua força perdida”, uma serpente, no entanto, roubou-lhe a flor e imediatamente trocou de pele.
A doutrina do pecado original, defendida por alguns cristãos, segundo a qual o homem nasce com pecados tem origem neste relato da Gênesis, em especial na desobediência de Adão e Eva ao comer do fruto proibido por Iavé.
Genesis 3 introduz a serpente, “a mais astuta dos animais do campo”, a serpente convence a mulher a comer da árvore do conhecimento, dizendo-lhe que não morreriam, mas tornar-se-iam como deuses. Eva aquiesce e oferece o fruto ao homem, que também come do fruto e “seus olhos foram abertos” e deram-se conta de que estavam nus. Cobriram-se então com folhas de figueira e esconderam-se de Iavé. Iavé pergunta o que fizeram. Adão culpa Eva e Eva culpa a serpente. Iavé amaldiçoa a serpente e então amaldiçoa Adão e Eva como trabalho pesado e dores de parto. Iavé fez túnicas de peles para ambos e, sendo o homem “como um de nós, sabendo o bem e o mal” e para impedir-lhe de comer da árvore da vida, os expulsa do jardim e coloca um querubim armado com uma espada de fogo a cuidar as portas da terra de onde haviam sido expulsos.
Este segundo relato é estimado ser muito mais antigo que o primeiro e reflete um contexto literário e histórico distinto. Sua apresentação usa imagens provenientes da antiga tradição pastoral de Israel e trata da criação do primeiro homem e da primeira mulher no Jardim do Éden e encontra paralelos na história de Atrahasis, uma epopéia acadiana do século XVIII AEC. Os povos da antiguidade observam a decomposição dos corpos das pessoas mortas, que se convertia em pó, em sua interpretação. Esse fato os levou a postular que o homem era feito essencialmente de pó. Esse conceito era compartilhado por diversos povos como os babilônicos, egípcios, gregos e romanos. De fato, um grande número de mitos de criação de toda as partes do mundo descrevem criação a partir de material do solo, normalmente, argila. O mais antigos dos mitos de criação conhecido, o dos sumérios da Mesopotânia, conhecido como Eridu Genesis, descreve a criação dos homens a partir de barro por deuses embriagados, que os deixaram cheios de imperfeições.
A história de Adão e Eva, embora superficialmente diferente, encontra íntimos paralelos com a história de Enkidu, um selvagem esculpido pelos deuses a partir de argila, e Shamhat, uma rameira contratada para seduzi-lo. Após seis dias e sete noites com a rameira, Enkidu não mais é servido pelos animais e plantas da floresta e “perdera sua força pois agora tinha o coração dentro de si, e os pensamentos do homem ocupavam seu coração” e Shamhat lhe disse “És sábio, Enkidu, e agora te tornaste semelhante a um deus”. Na cultura do Antigo Oriente Médio, as palavras “fruto” e “conhecimento” carregam ambas forte conotação sexual, inbu, por exemplo, siginifica tanto “fruto” como “sexo” em babilônico enquanto “conhecimento” em hebreu pode siginificar “relação sexual”.
A serpente era uma figura amplamente difundida na mitologia do Antigo Oriente Médio. Diversos objetos de culto foram descobertos por arqueólogos no estrato da Idade do Bronze em diversas cidades pré-Israelitas em Canaã: dois em Megiddo, um em Gezer, um no sanctum sanctorum da área do templo H em Hazor, e dois em Shechem. Na região circundante, o santuário Hitita da baixa idade do bronze continha estátuas em bronze de um deus segurando uma serpente em uma mão e um bastão em outra. Na Babilônia do século XI AEC, um par de serpentes de bronze emoldurava cada uma das entradas do templo de Esagila. Os antigos mesopotâmicos e semitas acreditavem que a serpente era imortal por ser capaz de mudar de pele. Na Epopeia de Gilgamesh, Gilgamesh obtém a a flor de uma “maravilhosa planta” que poderia “devolver ao homem toda a sua força perdida”, uma serpente, no entanto, roubou-lhe a flor e imediatamente trocou de pele.
A doutrina do pecado original, defendida por alguns cristãos, segundo a qual o homem nasce com pecados tem origem neste relato da Gênesis, em especial na desobediência de Adão e Eva ao comer do fruto proibido por Iavé.
O FIM
CRISTIANISMO
Jesus
Cristo, conforme registrado nos Evangelhos de Mateus, capítulos 24 e
25, Marcos, capítulo 13 e Lucas, capítulo 21, teceu considerações
extensas sobre aquilo que ensinou ser a sua próxima vinda ou advento bem
como o fim do mundo. No entanto, afirmou que mais ninguém além de Deus
sabia quando isso viria a acontecer. As palavras gregas syntéleia e
aión que dão origem à expressão fim do mundo em algumas traduções da
Bíblia, são no entanto vertidas por outras expressões por diferentes
tradutores. Tomando como exemplo o versículo de Mateus 24:3, a versão
Almeida, Versão Corrigida e Fiel, reza:
“E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?”
Alguns exemplos da tradução de ???? (aión) em outras traduções bíblicas são:
“fim do mundo” – Bíblia Sagrada, Missionários da Difusora Bíblica Fransciscanos Capuchinhos, 2002
“fim do mundo” – Redação IntraText – Bíblia Pastoral da Editora São Paulo, 1993
“fim do mundo” – Bíblia Ave Maria
“fim do mundo” – Almeida, Versão Revista e Corrigida
“consumação do século” – Almeida, Versão Revista e Atualizada
“fim da era” – Today’s English Version
“fim desta época” – Bíblia de Jerusalém, nova edição revista e ampliada, 2002
“conclusão da era” – Rotherham
“terminação do sistema de coisas” – Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, 1984, Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados
“consummação do seculo” – Padre António Pereira de Figueiredo, 1900
“encerramento da era” – Revised Standard Version, tanto na edição protestante como na católica.
“fim da era” – The New English Bible
“tempo… de tudo acabar” – Nova Tradução na Linguagem de Hoje
Assim, para muitos comentadores bíblicos, esta expressão permite conceber um fim definitivo para o planeta Terra, junto com todo o seu conteúdo. Em contraste, para vários outros, o que realmente chegará ao fim é uma “era” e não a terra literal e seus habitantes, visto que aión é diferente de kósmos, palavra que em geral designa o mundo da humanidade. Também, as palavras “conclusão”, “consumação” ou “terminação” são traduções mais precisas da palavra grega syntéleia, que é diferente de telos, usualmente traduzida por fim ou fim completo.
Alguns cristãos no Século I d.C. acreditavam que o fim do mundo ou das eras, como consequência da segunda vinda de Cristo, ocorreria durante as suas vidas. À base dos conselhos que o Apóstolo Paulo deu aos cristãos em Tessalônica, percebe-se que alguns argumentavam que a volta de Jesus era iminente e que tais especuladores pregavam ativamente essa sua teoria. Parece que alguns até mesmo usavam isso como desculpa para não trabalhar para o seu próprio sustento. O Apóstolo Paulo alertou então:
“Agora, irmãos, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e ao nosso encontro com ele, pedimos a vocês o seguinte: não se deixem perturbar tão facilmente! Nem se assustem, como se o Dia do Senhor estivesse para chegar logo, mesmo que isso esteja sendo veiculado por alguma suposta inspiração, palavra, ou carta atribuída a nós.” (2 Tessalonicenses 2:1,2) – Redação IntraText – Bíblia Pastoral da Editora São Paulo, 1993
No entanto, alguns anos mais tarde, a carta atribuída ao Apóstolo Pedro, continha o seguinte alerta:
“Amados, esta é, agora, a segunda epístola que vos escrevo; em ambas, procuro despertar com lembranças a vossa mente esclarecida, para que vos recordeis das palavras que, anteriormente, foram ditas pelos santos profetas, bem como do mandamento do Senhor e Salvador, ensinado pelos vossos apóstolos, tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.” (2 Pedro 3:1-4) – Almeida, Versão Revista e Atualizada
As palavras concludentes do último livro da Bíblia, Revelação ou Apocalipse, expressam a esperança cristã da vinda de Cristo e da consequente consumação dos tempos, com as seguintes palavras:
“Aquele que atesta essas coisas, diz: ‘Sim! Venho muito em breve.’ Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Apocalipse 22:20) – Bíblia de Jerusalém, nova edição revista e ampliada, 2002
Com base nesta esperança do segundo advento de Jesus Cristo, várias denominações cristãs vieram a desenvolver os seus conceitos, sendo que alguns deles são divergentes, conforme se poderá observar na análise comparativa das suas doutrinas.
“E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?”
Alguns exemplos da tradução de ???? (aión) em outras traduções bíblicas são:
“fim do mundo” – Bíblia Sagrada, Missionários da Difusora Bíblica Fransciscanos Capuchinhos, 2002
“fim do mundo” – Redação IntraText – Bíblia Pastoral da Editora São Paulo, 1993
“fim do mundo” – Bíblia Ave Maria
“fim do mundo” – Almeida, Versão Revista e Corrigida
“consumação do século” – Almeida, Versão Revista e Atualizada
“fim da era” – Today’s English Version
“fim desta época” – Bíblia de Jerusalém, nova edição revista e ampliada, 2002
“conclusão da era” – Rotherham
“terminação do sistema de coisas” – Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, 1984, Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados
“consummação do seculo” – Padre António Pereira de Figueiredo, 1900
“encerramento da era” – Revised Standard Version, tanto na edição protestante como na católica.
“fim da era” – The New English Bible
“tempo… de tudo acabar” – Nova Tradução na Linguagem de Hoje
Assim, para muitos comentadores bíblicos, esta expressão permite conceber um fim definitivo para o planeta Terra, junto com todo o seu conteúdo. Em contraste, para vários outros, o que realmente chegará ao fim é uma “era” e não a terra literal e seus habitantes, visto que aión é diferente de kósmos, palavra que em geral designa o mundo da humanidade. Também, as palavras “conclusão”, “consumação” ou “terminação” são traduções mais precisas da palavra grega syntéleia, que é diferente de telos, usualmente traduzida por fim ou fim completo.
Alguns cristãos no Século I d.C. acreditavam que o fim do mundo ou das eras, como consequência da segunda vinda de Cristo, ocorreria durante as suas vidas. À base dos conselhos que o Apóstolo Paulo deu aos cristãos em Tessalônica, percebe-se que alguns argumentavam que a volta de Jesus era iminente e que tais especuladores pregavam ativamente essa sua teoria. Parece que alguns até mesmo usavam isso como desculpa para não trabalhar para o seu próprio sustento. O Apóstolo Paulo alertou então:
“Agora, irmãos, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e ao nosso encontro com ele, pedimos a vocês o seguinte: não se deixem perturbar tão facilmente! Nem se assustem, como se o Dia do Senhor estivesse para chegar logo, mesmo que isso esteja sendo veiculado por alguma suposta inspiração, palavra, ou carta atribuída a nós.” (2 Tessalonicenses 2:1,2) – Redação IntraText – Bíblia Pastoral da Editora São Paulo, 1993
No entanto, alguns anos mais tarde, a carta atribuída ao Apóstolo Pedro, continha o seguinte alerta:
“Amados, esta é, agora, a segunda epístola que vos escrevo; em ambas, procuro despertar com lembranças a vossa mente esclarecida, para que vos recordeis das palavras que, anteriormente, foram ditas pelos santos profetas, bem como do mandamento do Senhor e Salvador, ensinado pelos vossos apóstolos, tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.” (2 Pedro 3:1-4) – Almeida, Versão Revista e Atualizada
As palavras concludentes do último livro da Bíblia, Revelação ou Apocalipse, expressam a esperança cristã da vinda de Cristo e da consequente consumação dos tempos, com as seguintes palavras:
“Aquele que atesta essas coisas, diz: ‘Sim! Venho muito em breve.’ Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Apocalipse 22:20) – Bíblia de Jerusalém, nova edição revista e ampliada, 2002
Com base nesta esperança do segundo advento de Jesus Cristo, várias denominações cristãs vieram a desenvolver os seus conceitos, sendo que alguns deles são divergentes, conforme se poderá observar na análise comparativa das suas doutrinas.
CATOLICISMO
Em
130 d.C. Justino, o Mártir acreditava que Deus estaria a atrasar o fim
do mundo porque desejava que o Cristianismo se tornasse uma religião
mundial. Por volta do Século III a maioria dos professos cristãos
acreditava que o fim dos tempos ocorreria depois de suas mortes. Em 250
d.C. Cipriano, Bispo de Cartago, escreveu que os pecados dos cristãos
eram um prelúdio e prova de que o fim dos tempos estava próximo. Alguns,
recorrendo às Tradições Judaicas, fixaram o fim das eras na Sexta
Idade do Mundo. Usando este sistema, o fim foi anunciado para 202 d.C.
mas, quando esta data passou, foi fixada uma nova data. Na época de
Clóvis I, considerado o fundador da França e que se converteu ao
catolicismo após ser entronizado como rei em 481 d.C., alguns
escritores católicos haviam apresentado a idéia de que o ano 500 d.C
marcaria o fim do mundo. Depois de 500 d.C., a importância e a
expectativa da vinda do fim do mundo ou das eras como parte dos
fundamentos do Cristianismo foi marginalizada e gradualmente
abandonada. Apesar disso, surgiu um temporário reavivamento dos temores
relacionados com o fim dos tempos com a aproximação do milésimo ano do
nascimento de Cristo. Muitos acreditavam na iminência do fim do mundo
ao se aproximar o ano 1000. Segundo consta, as atividades artísticas e
culturais nos mosteiros da Europa praticamente cessaram. Eric Russell
observou no seu livro Astrology and Prediction: “‘Em vista da
proximidade do fim do mundo’ era uma expressão muito comum nos
testamentos validados durante a segunda metade do Século X.”
Para muitos católicos hoje em dia, expressões tais como “Juízo Final”, “Dia do Juízo” ou “fim do mundo” suscitam visões dum ajuste de contas final e da destruição da Terra. Sob o cabeçalho “Fim do Mundo”, o conceituado Dictionnaire de Théologie Catholique (Dicionário de Teologia Católica), declara: “A Igreja Católica crê e ensina que o mundo atual, assim como Deus o fez e assim como é, não durará para sempre. Todas as criaturas visíveis feitas por Deus no decorrer das eras[...] deixarão de existir e serão transformadas numa nova criação.” Também, o católico Dictionary of Biblical Theology (Dicionário de Teologia Bíblica) exalta a criação como “a bondade de Deus”, e, como “uma verdadeira obra de arte”, mas prossegue descrevendo como os elementos literais, físicos, experimentarão uma “total inversão, mediante uma súbita volta ao caos”.
No entanto, muitos outros católicos rejeitam a idéia do “fim do mundo”, sendo que para eles, a expressão apenas indica um estado de mudança das atuais condições do mundo para condições novas, tal como o mundo já teria sofrido outras metamorfoses no passado. Interpretam a passagem do Evangelho de João, no capítulo 14, versículo 12: “Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai.” como um sinal de constante desenvolvimento e aperfeiçoamento infinito do homem.
Para muitos católicos hoje em dia, expressões tais como “Juízo Final”, “Dia do Juízo” ou “fim do mundo” suscitam visões dum ajuste de contas final e da destruição da Terra. Sob o cabeçalho “Fim do Mundo”, o conceituado Dictionnaire de Théologie Catholique (Dicionário de Teologia Católica), declara: “A Igreja Católica crê e ensina que o mundo atual, assim como Deus o fez e assim como é, não durará para sempre. Todas as criaturas visíveis feitas por Deus no decorrer das eras[...] deixarão de existir e serão transformadas numa nova criação.” Também, o católico Dictionary of Biblical Theology (Dicionário de Teologia Bíblica) exalta a criação como “a bondade de Deus”, e, como “uma verdadeira obra de arte”, mas prossegue descrevendo como os elementos literais, físicos, experimentarão uma “total inversão, mediante uma súbita volta ao caos”.
No entanto, muitos outros católicos rejeitam a idéia do “fim do mundo”, sendo que para eles, a expressão apenas indica um estado de mudança das atuais condições do mundo para condições novas, tal como o mundo já teria sofrido outras metamorfoses no passado. Interpretam a passagem do Evangelho de João, no capítulo 14, versículo 12: “Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai.” como um sinal de constante desenvolvimento e aperfeiçoamento infinito do homem.
Santos dos Últimos Dias / MORMON
Os
membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
acreditam que Jesus Cristo, O Criador, irá aparecer antes de sua
Segunda Vinda a líderes e membros da Igreja que viveram em várias eras.
Essa aparição ocorrerá em Jackson County, Missouri, Estados Unidos da
América. Posteriormente, na Segunda Vinda propriamente dita, se
estabelecerá em Jerusalém e dirigirá uma era de mil anos de paz chamada
de Milênio, quando Satanás irá ser banido. No fim do Milênio, Satanás
irá ser solto e a terra entrará em uma guerra, a qual irá destruir o
mundo inicialmente com fogo, limpando a terra do mal. Todos os membros
fiéis da igreja serão salvos da destruição, mas cada homem ou mulher
que já viveu na Terra, vivo ou morto, será ressuscitado, ou posto em um
estado de imortalidade.
O Julgamento Final que irá ocorrer no final de tudo, irá separar todas as pessoas em três reinos divinos: o Reino Celestial, o Reino Terrestre, e o Reino Telestial. No livro Doutrina e Convenios, Joseph Smith Jr., autor principal do livro e o primeiro profeta, líder e vidente da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, classificou estes reinos em níveis de glória; sol, a lua, e as estrelas. O sol dá origem a brilho, e se relaciona a glória do reino celestial, o qual é para aqueles que obedecem a todos os mandamentos, vivem de forma justa, e foram batizados e casados em um templo da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. A lua, o segundo em ordem de brilho, se relaciona com o Reino Terrestre, o qual é para aqueles que foram corretos em certo sentido, mas não obedeceram constantemente a cada mandamento e/ou não foram batizados ou casados no templo. As estrelas, sendo as menos brilhantes, se relacionam ao Reino Telestial, para aqueles que não foram corretos, significando aqueles que constantemente não obedeceram aos mandamentos e não foram batizados ou casados no templo. Um pequeno grupo de pessoas, as quais ele chama Saídos das Trevas, irão para onde Satanás foi enviado após o Pai Celestial o ter expulsado do céu. Uma destas pessoas foi Caim, do relato de Caim e Abel no livro do Gênesis.
O Julgamento Final que irá ocorrer no final de tudo, irá separar todas as pessoas em três reinos divinos: o Reino Celestial, o Reino Terrestre, e o Reino Telestial. No livro Doutrina e Convenios, Joseph Smith Jr., autor principal do livro e o primeiro profeta, líder e vidente da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, classificou estes reinos em níveis de glória; sol, a lua, e as estrelas. O sol dá origem a brilho, e se relaciona a glória do reino celestial, o qual é para aqueles que obedecem a todos os mandamentos, vivem de forma justa, e foram batizados e casados em um templo da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. A lua, o segundo em ordem de brilho, se relaciona com o Reino Terrestre, o qual é para aqueles que foram corretos em certo sentido, mas não obedeceram constantemente a cada mandamento e/ou não foram batizados ou casados no templo. As estrelas, sendo as menos brilhantes, se relacionam ao Reino Telestial, para aqueles que não foram corretos, significando aqueles que constantemente não obedeceram aos mandamentos e não foram batizados ou casados no templo. Um pequeno grupo de pessoas, as quais ele chama Saídos das Trevas, irão para onde Satanás foi enviado após o Pai Celestial o ter expulsado do céu. Uma destas pessoas foi Caim, do relato de Caim e Abel no livro do Gênesis.
Testemunhas de Jeová
As
Testemunhas de Jeová acreditam que a Terra jamais será destruída,
segundo o que entendem de versículos bíblicos tais como Eclesiastes 1:4,
Isaías 45:18 e Salmos 37:29. Ensinam que o propósito de Deus é que o
planeta se encha de humanos e que, portanto, a expressão “fim do mundo”,
ou “fim do sistema de coisas” conforme a versão da Bíblia que usam e
todas as outras versões da Bíblia ; refere-se à ocasião em que Deus,
através do seu Filho Jesus Cristo, estabelecerá um reino ou governo
global, eliminado todos os outros governos humanos.
Cristianismo Ortodoxo
A
doutrina do cristianismo sofreu variações pelo tempo. Desde os tempos
do Antigo Testamento, que o povo judeu ouvia dos profetas que haveria ,
em um futuro, ou um fim de todos os males, em que Deus castigaria os
injustos. já no Novo Testamento, Jesus mesmo faz menção deste tempo
(kairoi). Ou seja, haveria um (eschaton-kairos)..
Diferenças na interpretação, tem se dividido entre os evangélicos estudiosos. Isto se deu bem no tempo de Jesus Mt 16.1-4, de Paulo At 17.17,18. Segundo Bultmann, Jesus esteve de acordo com os escribas de seu tempo, em observar a lei. Mt 19.16-22.
Desde o primeiro século dominou-se entre os apóstolos o desejo de entender o antigo testamento. Contudo o método alegórico eram praticados por Clemente de Alexandria, Orígenes e São Agostinho.
Já na escola de Antioquia, havia grupos que tentaram evitar o letrismo e a alegoria que havia em Alexandria.
No seculo XII, sugiu Nicolau de Lyra que trouxe um significado importante do literal. Foi desta obra que Lutero se abrilhantou, e muitos creem que foi esta obra que influenciou-o a reforma (século XVI). Dai surgiu Calvino, e com ele surgiu grandes princípios para a interpretação moderna. Foi dentro desta época que surgiram várias escolas especializadas em “escatologia”, cada uma com suas interpretações:
Diferenças na interpretação, tem se dividido entre os evangélicos estudiosos. Isto se deu bem no tempo de Jesus Mt 16.1-4, de Paulo At 17.17,18. Segundo Bultmann, Jesus esteve de acordo com os escribas de seu tempo, em observar a lei. Mt 19.16-22.
Desde o primeiro século dominou-se entre os apóstolos o desejo de entender o antigo testamento. Contudo o método alegórico eram praticados por Clemente de Alexandria, Orígenes e São Agostinho.
Já na escola de Antioquia, havia grupos que tentaram evitar o letrismo e a alegoria que havia em Alexandria.
No seculo XII, sugiu Nicolau de Lyra que trouxe um significado importante do literal. Foi desta obra que Lutero se abrilhantou, e muitos creem que foi esta obra que influenciou-o a reforma (século XVI). Dai surgiu Calvino, e com ele surgiu grandes princípios para a interpretação moderna. Foi dentro desta época que surgiram várias escolas especializadas em “escatologia”, cada uma com suas interpretações:
Pré-milenismo
Crêem que Jesus arrebatará a sua igreja antes dos mil anos, e após o arrebatamento a terra passará pelo período da grande tribulação em que os judeus vão ser duramente perseguidos junto com os remanescentes que ficarem. Esta posição foi adotada por Agostinho, despopularizado em tempos futuros e revitalizado coma volta dos judeus a terra da palestina. Atualmente esta escola se tornou sinônimo do dispensacionalismo, revitalizado. Há ainda uma discordância entre pre-milenistas clássicos, e, os dispensacionalistas. A principio a Igreja primitiva cria no milênio, mas de forma não sistemática, hoje esta doutrina é conhecida como pré-milenismo histórico.
Crêem que Jesus arrebatará a sua igreja antes dos mil anos, e após o arrebatamento a terra passará pelo período da grande tribulação em que os judeus vão ser duramente perseguidos junto com os remanescentes que ficarem. Esta posição foi adotada por Agostinho, despopularizado em tempos futuros e revitalizado coma volta dos judeus a terra da palestina. Atualmente esta escola se tornou sinônimo do dispensacionalismo, revitalizado. Há ainda uma discordância entre pre-milenistas clássicos, e, os dispensacionalistas. A principio a Igreja primitiva cria no milênio, mas de forma não sistemática, hoje esta doutrina é conhecida como pré-milenismo histórico.
Pós-milenismo
Crêem que através da evangelização, o mundo finalmente será de Cristo. Cristo voltará a terra no fim do milênio.
Crêem que através da evangelização, o mundo finalmente será de Cristo. Cristo voltará a terra no fim do milênio.
Amilenismo
Aqui o milênio é simbólico, e o tempo se refere a primeira e a segunda vinda de Cristo, nada aqui é literal. E a escola mais recente que surgiu logo apos o pós-milenismo.Tendo surgido a mais ou menos 150 anos.
Aqui o milênio é simbólico, e o tempo se refere a primeira e a segunda vinda de Cristo, nada aqui é literal. E a escola mais recente que surgiu logo apos o pós-milenismo.Tendo surgido a mais ou menos 150 anos.
JUDAÍSMO
No
Judaísmo, o fim do mundo é chamado de acharit hayamim (fim dos dias).
Eventos tumultuosos abalarão a velha ordem do mundo, criando uma nova
ordem na qual Deus é universalmente reconhecido como a nova lei que
organiza tudo e todos. Uma das sagas do Talmud diz “Deixe o fim dos dias
chegar, mas eu não devo estar vivo para presenciá-lo”, porque os vivos
na ocasião serão submetidos a tais conflitos e sofrimentos.
O Talmud, no folheto Avodah Zarah, página 9A, estabelece que o mundo como o conhecemos somente irá existir por seis mil anos. O calendário judaico tem seu início determinado pela hipótese que o tempo começou na Criação do mundo por Deus, conforme relatado no Gênesis. Muitas pessoas (nomeadamente judeus conservadores e alguns cristãos) acreditam que os anos da Torah, ou Bíblia Judaica, devem ser considerados simbólicos. De acordo com antigos ensinamentos judaicos, atualmente ministrados por judeus ortodoxos, os anos relatados são consistentes com a passagem das eras, com 24 horas por dia e uma média de 365 dias por ano. Tal conclusão foi alcançada após realizarem-se as apropriadas calibrações, considerando a incongruência entre o calendário lunar e o calendário solar, já que o calendário judaico é baseado em ambos. O ano de 2006 equivale, assim, a 5766 anos desde a Criação, no calendário judaico. Portanto, de acordo com o cálculo, o fim do mundo, pelos preceitos judaicos, ocorrerá em 30 de setembro de 2239.
De acordo com essa tradição, o fim do mundo irá presenciar os seguintes eventos:
O Talmud, no folheto Avodah Zarah, página 9A, estabelece que o mundo como o conhecemos somente irá existir por seis mil anos. O calendário judaico tem seu início determinado pela hipótese que o tempo começou na Criação do mundo por Deus, conforme relatado no Gênesis. Muitas pessoas (nomeadamente judeus conservadores e alguns cristãos) acreditam que os anos da Torah, ou Bíblia Judaica, devem ser considerados simbólicos. De acordo com antigos ensinamentos judaicos, atualmente ministrados por judeus ortodoxos, os anos relatados são consistentes com a passagem das eras, com 24 horas por dia e uma média de 365 dias por ano. Tal conclusão foi alcançada após realizarem-se as apropriadas calibrações, considerando a incongruência entre o calendário lunar e o calendário solar, já que o calendário judaico é baseado em ambos. O ano de 2006 equivale, assim, a 5766 anos desde a Criação, no calendário judaico. Portanto, de acordo com o cálculo, o fim do mundo, pelos preceitos judaicos, ocorrerá em 30 de setembro de 2239.
De acordo com essa tradição, o fim do mundo irá presenciar os seguintes eventos:
- Reunião dos judeus exilados na terra geográfica de Israel .
- Derrota de todos os inimigos de Israel.
- Construção do terceiro Templo de Jerusalém e a restauração dos sacrifícios e serviços nele.
- Revitalização dos mortos ou ressurreição.
- Naquele momento, o Messias judeu se tornará o monarca ungido de Israel. Ele dividirá as tribos de Israel nas porções de terra originais. Durante o período, Gogue, rei de Magogue, atacará Israel – desconhece-se quem é Gogue e qual é a nação Magogue. Magogue travará uma grande batalha, na qual muitos morrerão de ambos os lados. Mas Deus intervirá e salvará os judeus. Esta é a batalha designada como Armagedom. Deus, tendo eliminado este inimigo final para sempre, irá conseqüentemente banir todo mal da existência humana.
Depois
do ano 6000 (no calendário judeu), o sétimo milênio será uma era de
santidade, tranqüilidade, vida espiritual e paz mundial, conhecida como o
Olam Haba (mundo futuro), durante o qual todas as pessoas conhecerão a
Deus diretamente. A festividade judaica do Rosh Hashanah tem muitos
aspectos em comum com a crença islâmica de Qiyamah.
No Judaísmo, contudo, o relato do fim dos dias é muito pouco claro, sem se referir a quando tais eventos ocorrerão. Por exemplo, não se esclarece com precisão se o fim dos dias irá ocorrer antes, durante ou depois do ano 6000. Muito depende da forma como se interpreta a lei judaica. Alguns também afirmam que estes eventos tumultuados trarão dificuldades espirituais, tais como a imortalidade.
No Judaísmo, contudo, o relato do fim dos dias é muito pouco claro, sem se referir a quando tais eventos ocorrerão. Por exemplo, não se esclarece com precisão se o fim dos dias irá ocorrer antes, durante ou depois do ano 6000. Muito depende da forma como se interpreta a lei judaica. Alguns também afirmam que estes eventos tumultuados trarão dificuldades espirituais, tais como a imortalidade.
A CRIAÇÃO
MENOS ACEITA
O
Design inteligente (Desenho Inteligente ou Projeto Inteligente, em
inglês Intelligent Design) é a assertação de que “certas características
do universo e dos seres vivos são mais bem explicadas por uma causa
inteligente, e não por um processo não-direcionado como a seleção
natural”. Ele é uma forma moderna do tradicional argumento teleológico
para a existência de Deus, modificado para evitar especificações sobre a
natureza ou identidade do criador. A idéia foi desenvolvida por um
grupo de criacionistas americanos que reformularam o argumento em face à
controvérsia da criação vs. evolução para contornar uma decisão
judicial americana proibindo o ensino de criacionismo como ciência. Seus
principais defensores, todos eles associados ao Discovery Institute,
baseado nos Estados Unidos, acreditam que o criador é o Deus do
cristianismo. Segundo eles, sua pesquisa é análoga à de detetives que,
diante de uma pessoa morta, buscam sinais de que aquele evento não foi
acidental (ou que isto é muito improvável), indicando que há um
assassino. Os pesquisadores buscam no mundo natural (e principalmente em
estruturas biológicas) sinais de planejamento, funcionalidade e
propósito. Assim como os detetives podem investigar se há ou não um
criminoso sem saber quem ele é, os pesquisadores alegam que poderiam
dizer que há uma criação sem saber dados adicionais sobre o criador. A
pesquisa se foca nas evidências biológicas e não nas conseqüências das
descobertas. Defensores da criação inteligente alegam que ela seja uma
teoria científica, e buscam fundamentalmente redefinir a ciência para
que a mesma aceite explicações sobrenaturais.
O consenso da comunidade científica é de que a criação inteligente não é ciência, mas na verdade pseudociência. A Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos já declarou que o “criacionismo, design inteligente e outras alegações de intervenção sobrenatural na origem da vida” não são ciências porque elas não podem ser testadas por métodos científicos. A Associação de Professores de Ciências dos Estados Unidos e a Associação Americana para o Avanço da Ciência a classificaram como pseudociência. Outros na comunidade científica concordaram com a classificação, e alguns já a classificaram como ciência-lixo.
O termo “criação inteligente” originou-se em resposta a decisão judicial de 1987 da Suprema Corte Americana no caso Edwards v. Aguilard que envolveu a separação da igreja e do estado. Seu primeiro uso significativo em publicações foi em “Of Pandas and People” (Sobre Pandas e Pessoas), um livro didático de 1989 publicado com a intenção de ser usado em aulas de biologia do ensino médio. Vários livros adicionais sobre a criação inteligente foram publicados nos anos de 1990. Na metade da década de 1990, defensores da teoria começaram a se aglomerar ao redor do Discovery Institute e a defender mais publicamente sua inclusão no currículo da escola pública. Com o Discovery Institute e seu “Center for Science and Culture” (Centro para Ciência e Cultura) servindo como alicerce central no planejamento e financiamento, o “movimento da criação inteligente” cresceu significativamente em publicidade no final da década de 1990 e no início de 2000, culminando no “julgamento de Dover”, em 2005, que contestou o ensino intencional da criação inteligente em salas de ciências do sistema público de ensino.
No caso Kitzmiller v. Dover Area School District, um grupo de pais de estudantes do ensino médio contestaram a exigência de um distrito escolar público para que professores apresentassem a criação inteligente em aulas de biologia como uma “explicação alternativa para a origem da vida”. O Juiz Distrital Americano John E. Jones III sentenciou que a criação inteligente não é ciência, e que “não pode se desacoplar de seus antecedentes criacionistas, e consequentemente religiosos” e concluiu que a promoção da ideia da criação inteligente realizada pelo distrito escolar violava a Cláusula de Estabelecimento da Primeira emenda da constituição dos Estados Unidos da América.
O termo “design inteligente” começou a ser usado após a sentença de 1987 da Suprema Corte Americana no caso Edwards v. Aguillard que decidiu que a exigência de ensinar a “Ciência da Criação” ao lado da evolução era uma violação da Cláusula de Estabelecimento, que proíbe a ajuda estatal à religião. No caso Edwards, a Suprema Corte também havia decidido que “ensinar uma variedade de teorias científicas sobre as origens da humanidade para estudantes pode ser validamente feito com a clara intenção secular de melhorar a efetividade da instrução científica”. Em esboços do livro didático de ciência criacionista “Of Pandas and People”, praticamente todas as derivações da palavra “criação”, como “criacionismo”, foram substituídas com as palavras “design inteligente”. O livro foi publicado em 1989, seguido por uma campanha promovendo-o para ser usado no ensino do design inteligente em classes de biologia do ensino médio do sistema público.
A mesma sentença judicial da Suprema Corte influenciou o jurista aposentado Phillip E. Johnson, em seu livro de 1991 “Darwin on Trial” (Darwin no banco dos réus), a defender a redefinição da ciência para que a mesma permitisse alegações de criação sobrenatural. Um grupo incluindo Michael Behe, Stephen C. Meyer e William Dembski juntou-se a Johnson com o objetivo de derrubar o naturalismo metodológico do método científico (que ele descreveu como “materialismo”) e o substituí-lo com o “realismo teísta” através do que foi subsequentemente chamado de “estratégia da cunha” (wedge strategy). Behe contribuiu para a revisão de 1993 do livro “Of Pandas and People”, criando os alicerces das idéias que ele posteriormente nomearia de “complexidade Irredutível”. Em 1994 Meyer contatou o Discovery Institute, e no ano seguinte eles obtiveram financiamento para criar o Centro para a Renovação da Ciência e Cultura, com o propósito de promover a busca do movimento do design inteligente por apoio político e público para o ensino do “design inteligente” como uma alternativa a evolução baseada na criação, particularmente nos Estados Unidos.
O design inteligente é apresentado como uma alternativa às explicações naturais para a origem e diversidade da vida. Ela se situa em oposição à ciência biológica convencional, que depende do método científico para explicar a vida através de processos observáveis como mutações e a seleção natural. O propósito declarado do design inteligente é o de investigar se as evidências empíricas existentes implicam ou não que a vida na Terra precisou ser concebida por um agente ou agentes inteligentes. William Dembski, um dos principais defensores do design inteligente, já afirmou que a alegação fundamental do design inteligente é que “existem sistemas naturais que não podem ser adequadamente explicados em termos de forças naturais não-direcionais e que exibem características que em qualquer outra circunstância nós atribuiríamos à inteligência.” No manifesto do Discovery Institute que vazou para a mídia e ficou conhecido como o “Documento da Cunha” (Wedge Document), entretanto, era dito aos defensores do movimento que:
O consenso da comunidade científica é de que a criação inteligente não é ciência, mas na verdade pseudociência. A Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos já declarou que o “criacionismo, design inteligente e outras alegações de intervenção sobrenatural na origem da vida” não são ciências porque elas não podem ser testadas por métodos científicos. A Associação de Professores de Ciências dos Estados Unidos e a Associação Americana para o Avanço da Ciência a classificaram como pseudociência. Outros na comunidade científica concordaram com a classificação, e alguns já a classificaram como ciência-lixo.
O termo “criação inteligente” originou-se em resposta a decisão judicial de 1987 da Suprema Corte Americana no caso Edwards v. Aguilard que envolveu a separação da igreja e do estado. Seu primeiro uso significativo em publicações foi em “Of Pandas and People” (Sobre Pandas e Pessoas), um livro didático de 1989 publicado com a intenção de ser usado em aulas de biologia do ensino médio. Vários livros adicionais sobre a criação inteligente foram publicados nos anos de 1990. Na metade da década de 1990, defensores da teoria começaram a se aglomerar ao redor do Discovery Institute e a defender mais publicamente sua inclusão no currículo da escola pública. Com o Discovery Institute e seu “Center for Science and Culture” (Centro para Ciência e Cultura) servindo como alicerce central no planejamento e financiamento, o “movimento da criação inteligente” cresceu significativamente em publicidade no final da década de 1990 e no início de 2000, culminando no “julgamento de Dover”, em 2005, que contestou o ensino intencional da criação inteligente em salas de ciências do sistema público de ensino.
No caso Kitzmiller v. Dover Area School District, um grupo de pais de estudantes do ensino médio contestaram a exigência de um distrito escolar público para que professores apresentassem a criação inteligente em aulas de biologia como uma “explicação alternativa para a origem da vida”. O Juiz Distrital Americano John E. Jones III sentenciou que a criação inteligente não é ciência, e que “não pode se desacoplar de seus antecedentes criacionistas, e consequentemente religiosos” e concluiu que a promoção da ideia da criação inteligente realizada pelo distrito escolar violava a Cláusula de Estabelecimento da Primeira emenda da constituição dos Estados Unidos da América.
O termo “design inteligente” começou a ser usado após a sentença de 1987 da Suprema Corte Americana no caso Edwards v. Aguillard que decidiu que a exigência de ensinar a “Ciência da Criação” ao lado da evolução era uma violação da Cláusula de Estabelecimento, que proíbe a ajuda estatal à religião. No caso Edwards, a Suprema Corte também havia decidido que “ensinar uma variedade de teorias científicas sobre as origens da humanidade para estudantes pode ser validamente feito com a clara intenção secular de melhorar a efetividade da instrução científica”. Em esboços do livro didático de ciência criacionista “Of Pandas and People”, praticamente todas as derivações da palavra “criação”, como “criacionismo”, foram substituídas com as palavras “design inteligente”. O livro foi publicado em 1989, seguido por uma campanha promovendo-o para ser usado no ensino do design inteligente em classes de biologia do ensino médio do sistema público.
A mesma sentença judicial da Suprema Corte influenciou o jurista aposentado Phillip E. Johnson, em seu livro de 1991 “Darwin on Trial” (Darwin no banco dos réus), a defender a redefinição da ciência para que a mesma permitisse alegações de criação sobrenatural. Um grupo incluindo Michael Behe, Stephen C. Meyer e William Dembski juntou-se a Johnson com o objetivo de derrubar o naturalismo metodológico do método científico (que ele descreveu como “materialismo”) e o substituí-lo com o “realismo teísta” através do que foi subsequentemente chamado de “estratégia da cunha” (wedge strategy). Behe contribuiu para a revisão de 1993 do livro “Of Pandas and People”, criando os alicerces das idéias que ele posteriormente nomearia de “complexidade Irredutível”. Em 1994 Meyer contatou o Discovery Institute, e no ano seguinte eles obtiveram financiamento para criar o Centro para a Renovação da Ciência e Cultura, com o propósito de promover a busca do movimento do design inteligente por apoio político e público para o ensino do “design inteligente” como uma alternativa a evolução baseada na criação, particularmente nos Estados Unidos.
O design inteligente é apresentado como uma alternativa às explicações naturais para a origem e diversidade da vida. Ela se situa em oposição à ciência biológica convencional, que depende do método científico para explicar a vida através de processos observáveis como mutações e a seleção natural. O propósito declarado do design inteligente é o de investigar se as evidências empíricas existentes implicam ou não que a vida na Terra precisou ser concebida por um agente ou agentes inteligentes. William Dembski, um dos principais defensores do design inteligente, já afirmou que a alegação fundamental do design inteligente é que “existem sistemas naturais que não podem ser adequadamente explicados em termos de forças naturais não-direcionais e que exibem características que em qualquer outra circunstância nós atribuiríamos à inteligência.” No manifesto do Discovery Institute que vazou para a mídia e ficou conhecido como o “Documento da Cunha” (Wedge Document), entretanto, era dito aos defensores do movimento que:
“Nós
estamos crescendo nesse momentum, aumentando a cunha com uma
alternativa científica positiva às teorias científicas materialistas,
que veio a ser conhecida como a teoria do design inteligente. A teoria
do Design promete reverter a dominância sufocante da visão de mundo
materialista, e a substituí-la com uma ciência consoante a convicções
teístas e cristãs.”
Defensores
do Design Inteligente procuram por evidências do que eles chamam de
“sinais de inteligência”: propriedades físicas de um objeto que apontam
para um projetista (designer) (veja: argumento teleológico). Por
exemplo, defensores do design inteligente argumentam que um arqueólogo
que encontra uma estátua feita de pedra em um campo pode
justificavelmente concluir que a estátua foi projetada, e pode
sensatamente tentar identificar o conceptor. O arqueólogo não estaria,
entretanto, justificado ao fazer a mesma alegação baseado em um
pedregulho irregular do mesmo tamanho. Defensores do design inteligente
argumentam que sistemas vivos apresentam grande complexidade, a partir
do que eles podem inferir que alguns aspectos da vida são projetados.
Eles também afirmam que embora as evidências que possam apontar para a natureza de uma “causa ou agente inteligente” possam não ser diretamente observadas, seus efeitos na natureza podem ser detectados. Dembski, em seu livro “Signs of Intelligence” (Sinais de inteligência), afirma: “Defensores do design inteligente consideram-no como um programa de pesquisa científica que investiga os efeitos de causas inteligentes… e não causas inteligentes per se”. Em sua opinião, ninguém pode testar a identidade de influências exteriores a um sistema fechado, de dentro do sistema fechado, logo questão relacionadas à identidade do designer caem fora do âmbito do conceito. Em 20 anos desde que o design inteligente foi formulado, nenhum teste rigoroso que possa identificar os alegados efeitos foi proposto. Nenhum artigo apoiando o design inteligente já foi publicado em periódicos científicos revisados por pares, e nem o design inteligente já foi o sujeito de estudo de qualquer pesquisa ou estudo científico.
Eles também afirmam que embora as evidências que possam apontar para a natureza de uma “causa ou agente inteligente” possam não ser diretamente observadas, seus efeitos na natureza podem ser detectados. Dembski, em seu livro “Signs of Intelligence” (Sinais de inteligência), afirma: “Defensores do design inteligente consideram-no como um programa de pesquisa científica que investiga os efeitos de causas inteligentes… e não causas inteligentes per se”. Em sua opinião, ninguém pode testar a identidade de influências exteriores a um sistema fechado, de dentro do sistema fechado, logo questão relacionadas à identidade do designer caem fora do âmbito do conceito. Em 20 anos desde que o design inteligente foi formulado, nenhum teste rigoroso que possa identificar os alegados efeitos foi proposto. Nenhum artigo apoiando o design inteligente já foi publicado em periódicos científicos revisados por pares, e nem o design inteligente já foi o sujeito de estudo de qualquer pesquisa ou estudo científico.
CONCEITOS INTEGRAIS
Complexidade Irredutível
O
termo “complexidade irredutível” foi introduzido pelo bioquímico
Michael Behe, que o define como “um sistema único composto de várias
partes compatíveis que interagem entre si e que contribuem para sua
função básica, onde a remoção de uma das partes faria com que o sistema
efetivamente cessasse de funcionar”.
Behe usa a analogia de uma ratoeira para ilustrar esse conceito. Uma ratoeira consiste de vários pedaços integrantes – a base, o pegador, a mola e o martelo – partes que precisam estar no lugar para que a ratoeira funcione. A remoção de qualquer um dos pedaços destrói a função da ratoeira. Defensores do design inteligente afirmam que a seleção natural não poderia criar sistemas irredutivelmente complexos, porque a função seletiva só está presente quando todas as partes estão montadas juntas. Behe argumenta que mecanismos biológicos irredutivelmente complexos incluem o flagelo bacteriano da E.coli, a cascata da coagulação do sangue, o cílio, e o sistema imune adaptativo.
Críticos apontam que o argumento da complexidade irredutível assume que as partes necessárias do sistema sempre foram necessárias e consequentemente não poderiam ter sido adicionadas sequencialmente. Argumenta-se que algumas partes que são inicialmente só um pouco vantajosas podem posteriormente se tornar necessárias à medida que outros componentes mudam. Além disso, eles argumentam, a evolução frequentemente procede alternando partes preexistentes ou as removendo do sistema, ao invés de sempre adicioná-las . Isso é algumas vezes chamado de “objeção do andaime”, criando uma analogia com andaimes, que podem suportar um prédio “irredutivelmente complexo” até que o mesmo seja completado e possa sustentar a si mesmo. Behe admitiu, ter usado uma “prosa irregular”, e que seu “argumento contra o Darwinismo não se sustenta à prova lógica”. A complexidade irredutível permanece um argumento popular entre defensores do design inteligente; no julgamento de Dover, a corte decidiu que “A alegação do Professor Behe para a complexidade irredutível foi refutada em artigos de pesquisa revisados por pares e foi rejeitado pela comunidade científica em geral”.
Behe usa a analogia de uma ratoeira para ilustrar esse conceito. Uma ratoeira consiste de vários pedaços integrantes – a base, o pegador, a mola e o martelo – partes que precisam estar no lugar para que a ratoeira funcione. A remoção de qualquer um dos pedaços destrói a função da ratoeira. Defensores do design inteligente afirmam que a seleção natural não poderia criar sistemas irredutivelmente complexos, porque a função seletiva só está presente quando todas as partes estão montadas juntas. Behe argumenta que mecanismos biológicos irredutivelmente complexos incluem o flagelo bacteriano da E.coli, a cascata da coagulação do sangue, o cílio, e o sistema imune adaptativo.
Críticos apontam que o argumento da complexidade irredutível assume que as partes necessárias do sistema sempre foram necessárias e consequentemente não poderiam ter sido adicionadas sequencialmente. Argumenta-se que algumas partes que são inicialmente só um pouco vantajosas podem posteriormente se tornar necessárias à medida que outros componentes mudam. Além disso, eles argumentam, a evolução frequentemente procede alternando partes preexistentes ou as removendo do sistema, ao invés de sempre adicioná-las . Isso é algumas vezes chamado de “objeção do andaime”, criando uma analogia com andaimes, que podem suportar um prédio “irredutivelmente complexo” até que o mesmo seja completado e possa sustentar a si mesmo. Behe admitiu, ter usado uma “prosa irregular”, e que seu “argumento contra o Darwinismo não se sustenta à prova lógica”. A complexidade irredutível permanece um argumento popular entre defensores do design inteligente; no julgamento de Dover, a corte decidiu que “A alegação do Professor Behe para a complexidade irredutível foi refutada em artigos de pesquisa revisados por pares e foi rejeitado pela comunidade científica em geral”.
Complexidade especificada
Em
1986 o químico criacionista Charles Taxon usou o termo “complexidade
especificada”, proveniente da teoria da informação, quando alegava que
mensagens transmitidas pelo DNA na célula eram especificadas por uma
inteligência, logo originaram-se de um agente inteligente. O conceito de
“complexidade especificada” do design inteligente foi desenvolvido na
década de 1990 pelo matemático, filósofo, e teólogo William Dembski.
Dembski afirmava que quando alguma coisa exibia complexidade
especificada (ou seja, complexo e “especificado”, simultaneamente),
poderíamos inferir que ela foi produzida por uma causa inteligente (ou
seja, que foi projetada) ao invés de ser o resultado de processos
naturais. Ele fornece os seguintes exemplos: “Uma única letra do
alfabeto é especificada sem ser complexa. Uma sentença longa de letras
aleatória é complexa sem ser especificada. Um soneto shakespeariano é
tanto complexo quando especificado.”. Ele afirma que detalhes de seres
vivos podem ser similarmente caracterizados, especialmente os “padrões”
de seqüências moleculares em moléculas biológicas funcionais como o
DNA.
Dembski
define sua informação especificada complexa (IEC) como qualquer coisa
com menos de 1 em 10150 chance de ocorrer ao acaso (naturalmente).
Críticos afirmam que isso caracteriza o argumento como uma tautologia:
informação especificada complexa não pode ocorrer naturalmente porque
Dembski a definiu assim, logo a verdadeira questão foca-se em saber se
as IECs realmente existem na natureza ou não.
A solidez conceitual do argumento da complexidade especificada/IEC de Dembski é largamente desacreditada pelas comunidades científica e matemática. A complexidade especificada ainda não foi demonstrada como tendo vastas aplicações em outros ramos de estudo como alegado por Dembski. John Wilkins e Wesley Elsberry caracterizam o “filtro explanatório” de Dembski como eliminativo, porque ele elimina explicações sequencialmente: primeiro regularidade, depois acaso, e finalmente caindo em default para o design. Eles argumentam que esse procedimento é falho como um modelo de inferência científica porque a maneira assimétrica com que trata possíveis explicações diferentes o torna propenso a tirar falsas conclusões.
Richard Dawkins, outro crítico do design inteligente, argumenta em “Deus, um delírio” que permitir que um designer inteligente seja levado em conta para explicar a complexidade improvável somente adia o problema, uma vez que tal criador teria que ser pelo menos tão complexo quanto a coisa criada.
Outros cientistas também argumentaram que a evolução por meio da seleção natural é mais capacitada para explicar a complexidade observável, como é evidente pelo uso da evolução seletiva para projetar a eletrônica de certos sistemas automotivos e aeronáuticos que são considerados problemas complexos demais para os “designers inteligentes” humanos. Isto, apesar destes métodos usarem a inteligência humana para definir a aptidão dos resultados obtidos tornando o método teleológico, ou seja, com um proposito muito bem definido por um “designer inteligente”, análogo ao argumento teleológico.
A solidez conceitual do argumento da complexidade especificada/IEC de Dembski é largamente desacreditada pelas comunidades científica e matemática. A complexidade especificada ainda não foi demonstrada como tendo vastas aplicações em outros ramos de estudo como alegado por Dembski. John Wilkins e Wesley Elsberry caracterizam o “filtro explanatório” de Dembski como eliminativo, porque ele elimina explicações sequencialmente: primeiro regularidade, depois acaso, e finalmente caindo em default para o design. Eles argumentam que esse procedimento é falho como um modelo de inferência científica porque a maneira assimétrica com que trata possíveis explicações diferentes o torna propenso a tirar falsas conclusões.
Richard Dawkins, outro crítico do design inteligente, argumenta em “Deus, um delírio” que permitir que um designer inteligente seja levado em conta para explicar a complexidade improvável somente adia o problema, uma vez que tal criador teria que ser pelo menos tão complexo quanto a coisa criada.
Outros cientistas também argumentaram que a evolução por meio da seleção natural é mais capacitada para explicar a complexidade observável, como é evidente pelo uso da evolução seletiva para projetar a eletrônica de certos sistemas automotivos e aeronáuticos que são considerados problemas complexos demais para os “designers inteligentes” humanos. Isto, apesar destes métodos usarem a inteligência humana para definir a aptidão dos resultados obtidos tornando o método teleológico, ou seja, com um proposito muito bem definido por um “designer inteligente”, análogo ao argumento teleológico.
Universo bem afinado
Defensores
do design inteligente ocasionalmente propõem argumentos fora do ramo
da biologia, mais notavelmente um argumento baseado no conceito das
“constantes universais bem afinadas”, que tornam possíveis a existência
da matéria e da vida, e portanto alegando que as constantes não devem
ser solenemente atribuídas ao acaso (processos naturais). Essas incluem
os valores das constantes físicas fundamentais, a força relativa das
forças nucleares, o eletromagnetismo, a gravidade entre partículas
fundamentais, também como as taxas das massas de tais partículas.
Defensor do design inteligente e filiado do Centro para Ciência e
Cultura, Guillermo Gonzales argumenta que se qualquer um desses valores
fosse até minimamente diferente, o universo seria dramaticamente
diferente, tornando impossível a formação de muitos elementos químicos e
de estruturas características do Universo, como galáxias. Logo,
defensores argumentam, um designer inteligente da vida foi necessário
para garantir que as características específicas se dessem presentes,
caso contrário a vida seria, em termos práticos, impossível de ter
existido.
Embora a alegação seja perfeitamente viável para a filosofia (lógica) e pela matemática (probabilidade), a grande maioria dos cientistas responde a esse argumento apontando que o mesmo não pode ser testado e, consequentemente, não é cientificamente produtivo. Alguns cientistas argumentam que mesmo quando tomados como uma mera especulação, esses argumentos são parcamente suportados por evidências existentes. Victor J. Stenger e outros críticos afirmam que tanto o design inteligente quanto a forma fraca do princípio antrópico são essencialmente uma tautologia; em sua opinião, esses argumentos se sustentam na alegação de que a vida é capaz de existir porque o Universo é capaz de suportar vida. A alegação da improbabilidade de um universo que é capaz de suportar vida também foi criticada como sendo um argumento pela falta de imaginação por assumir que nenhuma outra forma de vida além da nossa é possível. A vida como conhecemos poderia não ter existido se as constantes fossem diferentes, mas uma forma de vida diferente poderia ter se formado no nosso lugar. No entanto, tal alegação, na mesma proporção da primeira, não possui uma única evidência e, de fato, todas as formas de vidas conhecidas são baseadas em carbono, tornando tal resposta pura especulação e, notadamente, “infalsiável”, daí não-científica. Um número de críticos também sugere que muitas das variáveis apontadas parecem ser bem interconectadas e que cálculos feitos por matemáticos e físicos sugerem que a emergência de um universo similar ao nosso é bem provável. O notável de tal alegação é que a mesma inter-relação entre muitas das variáveis apontadas também é utilizada pelos próprios defensores do Design Inteligente como uma evidência pelo design. Além disso, a teoria do multiverso é comumente defendida por cientistas (incluindo Stephen Hawking e Richard Dawkins) como uma possível explicação que refutaria a suposta necessidade de um Criador por trás do universo bem definido, alegando que a existência de vários universos além do nosso tornaria extremamente possível que num deles houvesse vida. Defensores do DI desconsideram esta hipótese alegando que esta proposta não só não é falsiável (daí não-científica), como também não possui nenhuma evidência que a suporte (ou seja, não passa de especulação imaginativa). Além do mais, levantaria a questão cosmológica de como estes universos teriam surgido (expressado na pergunta “o que/quem inventou a ‘máquina de produzir universos?’”), voltando ao problema das origens.
Defensor do design inteligente, Granville Sewell já afirmou que a evolução de formas complexas de vida representa uma diminuição da entropia, consequentemente violando a segunda lei da termodinâmica e apoiando o design inteligente. Isso, entretanto, é uma equivocação dos princípios da termodinâmica. A segunda lei da termodinâmica aplica-se a sistemas fechados somente. Se esse argumento fosse verdadeiro, seres vivos não conseguiriam crescer, já que isso também seria uma diminuição da entropia. Entretanto, como na evolução, o crescimento de seres vivos não viola a segunda lei da termodinâmica, porque seres vivos não são sistemas fechados – eles possuem uma fonte externa de energia (por exemplo, comida, oxigênio, luz do sol) cuja produção depende de um aumento liquido da entropia.
Embora a alegação seja perfeitamente viável para a filosofia (lógica) e pela matemática (probabilidade), a grande maioria dos cientistas responde a esse argumento apontando que o mesmo não pode ser testado e, consequentemente, não é cientificamente produtivo. Alguns cientistas argumentam que mesmo quando tomados como uma mera especulação, esses argumentos são parcamente suportados por evidências existentes. Victor J. Stenger e outros críticos afirmam que tanto o design inteligente quanto a forma fraca do princípio antrópico são essencialmente uma tautologia; em sua opinião, esses argumentos se sustentam na alegação de que a vida é capaz de existir porque o Universo é capaz de suportar vida. A alegação da improbabilidade de um universo que é capaz de suportar vida também foi criticada como sendo um argumento pela falta de imaginação por assumir que nenhuma outra forma de vida além da nossa é possível. A vida como conhecemos poderia não ter existido se as constantes fossem diferentes, mas uma forma de vida diferente poderia ter se formado no nosso lugar. No entanto, tal alegação, na mesma proporção da primeira, não possui uma única evidência e, de fato, todas as formas de vidas conhecidas são baseadas em carbono, tornando tal resposta pura especulação e, notadamente, “infalsiável”, daí não-científica. Um número de críticos também sugere que muitas das variáveis apontadas parecem ser bem interconectadas e que cálculos feitos por matemáticos e físicos sugerem que a emergência de um universo similar ao nosso é bem provável. O notável de tal alegação é que a mesma inter-relação entre muitas das variáveis apontadas também é utilizada pelos próprios defensores do Design Inteligente como uma evidência pelo design. Além disso, a teoria do multiverso é comumente defendida por cientistas (incluindo Stephen Hawking e Richard Dawkins) como uma possível explicação que refutaria a suposta necessidade de um Criador por trás do universo bem definido, alegando que a existência de vários universos além do nosso tornaria extremamente possível que num deles houvesse vida. Defensores do DI desconsideram esta hipótese alegando que esta proposta não só não é falsiável (daí não-científica), como também não possui nenhuma evidência que a suporte (ou seja, não passa de especulação imaginativa). Além do mais, levantaria a questão cosmológica de como estes universos teriam surgido (expressado na pergunta “o que/quem inventou a ‘máquina de produzir universos?’”), voltando ao problema das origens.
Defensor do design inteligente, Granville Sewell já afirmou que a evolução de formas complexas de vida representa uma diminuição da entropia, consequentemente violando a segunda lei da termodinâmica e apoiando o design inteligente. Isso, entretanto, é uma equivocação dos princípios da termodinâmica. A segunda lei da termodinâmica aplica-se a sistemas fechados somente. Se esse argumento fosse verdadeiro, seres vivos não conseguiriam crescer, já que isso também seria uma diminuição da entropia. Entretanto, como na evolução, o crescimento de seres vivos não viola a segunda lei da termodinâmica, porque seres vivos não são sistemas fechados – eles possuem uma fonte externa de energia (por exemplo, comida, oxigênio, luz do sol) cuja produção depende de um aumento liquido da entropia.
Criador inteligente
Argumentos
a favor do design inteligente são formulados em termos seculares e
intencionalmente evitam identificar o agente (ou agentes) que eles
positam. Embora não afirmem que Deus seja o criador, o criador é
frequentemente e implicitamente hipotetizado como tendo intervindo de
uma maneira que somente um deus poderia intervir. Dembski, em “The
Design Inference” (A Inferência do Design), especula que uma cultura
alienígena poderia preencher os requisitos de um designer. A descrição
autoritativa do design inteligente, entretanto, explicitamente afirma
que o universo demonstra características de ter sido projetado.
Reconhecendo o paradoxo, Dembski conclui que “nenhum agente inteligente
que é estritamente físico poderia ter presidido a origem do universo ou
a origem da vida”. Os principais defensores do design inteligente já
fizeram declarações de que eles acreditam que o designer seja o Deus
cristão, em contraste exclusão de todas as outras religiões.
Além do debate sobre se o design inteligente é ou não científico, um número de críticos chegam até a argumentar que a evidência existente torna a hipótese de um design bem improvável, independentemente de seu status no mundo científico. Por exemplo, Jerry Coyne, da Universidade de Chicago, pergunta por que um designer teria “nos dado os caminhos para a produção de vitamina C, mas então a destruído ao desativar uma de suas enzimas” e por que ele ou ela não iria “empilhar ilhas oceânicas com répteis, mamíferos, anfíbios e água fresca, apesar da adequação de tais ilhas para essas espécies”. Coyne também aponta o fato da “flora e a fauna dessas ilhas lembram as da terra continental mais próxima, mesmo quando os ambientes são bem diferentes” como evidência de que espécies não foram colocadas lá por um designer. Anteriormente, no livro A Caixa Preta de Darwin, Behe argumentou que nós somos simplesmente incapazes de entender os motivos do designer, logo tais questões não podem ser respondidas definitivamente. Criações estranhas poderiam, por exemplo, “ter sido colocadas lá por um designer… por razões artísticas, para se mostrar, por algum motivo prático ainda não determinado, ou por alguma razão desconhecida”. Coyne responde que, à luz da evidência, “ou a vida resultou não de um design inteligente, mas da evolução; ou o designer inteligente é um brincalhão cósmico que projeta tudo para que o mesmo pareça ter evoluído”.
Assertar a necessidade de um criador para a complexidade também levanta a seguinte questão de “Quem criou o criador?” Defensores do design inteligente afirmam que essa questão é irrelevante ou fora do escopo do design inteligente. Richard Wein contra-argumenta que as perguntas não respondidas que uma teoria cria “precisam ser balanceadas contra o aperfeiçoamento de nosso entendimento do que a explicação fornece”. Invocar um ser inexplicável para explicar a origem de outros seres (nós mesmos) não passa de petição de princípio. “A nova questão levantada pela explicação é tão problemática quanto a questão que a explicação pretende responder”. Richard Dawkins vê a assertação de que o designer não precisa ser explicado, não como uma contribuição ao conhecimento, mas como um “clichê exterminador de pensamento”. Na ausência de evidências observáveis e mensuráveis, a própria questão “Quem criou o criador?” leva a uma regressão infinita de onde defensores do design inteligente só podem escapar ao recorrer ao criacionismo religioso ou à contradição lógica.
Além do debate sobre se o design inteligente é ou não científico, um número de críticos chegam até a argumentar que a evidência existente torna a hipótese de um design bem improvável, independentemente de seu status no mundo científico. Por exemplo, Jerry Coyne, da Universidade de Chicago, pergunta por que um designer teria “nos dado os caminhos para a produção de vitamina C, mas então a destruído ao desativar uma de suas enzimas” e por que ele ou ela não iria “empilhar ilhas oceânicas com répteis, mamíferos, anfíbios e água fresca, apesar da adequação de tais ilhas para essas espécies”. Coyne também aponta o fato da “flora e a fauna dessas ilhas lembram as da terra continental mais próxima, mesmo quando os ambientes são bem diferentes” como evidência de que espécies não foram colocadas lá por um designer. Anteriormente, no livro A Caixa Preta de Darwin, Behe argumentou que nós somos simplesmente incapazes de entender os motivos do designer, logo tais questões não podem ser respondidas definitivamente. Criações estranhas poderiam, por exemplo, “ter sido colocadas lá por um designer… por razões artísticas, para se mostrar, por algum motivo prático ainda não determinado, ou por alguma razão desconhecida”. Coyne responde que, à luz da evidência, “ou a vida resultou não de um design inteligente, mas da evolução; ou o designer inteligente é um brincalhão cósmico que projeta tudo para que o mesmo pareça ter evoluído”.
Assertar a necessidade de um criador para a complexidade também levanta a seguinte questão de “Quem criou o criador?” Defensores do design inteligente afirmam que essa questão é irrelevante ou fora do escopo do design inteligente. Richard Wein contra-argumenta que as perguntas não respondidas que uma teoria cria “precisam ser balanceadas contra o aperfeiçoamento de nosso entendimento do que a explicação fornece”. Invocar um ser inexplicável para explicar a origem de outros seres (nós mesmos) não passa de petição de princípio. “A nova questão levantada pela explicação é tão problemática quanto a questão que a explicação pretende responder”. Richard Dawkins vê a assertação de que o designer não precisa ser explicado, não como uma contribuição ao conhecimento, mas como um “clichê exterminador de pensamento”. Na ausência de evidências observáveis e mensuráveis, a própria questão “Quem criou o criador?” leva a uma regressão infinita de onde defensores do design inteligente só podem escapar ao recorrer ao criacionismo religioso ou à contradição lógica.
MAIS ACEITA
TEORIA DO BIG BANG
O
Big Bang é a teoria cosmológica dominante do desenvolvimento inicial
do universo. Os cosmólogos usam o termo “Big Bang” para se referir à
ideia de que o universo estava originalmente muito quente e denso em
algum tempo finito no passado e, desde então tem se resfriado pela
expansão ao estado diluído atual e continua em expansão atualmente. A
teoria é sustentada por explicações mais completas e precisas a partir
de evidências científicas disponíveis e da observação. De acordo com as
melhores medições disponíveis em 2010, as condições iniciais ocorreram
por volta de 13,3 a 13,9 bilhões de anos atrás.
Georges Lemaître propôs o que ficou conhecido como a teoria Big Bang da origem do Universo, embora ele tenha chamado como “hipótese do átomo primordial”. O quadro para o modelo se baseia na teoria da relatividade de Albert Einstein e hipóteses simplificadoras (como homogeneidade e isotropia do espaço). As equações principais foram formuladas por Alexander Friedmann. Depois Edwin Hubble descobriu em 1929 que as distâncias de galáxias distantes eram geralmente proporcionais aos seus desvios para o vermelho, como sugerido por Lemaître em 1927. Esta observação foi feita para indicar que todas as galáxias muito distantes e aglomerado de galáxias têm uma velocidade aparente diretamente para fora do nosso ponto de vista: quanto mais distante, maior a velocidade aparente. Se a distância entre os aglomerados de galáxias está aumentando hoje, todos deveriam estar mais próximos no passado. Esta idéia tem sido considerada em detalhe volta no tempo para as densidades e temperaturas extremas, e grandes aceleradores de partículas têm sido construídos para experimentar e testar tais condições, resultando em significativa confirmação da teoria, mas estes aceleradores têm capacidades limitadas para investigar em tais regimes de alta energia. Sem nenhuma evidência associada com a maior brevidade instantânea da expansão, a teoria do Big Bang não pode e não fornece qualquer explicação para essa condição inicial, mas sim, que ela descreve e explica a evolução geral do Universo desde aquele instante. As abundâncias observadas de elementos leves em todo o cosmos se aproximam das previsões calculadas para a formação destes elementos de processos nucleares na expansão rápida e arrefecimento dos minutos iniciais do Universo, como lógica e quantitativamente detalhado de acordo com a nucleossíntese do Big Bang.
Fred Hoyle é creditado como o criador do termo Big Bang durante uma transmissão de rádio de 1949. Popularmente é relatado que Hoyle, que favoreceu um modelo cosmológico alternativo chamado “teoria do estado estacionário”, tinha por objetivo criar um termo pejorativo, mas Hoyle explicitamente negou isso e disse que era apenas um termo impressionante para destacar a diferença entre os dois modelos. Hoyle mais tarde ajudou consideravelmente no esforço de compreender a nucleossíntese estelar, a via nuclear para a construção de alguns elementos mais pesados até os mais leves. Após a descoberta da radiação cósmica de fundo em 1964, e especialmente quando seu espectro (ou seja, a quantidade de radiação medida em cada comprimento de onda) traçou uma curva de corpo negro, muitos cientistas ficaram razoavelmente convencidos pelas evidências de que alguns dos cenários propostos pela teoria do Big Bang devem ter ocorrido.
Georges Lemaître propôs o que ficou conhecido como a teoria Big Bang da origem do Universo, embora ele tenha chamado como “hipótese do átomo primordial”. O quadro para o modelo se baseia na teoria da relatividade de Albert Einstein e hipóteses simplificadoras (como homogeneidade e isotropia do espaço). As equações principais foram formuladas por Alexander Friedmann. Depois Edwin Hubble descobriu em 1929 que as distâncias de galáxias distantes eram geralmente proporcionais aos seus desvios para o vermelho, como sugerido por Lemaître em 1927. Esta observação foi feita para indicar que todas as galáxias muito distantes e aglomerado de galáxias têm uma velocidade aparente diretamente para fora do nosso ponto de vista: quanto mais distante, maior a velocidade aparente. Se a distância entre os aglomerados de galáxias está aumentando hoje, todos deveriam estar mais próximos no passado. Esta idéia tem sido considerada em detalhe volta no tempo para as densidades e temperaturas extremas, e grandes aceleradores de partículas têm sido construídos para experimentar e testar tais condições, resultando em significativa confirmação da teoria, mas estes aceleradores têm capacidades limitadas para investigar em tais regimes de alta energia. Sem nenhuma evidência associada com a maior brevidade instantânea da expansão, a teoria do Big Bang não pode e não fornece qualquer explicação para essa condição inicial, mas sim, que ela descreve e explica a evolução geral do Universo desde aquele instante. As abundâncias observadas de elementos leves em todo o cosmos se aproximam das previsões calculadas para a formação destes elementos de processos nucleares na expansão rápida e arrefecimento dos minutos iniciais do Universo, como lógica e quantitativamente detalhado de acordo com a nucleossíntese do Big Bang.
Fred Hoyle é creditado como o criador do termo Big Bang durante uma transmissão de rádio de 1949. Popularmente é relatado que Hoyle, que favoreceu um modelo cosmológico alternativo chamado “teoria do estado estacionário”, tinha por objetivo criar um termo pejorativo, mas Hoyle explicitamente negou isso e disse que era apenas um termo impressionante para destacar a diferença entre os dois modelos. Hoyle mais tarde ajudou consideravelmente no esforço de compreender a nucleossíntese estelar, a via nuclear para a construção de alguns elementos mais pesados até os mais leves. Após a descoberta da radiação cósmica de fundo em 1964, e especialmente quando seu espectro (ou seja, a quantidade de radiação medida em cada comprimento de onda) traçou uma curva de corpo negro, muitos cientistas ficaram razoavelmente convencidos pelas evidências de que alguns dos cenários propostos pela teoria do Big Bang devem ter ocorrido.
O FIM
Quando
se trata desse assunto a Ciência lida apenas com probabilidades, nada é
certo. Cientificamente, há teorias de que o nosso planeta terá um fim.
Os cientistas, no entanto, não afirmam que esse fim acontecerá
inevitavelmente conforme suas teses.
As
previsões científicas são várias: aquecimento, resfriamento,
soterramento dos oceanos, falta de alimentos para uma superpopulação,
guerra nuclear, etc.
O
AQUECIMENTO – Conforme observações científicas, a concentração de
dióxido de carbono na atmosfera faz elevar a temperatura. Crê-se que a
extinção dos dinossauros se deu em razão da queda de um meteoro que
aumentou a concentração desse gás na atmosfera, elevando a temperatura
subitamente, ocasionando a morte dos grandes répteis.
O
RESFRIAMENTO – É conhecida a afirmação de que o Sol perde
gradativamente seu calor e poderá ocorrer o resfriamento e a extinção da
vida na Terra.
O
ATERRAMENTO DOS OCEANOS – As chuvas estão levando constantemente
toneladas de terra para o mar. Paulatinamente ocorrerá o enchimento dos
oceanos, vindo as águas a invadirem as terras atualmente emersas.
FALTA
DE ALIMENTOS – A população mundial cresce demais, em proporção maior
do que a capacidade de aumento de produção. Poderá chegar o tempo em
que não haja alimentos para tanta gente.
A
GUERRA NUCLEAR – Já há muito tempo, considerou-se que a capacidade dos
arsenais atômicos era de destruir o nosso planeta dez vezes.
“CHOQUE
COM OUTRO ASTRO – Embora a Astronomia tenha comprovado que os astros
obedecem a leis matemáticas fixas, admitem muitos cientistas a
possibilidade de a Terra ser atropelada por outro corpo celeste.”
(Alfons Balbach, em “Os Grandes Fatos e Problemas do Mundo”, pág. 16).
Informações científicas mais recentes mostram que milhões de corpos
celestes cruzam constantemente o espaço, tendo o nosso planeta o risco
de se chocar com alguns deles. Esse choque já ocorreu em tempos remotos,
com corpos de pequenas dimensões, eliminando algumas formas de vida. É
esta a hipótese do desaparecimento dos dinossauros, baseada na
existência de cratera indicadora da colisão, no período em que eles
desapareceram. Tal acidente poderá ocorrer com outros maiores,
extinguindo toda a vida do planeta.
Calcula-se,
segundo reportagem divulgada pelo Fantástico em 93, que há cerca de
DOIS MIL asteróides de aproximadamente 2km de diâmetro que podem chocar a
qualquer momento com a Terra. Se levarmos em conta aqueles
equivalentes a um campo de futebol, o número sobe para CEM MIL. As
probabilidades de um desses asteróides se chocar com a terra são,
segundo o matemático Oswald Sousa, trezentas e onze vezes maior do que
as de alguém acertar na SENA marcando um único cartão. Um choque desse,
entretanto, não ocorreria inesperadamente; pois os observatórios
atuais captam a presença de um asteróide muito tempo antes de ele se
aproximar da Terra.
O
único item dessa lista de catástrofes, que sem dúvida, representa o
fim do nosso planeta e de tudo que há nele, é a morte do Sol, quando
ele se exaurir daqui uns bilhões de anos. Quando isso acontecer ele se
tornará uma gigante Vermelha e nesse processo, qualquer coisa que
habite a Terra vai virar pó. O planeta vai virar combustível depois de
um tempo com a expansão solar. Mas até lá, ainda temos muito tempo pela
frente, não?
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