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terça-feira, 11 de junho de 2013

A Estátua de Zeus em Olímpia







A grandiosa estátua de Zeus teria sido construída no seu próprio templo na cidade grega de Olímpia, no século V a.C. pelo escultor Fídias, numa homenagem ao rei dos deuses gregos .
O templo seguia um modelo usado em outros grandes templos gregos. Era semelhante ao Parthenon, em Atenas e o templo de Ártemis, em Éfeso. O templo foi construído em uma elevada plataforma retangular. Treze colunas grandes apoiavam o telhado ao longo dos lados e seis apoiavam cada extremidade. Um telhado com acabamentos suaves cobria a construção. Os triângulos, ou "frontões", criados pela inclinação do telhado nas extremidades do edifício estavam cheios de esculturas. Sob os frontões, um pouco acima das colunas, ficava uma escultura que descrevia os doze trabalhos de Hércules, seis em cada extremidade do templo. 
Embora o templo fosse considerado um dos melhores exemplos do projeto dórico, por causa de seu estilo e da qualidade da mão de obra, foi determinado que somente o templo seria simples demais para ser digno do rei dos deuses. Para remediar esta situação, foi decidido que uma estátua seria construída em seu interior. Uma magnífica estátua de Zeus, que se tornaria uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. 
O escultor escolhido para esta grande tarefa foi um homem chamado Fídias. Ele já havia esculpido uma grande estátua deusa Atena, de doze metros de altura para o Parthenon em Atenas e também tinha feito grande parte da escultura no exterior de seu templo. Depois de seu trabalho em Atenas ter acabado, Fídias viajou para Olímpia, em torno de 432 a.C,. para começar a construção da estátua de Zeus. 
Essa estátua foi considerada sua obra-prima. Os gregos apreciavam bastante seus trabalhos e diziam que ele revelava aos homens a imagem dos deuses. 
Ao chegar a Olímpia, ele montou uma oficina, à oeste do templo. Ele levaria os próximos 8 anos para completar o projeto. 
De acordo com relatos a estátua, quando finalizada, localizava-se na extremidade ocidental do templo. Ela tinha em torno de 7 metros de largura e de 12 a 15 metros de altura, dependendo da fonte. A figura de Zeus estava sentada em um trono bem elaborado. Sua cabeça ficava rente ao teto. 
O historiador Strabo escreveu: "... embora o templo seja muito grande, o escultor não aproveitou bem as medidas do templo para a imponência do deus. Ele descreveu Zeus sentado, mas com a cabeça quase tocando o teto, de modo que temos a impressão de que, se Zeus se movesse para levantar ele iria destelhar o templo ...

Outros historiadores discordam de Strabo e afirmam que a escultura possuía proporções exatas para transmitir o tamanho do poder de Zeus. Ao preencher quase todo o espaço disponível, a estátua foi feita para parecer ainda maior do que realmente era. 

Fídias esculpiu Zeus sentado num trono, onde em sua mão direita estava à estatueta de Nike (deusa da vitória) e em sua esquerda estava um cetro sob o qual se debruçava uma águia. Talvez ainda mais impressionante do que a própria estátua era o trono feito de ouro, ébano, marfim e incrustada com pedras preciosas. Foram também esculpida no trono imagens de deuses gregos e animais místicos, incluindo a esfinge. 


O corpo da estátua de Zeus era composto de marfim, e a barba, cabelo e roupão compostos de ouro. Foi utilizada na construção uma técnica conhecida como chryselephantine (ouro e marfim) onde as partes de bronze e marfim banhadas a ouro foram anexadas a um quadro de madeira. Essa técnica foi empregada porque o clima em Olímpia era muito úmido, e a estátua necessitaria de cuidados especiais para que a umidade não rachasse o marfim. 

Dizem que durante séculos os descendentes de Fídias estiveram  responsáveis por sua manutenção. Para mantê-la em boa forma, a estátua era constantemente tratada com azeite mantido em um reservatório especial no chão do templo, que também servia como um espelho d'água. A luz refletida de fora da piscina da porta também tinha o efeito de iluminar a estátua. 

Acredita-se, que como em representações de outros artistas, o Zeus de Fídias também mostrava o semblante franzido. A lenda dizia que quando Zeus franzia o seu rosto, o Olimpo todo tremia. 

O viajante grego Pausanias menciona que quando a estátua foi finalmente concluída, Fídias pediu a Zeus um sinal de que o trabalho era de seu agrado. Zeus teria respondido lançando no templo um raio que não lhe causou nenhum dano. Segundo o relato, uma hídria (jarro de água) de bronze foi colocada no local onde o raio atingiu a estrutura. 

Além da estátua, não havia quase mais nada dentro do templo. Os gregos preferiram o interior de seus santuários sendo simples. 

Quando a estátua foi construída, a rivalidade entre Atenas e Esparta pela hegemonia no Mediterrâneo e na Grécia continental mergulhou os gregos numa sucessão de guerras. Os combates, no entanto, não prejudicaram as realizações culturais e artísticas da época. Ao contrário, o século V a.C. ficou conhecido como o século de ouro na história grega devido ao extraordinário florescimento da arquitetura, escultura e outras artes. 

Após 800 anos na cidade de Olímpia, a estatua foi levada para Constantinopla (hoje Istambul), onde se acredita ter sido destruída em 462 d.C. por um terremoto. A estatua é a quinta dentre as sete maravilha do mundo antigo. 

Nenhuma cópia da estátua jamais foi encontrada, e detalhes da sua forma são conhecidos apenas de descrições do grego antigo e representações em moedas. 

O Memorial Lincoln com a sua estátua e grandes colunas provavelmente foi inspirado no templo de Zeus, porém a estátua do rei dos deuses era mais do que o dobro da altura de Lincoln.

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