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sexta-feira, 21 de junho de 2013

História Colombiana


Parque Arqueológico de San Agustín /Fot. http://www.flickr.com/photos/mario_carvajal/2851219262/sizes/l/. Nossa história começou antes da Conquista. /Fot. mario_carvajal

Arqueologia e história

A Colômbia tem uma história milenar antes da conquista, e em diversos lugares ainda está vivo o testemunho do seu passado indígena. Em San Agustín, departamento de Huila, conservam-se monolíticos que representam deuses e guerreiros. Na zona de Tierradentro (Cauca), o viajante pode percorrer os hipogeus, complexos funerários com câmaras subterrâneas.
Do Parque Tayrona, na costa Caribe, sobe-se por um caminho empedrado até as ruínas de Pueblito, cidade de pedra construída pelos Tayronas, uma avançada cultura pré-hispânica cujo legado de ourivesaria se pode admirar no Museu do Ouro de Bogotá e no Museu da cultura Tayrona em Santa Marta.
A Colômbia tem um valioso passado colonial arquitetônico e cultural que se conserva em muitas cidades e povoados.

A Colômbia pré-colombiana

Mais de doze culturas habitaram o território colombiano antes da conquista e deixaram testemunho do elevado nível de desenvolvimento que atingiram. Cidades e caminhos de pedra, estátuas, urnas funerárias e refinadas peças de ouro e cerâmica fazem parte da herança que hoje nos permite conhecer sua forma de vida e crença.
Os muiscas, situados no planalto cundiboyacense, eram um povo de agricultores. Foram excelentes ourives e oleiros e deixaram incalculáveis tesouros. O mito do El Dorado, que inspirou a conquista do interior do continente, teve sua origem na cerimônia de investidura do novo cacique que, cobertos de ouro, dirigia-se numa balsa para o centro da lagoa de Guatavita acompanhado de seus sacerdotes.
A olaria e ourivesaria também se destacam nas culturas Quimbaya, Sinú, Tayrona e Calima. Suas obras podem ser apreciadas no Museu do Ouro do Banco da República, no Museu Arqueológico Casa do Marqués de San Jorge e no Museu Nacional, em Bogotá; no Museu da cultura Quimbaya em Armênia; no Museu da cultura Tayrona em Santa Marta e no Museu da Cultura Sinú em Cartagena. Em galerias especializadas se podem adquirir réplicas elaboradas com as mesmas técnicas que utilizaram os grupos indígenas.
Barrio La Candelaria, Bogotá /Fot. http://www.flickr.com/photos/trevino/3317622327/sizes/l/. O Bairro da Candelária, Bogotá /Fot. trevino

A Colômbia colonial

Na terceira década do século XVI começaram as fundações de cidades. Distribuiu-se a terra entre os conquistadores, organizou-se a exploração das minas de sal, ouro e esmeraldas e se implantou o cristianismo. Com a chegada dos espanhóis e o trabalho dos africanos, trazidos como escravos, intensificou-se a mestiçagem.
A poucas horas de Cartagena de Índias se encontra Mompox, porto no rio Magdalena que se converteu em centro de comércio e vila senhorial. Sua arquitetura produziu obras destacáveis como a Igreja de Santa Bárbara e o Colégio Pinillos.
A capital do Vice-Reinado se estabeleceu em Bogotá, sede do governo espanhol e da alta hierarquia eclesiástica. No bairro da Candelária e seus arredores se conservam casas e templos que guardam seus tesouros. Muitas destas construções se converteram em museus onde se podem apreciar as manifestações artísticas e culturais de nossos ancestrais.
Popayán e Tunja conservam bairros coloniais cheios de encanto: suas igrejas guardam retábulos barrocos forrados em lâminas de ouro e em suas ruas estreitas, praças calmas e residências senhoriais, se sente que o tempo não passou.
Por toda Colômbia há povoados e cidades que recordam a importância das fundações do período colonial.
A posição estratégica de Cartagena de Índias, principal mercado de escravos da América do Sul, fez com que a cidade fosse cobiçada por corsários ingleses que com regularidade tentavam tomá-la. Construíram-se fortalezas que a converteram no porto mais protegido da América. Em seu recinto amuralhado se conserva o centro histórico, com importantes construções civis e religiosas, tesouros pelos que foi declarada Patrimônio Histórico da Humanidade.
Honda teve uma grande importância por ser ponto intermédio na ascensão de viajantes e de cargas para Bogotá durante a Colônia e até o século XIX, e ainda conserva sua formosa arquitetura e suas ruas empinadas.
Por toda a geografia colombiana há povoados e cidades dispersos, que recordam a importância das fundações do período colonial e guardam incalculáveis tesouros arquitetônicos, como Pamplona no Norte de Santander, Girón e Barichara em Santander, Vila de Leyva em Boyacá e Santa Fé de Antioquia, perto de Medellín. Nos lugares que foram palco da luta pela emancipação de Espanha se encontram relíquias que comemoram as guerras de independência.
A mistura de raças trouxe ao país e ao mundo expressões culturais de grande valor nos campos da música, das artes plásticas e das letras, como o atestam escritores e artistas cujas obras se podem admirar nos museus, galerias, bibliotecas e espaços públicos do país.

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