Várias cidades do país têm protestos

Em São Gonçalo (RJ), cinco mil pessoas caminharam até a prefeitura.
Em Maringá (PR) o protesto foi em solidariedade aos trabalhadores.

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Em São Gonçalo, segunda maior cidade do estado do Rio de Janeiro, cinco mil pessoas caminharam tranquilamente pelas ruas até a prefeitura. Os manifestantes pediram o apoio dos moradores. Eles responderam piscando as lâmpadas.

O grupo reclamou do preço das passagens dos ônibus, da qualidade do serviço de transporte público e pediu mais investimentos para a saúde e educação. A manifestação durou mais de três horas de forma pacífica pela rua.

Quase no fim do protesto, um pequeno grupo fechou o trânsito e houve correria. Eles botaram fogo no lixo e os policiais jogaram bombas de efeito moral.  Dez pessoas foram detidas, mas a maioria, que queria reivindicar de forma pacífica, evitou o confronto.

Mais de mil pessoas participaram da manifestação em Cubatão, na Baixada Santista. Os manifestantes fecharam a rodovia Anchieta, que liga São Paulo ao litoral. O protesto seguia pacífico, mas um grupo de pessoas colocou fogo num ônibus, na principal avenida da cidade, e quebraram os vidros do prédio da prefeitura.

Em Maringá, no Paraná, os jovens se concentraram nas ruas próximas ao terminal de ônibus. Ainda no começo do protesto, apartidário, teve confusão com um grupo que carregava bandeiras de um partido político.

Em Maringá, grande parte dos estudantes não paga passagem, mas o protesto foi em solidariedade ao restante do país e aos trabalhadores. Alem de brigar por uma redução maior no preço da tarifa, eles querem melhorias na qualidade do transporte coletivo.

Depois de percorrerem as ruas do centro, os manifestantes foram até a câmara municipal e os vereadores tiveram que interromper a sessão. Um grupo invadiu o plenário. Depois da câmara, milhares de pessoas cercaram a prefeitura. Um grupo ameaçou invadir o prédio, mas um apelo feito em coro impediu a invasão.

Um ônibus do transporte coletivo, que ficou preso no trânsito, foi invadido e o motorista levado para o meio do protesto. O veículo acabou sendo pichado, apesar da crítica de muitos manifestantes.

Em Juazeiro do Norte, no Ceará, os manifestantes impediram o prefeito Raimundo Macedo, do PMDB, de sair de uma agência bancária, que foi cercada por policiais. Só a meia-noite, depois de sete horas, ele conseguiu sair, escoltado por policiais.

Manifestantes jogaram objetos no carro da policia, que respondeu com spray e cacetetes. Pelos menos duas pessoas ficaram feridas.