A história do Egito divide-se em três
fases: o Antigo Império; Médio Império e o Novo Império. Ao longo
desses três períodos, o Egito atingiu o apogeu. Porém, a partir do
século VII a.C. o Egito foi invadido por vários povos e perdeu o seu
antigo esplendor. A seguir, uma rápida explanação sobre cada período.
ANTIGO IMPÉRIO (3200 a.C. – 2100 a. C.)
Durante o Antigo Império foram
construídas obras de drenagem e irrigação, que permitiram a expansão da
agricultura; são desse período ainda as grandes pirâmides dos faraós
Quéops, Quéfren e Miquerinos, construídas nas proximidades de Mênfis, a
capital do Egito na época.
As pirâmides eram túmulos dos faraós.
Para o seu interior era levada grande quantidade de objetos que
pertenciam ao soberano, como móveis, jóias e outros objetos preciosos.
Durante o Antigo Império, o faraó
conquistou amplos poderes. Isso acabou gerando alguns conflitos: os
grandes proprietários de terra e os chefes dos diversos nomos não
aceitaram a situação e procuraram diminuir o poder do faraó. Essas
disputas acabaram por enfraquecer o poder político do Estado.
MÉDIO IMPÉRIO (2100 a.C. – 1580 a.C.)
Durante o Médio Império, os faraós reconquistaram o poder político no Egito. A capital passou a ser Tebas.
Nesse período, conquistas territoriais
trouxeram prosperidade econômica. Mas algumas agitações internas
voltariam a enfraquecer o império, o que possibilitou, por volta de
1750 a.C., a invasão dos hicsos, povo nômade de origem asiática. Os
hicsos permaneceram no Egito cerca de 170 anos.
NOVO IMPÉRIO (1580 a.C. – 715 a.C.)
O período iniciou-se com a expulsão dos
hicsos e foi marcado por numerosas conquistas territoriais. Em seu
final ocorreram agitações internas e outra onda de invasões. Devido ao
enfraquecimento do Estado, o Egito foi conquistado sucessivamente pelos
assírios (670 a.C.), persas (525 a.C.), gregos (332 a.C.) e romanos
(30 a.C.)
POLÍTICA E SOCIEDADE DO EGITO ANTIGO
Inicialmente, os egípcios se organizaram por meio de um conjunto de comunidades patriarcais chamadas de nomos. Os nomos eram controlados por um chefe chamado nomarca.
Os nomos se agrupavam em duas regiões distintas, que formavam dois
reinos rivais: o reino do Alto Egito e o reino do Baixo Egito.
Por volta de 3.200 a.C. o reino do Norte
dominou o reino do Sul, unificando assim, o Egito. O responsável por
essa união foi Menés, que passou, então, a ser chamado de faraó, cujo
significado é “casa grande”, “rei das duas terras”. O poder dos reis
passava de pai para filho, isto é, era hereditário. Como os egípcios
acreditavam que os faraós eram deuses ou, pelo menos, representantes
diretos dos deuses na Terra, a forma de governo que se instalou foi
chamada de monarquia teocrática.
A ilustração abaixo representa como era dividida a sociedade no Antigo Egito:
A ilustração abaixo representa como era dividida a sociedade no Antigo Egito:
Como podemos perceber, a
sociedade egípcia era organizada em torno do faraó, senhor de todas as
terras e de todas as pessoas. Ele era responsável pela justiça, pelas
funções religiosas, pela fiscalização das obras públicas e pelo comando
do exército. O faraó era considerado um deus vivo, filho de deuses e
intermediário entre eles e a população. Em sua honra, realizavam-se
inúmeros cultos.
Abaixo do faraó, e em ordem de
importância, estavam o Vizir do Alto Egito, o do Baixo Egito e o
Sumo-Sacerdote de Amon-Rá, um dos principais deuses do Egito Antigo. Os
vizires contavam com a ajuda dos supervisores e dos nomarcas, isto é,
os governadores dos nomos, os distritos do Egito. Os nomarcas por sua
vez, eram auxiliados pelos funcionários do governo, os escribas, que
sabiam ler e escrever.
A centralização política do Egito não foi
de fato uma constante em sua história. Vários episódios de dissolução
do Estado podem ser observados durante sua trajetória. Por volta de
2.300 a.C., uma série de contendas internas e invasões deram fim à
supremacia do faraó. Nos três séculos subseqüentes os nomos voltaram a
ser a principal unidade de organização sócio-política. Esse primeiro
período que vai da unificação ao restabelecimento dos nomos corresponde
ao Antigo Império.
Ao fim do século XXI a.C., o Estado
centralizado foi restabelecido graças aos esforços do faraó Mentuhotep
II. A servidão coletiva foi mais uma vez adotada, permitindo a
construção de vários canais de irrigação e a transferência da capital
para a cidade de Tebas. Mesmo sendo um período de diversas conquistas e
desenvolvimento da cultura egípcia, o Médio Império chegou ao seu fim
em 1580, com a dominação exercida pelos hicsos.
A presença estrangeira serviu para que
os egípcios se unissem contra a presença dos hicsos. Com a expulsão
definitiva dos invasores, temos o início do Novo Império.
Nessa época, presenciamos a dominação
egípcia sob outros povos. Entre as civilizações dominadas pelos
egípcios, destacamos os hebreus, fenícios e assírios. Tal expansão das
fronteiras possibilitou a ampliação das atividades comercias durante o
Novo Império.
O Novo Império, considerado o mais
estável período da civilização egípcia, teve seu fim com a deflagração
de uma série de invasões. Os assírios, persas, macedônios e romanos
invadiram e controlaram o Egito ao longo da Antigüidade. Ao longo de
mais de 2500 anos, os egípcios ainda foram alvo do controle árabe,
turco e britânico.
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