Mitologia : lenda
A perseguição de Hera aos descendentes de Cadmo, terceira vítima: Autonoe.
Aristeu, filho legítimo do deus Apolo, nasceu na região da Líbia e fora
criado por ninfas das florestas que, entre outras coisas, ensinou-lhe a
arte de capturar e criar abelhas para extrair de seus favos o doce mel.
Por meios de processos casuísticos e que até hoje não foram devidamente
explicados, veio ele a conhecer, se apaixonar e, por fim, se casar com a
filha de Cadmo, Autonoe. Eles tiveram um filho de nome Acteon.
...
Acteon era um amante da caça e possuía vários cães treinados para
perseguir javalis e veados selvagens. Ora, não estava esquecida Hera das
magoas que nutria pelos descendentes de Cadmo e Hermione, então quando
Acteon estava no meio de uma de suas surpreendentes caçadas, Hera o
induziu a buscar água na fonte onde algumas ninfas estavam tomando
banho. De maneira que a rainha do Olimpo injetou, bem no íntimo do
espírito de Acteon, uma enorme curiosidade de espionar o delicioso banho
das divinas criaturas. Assim, ao ouvir as risadas das ninfas que
estavam na límpida fonte, ele se aproximou secretamente, ocultando-se
atrás de uma árvore para não ser percebido.
Por sorte, ou azar, dele
uma das ninfas era a própria deusa Ártemis, irmã de Apolo, deusa ligada
à vida selvagem, protetora da caça. Ártemis era também conhecida como
Cíntia (esposa de Olynthos, filho de Héracles e da ninfa Bolbê. Olynthos
foi fundador da cidade de Olinto, uma das polis gregas, situada na
Calcídica), devido ao seu local de nascimento, o monte Cinto.
Tão
divinamente bela era a deusa Cíntia, digo Ártemis, que Acteon quis cada
vez mais se aproximar, para devorá-la com sua excitação masculina,
através do olhar. Todavia, a deusa conhecia suas malévolas intenções e
para castigá-lo atiçou seus próprios cães contra ele. A selvageria e
ferocidade dos cães foram de tal forma que Acteon foi trucidado. Morto,
serviu de alimento para sua própria matilha insana de cães.
Assim tenho cantado...
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