As fadas são seres mitológicos,
característicos dos mitos célticos, anglo-saxões, germânicos e nórdicos.
O nome fada vem do latim fatum, que significa fado,
destino. Dessa forma, acredita-se que elas intervêm de forma mágica no destino
das pessoas.
São entidades fantásticas, características
do folclore europeu ocidental. Apresentam-se como mulheres de grande
beleza, imortais e dotadas de poderes sobrenaturais, capazes de interferir na
vida dos mortais em situações-limite. As fadas também podem ser diabólicas,
sendo corriqueiramente denominadas "bruxas" em tal condição; embora
as bruxas "reais" sejam usualmente retratadas como megeras, nem
sempre os contos descrevem fadas "do mal" como desprovidas de sua
estonteante beleza.
As fadas também são conhecidas como sendo as fêmeas
dos elfos e supostamente vivem no “mundo invisível”, como espíritos
mágicos da Natureza.
Segundo a teosofia, as fadas podem ser categorizadas
hierarquicamente, na forma como se segue:
Elementais do Ar: divididos
em sílfides ou fadas das nuvens e fadas das tempestades. As
primeiras vivem nas nuvens, são dotadas de elevada inteligência e sua principal
atividade é transferir luz para as plantas; interessam-se muito também por animais
e por pessoas, para as quais podem agir como protetoras e guias. As fadas das
tempestades possuem grande energia e circulam sobre as florestas e ao redor dos
picos das montanhas; costumam ser vistas em grupos pelas alturas e só descem à
superfície quando o vento está forte.
Elementais da Terra: seus principais representantes são
os gnomos, criaturas de cerca de um metro de altura que vivem no interior
da terra (embora existam gnomos da floresta, que cuidam basicamente das raízes
das plantas). Os kobolds, menores que os gnomos, são mais amigáveis e
prestativos para os humanos que seus parentes, embora sejam igualmente
cautelosos. Os gigantes são entidades enormes que costumam estar
ligados a montanhas, embora também possam viver em florestas antigas. Finalmente,
os Devas da Montanha, são os elementais da terra mais evoluídos, entidades
que permeiam e trabalham com uma montanha ou uma cadeia inteira de montanhas,
com sua consciência tão profundamente imersa na Terra que mal tomam
conhecimento da existência de criaturas de vida breve, como os homens.
Elementais do Fogo:
as salamandras ou espíritos do fogo habitam o subsolo vulcânico,
os relâmpagos e as fogueiras. São mais poderosas que as fadas dos jardins, mas
estão mais distantes da humanidade também. São espíritos de transformação,
responsáveis pela conversão de matéria em decomposição em solo fértil. Podem
agir também como espíritos de inspiração, mediadores entre o mundo angélico e
os níveis físicos de criação (ou seja, agem como musas).
Elementais das Águas: representados
pelas ninfas, ondinas, espíritos das águas e náiades,
são responsáveis por retirar energia do sol para transmiti-la à água.
As ninfas estão ligadas às águas, mas também a montanhas e florestas.
Regulam o fluxo da água na crosta terrestre e dão personalidade e
individualidade a locais aquáticos, tais como poços, lagos e fontes. Podem
assumir a forma de peixes, os quais protegem. As ondinas parecem estar
restritas a determinadas localidades, sendo responsáveis pelas quedas d'água e
a vegetação circundante. Os espíritos das águas vivem em rios,
fontes, lagos e pântanos. Assemelham-se a belas donzelas, muitas vezes com
caudas de peixe; gostam de música e dança, e têm o dom da profecia. Embora
possam ajudar eventualmente os seres humanos, estes têm de se acautelar com
tais espíritos, que podem ser traiçoeiros e afogar pessoas. Da mesma forma que
os espíritos das águas, as náiades presidem os rios, correntezas,
ribeiros, fontes, lagos, lagoas, poços e pântanos.
As Fadas de Cottingley:
Embora além da percepção das pessoas comuns, as fadas
continuariam a existir em nosso mundo. Tal afirmação é feita à luz de diversos
testemunhos de clarividência, de fenômenos paranormais e parapsicológicos que
atestariam a realidade do "mundo invisível" onde supostamente vivem
fadas e outros "espíritos mágicos da Natureza" (Coelho, 1987,
pp. 36–7). Nas palavras de Schoereder (s/d., p. 21):
“São numerosos os relatos de pessoas que dizem ter
observado seres estranhos, supostamente vindos de planos paralelos de existência.”
|
Um dos mais estranhos destes relatos citados por Schoereder
em seu livro (e que ficou conhecido como as fadas de Cottingley) é o que
envolve duas primas, as adolescentes inglesas Elsie Wright e Frances
Griffiths, que em 1917, ao se fotografarem mutuamente num jardim, acabaram
revelando também imagens de pequenas criaturas aladas, apontadas como fadas e
duendes. O caso foi parar nos jornais e as fotos, publicadas no Strand
Magazine em 1920.
Na época (ou posteriormente), não foi verificada nenhuma evidência de montagem fotográfica nas imagens, e a autenticidade das mesmas tornou-se assunto de discussão, com adversários e defensores das mesmas digladiando-se nos jornais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário