O conceito de céu e inferno nem ao menos existia na maior parte do
período bíblico e só se integrou à Bíblia em sua última terça parte.
O conceito do "inferno" para os pecadores não fazia parte da tradição
dos judeus. Ele se desenvolveu na Bíblia, a partir do período de
Daniel. Naquele tempo, os judeus estavam vivendo como cativos dos
persas, que tinham uma religião chamada Zoroastrismo.
O Zoroastrismo é conhecido pelos historiadores religiosos como a primeira religião a ter o conceito de céu e inferno. A Bíblia originalmente não tinha tal conceito até que os judeus se encontrassem com seguidores do
Zoroastrismo. Isto significa que este conceito foi adotado de uma outra religião. O Zoroastrismo trouxe outros conceitos para a Bíblia, tais como o conceito de Satanás, ressurreição física dos mortos, e um julgamento final do mundo.
A Grolier Multimedia Encyclopedia dá esta explicação no verbete "Judaísmo":
"Alguns elementos da religião persa foram incorporados ao Judaísmo: uma doutrina mais elaborada de anjos; a figura de Satanás; e um sistema de crenças referentes ao fim dos tempos, incluindo um esquema predeterminado da história do mundo, um julgamento final, e a ressurreição dos mortos. Estas ideias foram explicadas em muitos documentos visionários chamados apocalipses; nenhum deles estava incluído na Bíblia hebraica, exceto no livro de Daniel (veja literatura apocalíptica; escatologia)". (Winston Wu. Refutando Argumentos de Cristãos Fundamentalistas e Evangelistas).
Do mesmo modo, The American Encyclopedia afirma:
"Primeiro, a figura de Satanás, originalmente um servo de Deus, designado por Ele como Seu demandante, veio a cada vez mais se assemelhar a Ahriman, o inimigo de Deus. Segundo, a figura do Messias, originalmente um futuro rei de Israel que salvaria seu povo da opressão, desenvolveu, em Deuteronômio - Isaías por exemplo, em um Salvador universal muito similar ao iraniano Saoshyant. Outros pontos de comparação entre Irã e Israel incluem a doutrina do milênio; o Julgamento Final; o livro sagrado no qual as ações humanas são registradas; a Ressurreição; a transformação final da Terra; paraíso na Terra ou no céu, e inferno". Por J. Duchesne-Guillemin, Universidade de Liège, Bélgica. (Winston Wu. Refutando Argumentos de Cristãos Fundamentalistas e Evangelistas)
No artigo "A Primeira Vinda: Como o Reino de Deus se Tornou o Cristianismo", Thomas
Sheehan escreve sobre a influência do Zoroastrismo na Bíblia:
"Essa divulgação de Yahweh como um destruidor apocalíptico foi fortemente influenciada pela religião do Zoroastrismo com a qual os israelitas tiveram contato durante o exílio babilônico. Zoroastro (630-
530 a.C.) tinha ensinado que o mundo era o cenário de uma luta cósmica dramática entre as forças do Bem e do Mal, conduzida pelos deuses Ormuzd e Ahriman. Mas este conflito não era para continuar
para sempre; de acordo com o Zoroastrismo, a história não era sem fim mas finita e de fato dualística, dividida entre o tempo presente da escuridão e os períodos em relação ao cataclismo escatológico, quando o Bem finalmente aniquilaria o Mal e o justo receberia sua recompensa em um tempo de eterna felicidade. O pessimismo profundo do Zoroastrismo sobre a história presente foi então respondido por seu
otimismo escatológico sobre uma eternidade futura. Como a sorte política de Israel desapareceu e como as ideias do Zoroastrismo tomaram terreno, o Judaísmo mudou o foco de sua esperança religiosa
de uma arena nacional e histórica para uma escatológica e cósmica de salvação política em um tempo futuro a uma sobrevivência natural eterna após a morte. Esta mudança radical pode ser vista nas últimas
adoções do Judaísmo de noções como a queda de Adão do paraíso no início dos tempos, os trabalhos de Satanás e outros demônios no tempo presente, e o julgamento final e a ressurreição no final da história--todos estes incorporados pelo Cristianismo e transformados em dogmas. Mas o sinal mais claro dessa absorção das ideias persas pode ser encontrado nas visões escatológicas da história que veio à tona na literatura apocalíptica durante os dois séculos antes que Jesus começasse a pregar. Um desses trabalhos apocalípticos foi o livro de Daniel, escrito por volta de 165 a.C. durante a revolta dos Macabeus contra a opressiva dinastia Seleucid. O tirânico rei Antiochus IV, que governou a palestina da Síria (175-103 a.C.) e a subjugou, tinha se encarregado de impor a cultura e a religião Helenística sobre os assuntos judeus. Ele depôs o legítimo sumo sacerdote, proibiu ritual de sacrifício e circuncisão, saqueou os tesouros do templo, e o mais chocante de tudo, estabeleceu a "Abominação da Desolação" (Daniel 11:31), um altar ao deus do Olimpo, Zeus, dentro do recinto do templo.O Livro de Daniel foi escrito por um autor anônimo no segundo século a.C.; mas de uma maneira típica das obras apocalípticas, o livro passa como se tivesse sido escrito quatro séculos antes por um profeta chamado Daniel e fingiu prever eventos catastróficos que na verdade estavam acontecendo durante o período da vida do próprio escritor. O trabalho interpretou esses eventos como "infortúnios escatológicos", um tempo de "sofrimentos e problemas" qual nunca houve desde que houve nação até àquele tempo" (12.1). De acordo com o plano secreto de Deus, estes infortúnios marcaram a etapa final antes da destruição
do mundo antigo e seu Deus e o triunfo final da justiça divina". (Winston Wu. Refutando Argumentos de Cristãos Fundamentalistas e Evangelistas)
Como você pode ver, o Judaísmo tomou emprestado do Zoroastrismo a noção de "céu"
e "inferno", mais a elaboração do estudo de anjos e demônios. Após os judeus terem sido
repatriados, tais conceitos, que eram desconhecidos antes do exílio, se tornaram uma crença
amplamente difundida entre os judeus.
O Zoroastrismo é conhecido pelos historiadores religiosos como a primeira religião a ter o conceito de céu e inferno. A Bíblia originalmente não tinha tal conceito até que os judeus se encontrassem com seguidores do
Zoroastrismo. Isto significa que este conceito foi adotado de uma outra religião. O Zoroastrismo trouxe outros conceitos para a Bíblia, tais como o conceito de Satanás, ressurreição física dos mortos, e um julgamento final do mundo.
A Grolier Multimedia Encyclopedia dá esta explicação no verbete "Judaísmo":
"Alguns elementos da religião persa foram incorporados ao Judaísmo: uma doutrina mais elaborada de anjos; a figura de Satanás; e um sistema de crenças referentes ao fim dos tempos, incluindo um esquema predeterminado da história do mundo, um julgamento final, e a ressurreição dos mortos. Estas ideias foram explicadas em muitos documentos visionários chamados apocalipses; nenhum deles estava incluído na Bíblia hebraica, exceto no livro de Daniel (veja literatura apocalíptica; escatologia)". (Winston Wu. Refutando Argumentos de Cristãos Fundamentalistas e Evangelistas).
Do mesmo modo, The American Encyclopedia afirma:
"Primeiro, a figura de Satanás, originalmente um servo de Deus, designado por Ele como Seu demandante, veio a cada vez mais se assemelhar a Ahriman, o inimigo de Deus. Segundo, a figura do Messias, originalmente um futuro rei de Israel que salvaria seu povo da opressão, desenvolveu, em Deuteronômio - Isaías por exemplo, em um Salvador universal muito similar ao iraniano Saoshyant. Outros pontos de comparação entre Irã e Israel incluem a doutrina do milênio; o Julgamento Final; o livro sagrado no qual as ações humanas são registradas; a Ressurreição; a transformação final da Terra; paraíso na Terra ou no céu, e inferno". Por J. Duchesne-Guillemin, Universidade de Liège, Bélgica. (Winston Wu. Refutando Argumentos de Cristãos Fundamentalistas e Evangelistas)
No artigo "A Primeira Vinda: Como o Reino de Deus se Tornou o Cristianismo", Thomas
Sheehan escreve sobre a influência do Zoroastrismo na Bíblia:
"Essa divulgação de Yahweh como um destruidor apocalíptico foi fortemente influenciada pela religião do Zoroastrismo com a qual os israelitas tiveram contato durante o exílio babilônico. Zoroastro (630-
530 a.C.) tinha ensinado que o mundo era o cenário de uma luta cósmica dramática entre as forças do Bem e do Mal, conduzida pelos deuses Ormuzd e Ahriman. Mas este conflito não era para continuar
para sempre; de acordo com o Zoroastrismo, a história não era sem fim mas finita e de fato dualística, dividida entre o tempo presente da escuridão e os períodos em relação ao cataclismo escatológico, quando o Bem finalmente aniquilaria o Mal e o justo receberia sua recompensa em um tempo de eterna felicidade. O pessimismo profundo do Zoroastrismo sobre a história presente foi então respondido por seu
otimismo escatológico sobre uma eternidade futura. Como a sorte política de Israel desapareceu e como as ideias do Zoroastrismo tomaram terreno, o Judaísmo mudou o foco de sua esperança religiosa
de uma arena nacional e histórica para uma escatológica e cósmica de salvação política em um tempo futuro a uma sobrevivência natural eterna após a morte. Esta mudança radical pode ser vista nas últimas
adoções do Judaísmo de noções como a queda de Adão do paraíso no início dos tempos, os trabalhos de Satanás e outros demônios no tempo presente, e o julgamento final e a ressurreição no final da história--todos estes incorporados pelo Cristianismo e transformados em dogmas. Mas o sinal mais claro dessa absorção das ideias persas pode ser encontrado nas visões escatológicas da história que veio à tona na literatura apocalíptica durante os dois séculos antes que Jesus começasse a pregar. Um desses trabalhos apocalípticos foi o livro de Daniel, escrito por volta de 165 a.C. durante a revolta dos Macabeus contra a opressiva dinastia Seleucid. O tirânico rei Antiochus IV, que governou a palestina da Síria (175-103 a.C.) e a subjugou, tinha se encarregado de impor a cultura e a religião Helenística sobre os assuntos judeus. Ele depôs o legítimo sumo sacerdote, proibiu ritual de sacrifício e circuncisão, saqueou os tesouros do templo, e o mais chocante de tudo, estabeleceu a "Abominação da Desolação" (Daniel 11:31), um altar ao deus do Olimpo, Zeus, dentro do recinto do templo.O Livro de Daniel foi escrito por um autor anônimo no segundo século a.C.; mas de uma maneira típica das obras apocalípticas, o livro passa como se tivesse sido escrito quatro séculos antes por um profeta chamado Daniel e fingiu prever eventos catastróficos que na verdade estavam acontecendo durante o período da vida do próprio escritor. O trabalho interpretou esses eventos como "infortúnios escatológicos", um tempo de "sofrimentos e problemas" qual nunca houve desde que houve nação até àquele tempo" (12.1). De acordo com o plano secreto de Deus, estes infortúnios marcaram a etapa final antes da destruição
do mundo antigo e seu Deus e o triunfo final da justiça divina". (Winston Wu. Refutando Argumentos de Cristãos Fundamentalistas e Evangelistas)
Como você pode ver, o Judaísmo tomou emprestado do Zoroastrismo a noção de "céu"
e "inferno", mais a elaboração do estudo de anjos e demônios. Após os judeus terem sido
repatriados, tais conceitos, que eram desconhecidos antes do exílio, se tornaram uma crença
amplamente difundida entre os judeus.
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